PRÁTICAS ESPACIAIS: REFLEXÕES SOBRE A SEGREGAÇÃO URBANA E AS CIDADES FRAGMENTADAS DO LITORAL NORTE DO RIO GRANDE DO SUL

Mariana Barbosa de Souza

Resumo


Para além das metrópoles e cidades médias, os condomínios horizontais fechados constituem um fato urbano cada vez mais visível. Apesar de não haver uma definição comum, estes empreendimentos têm sido estudados como um objeto a priori, constituído e que tem sua existência dependente de ações, de práticas e de discursos dos agentes sociais que produzem o espaço urbano. No presente artigo, busca-se caracterizar as práticas espaciais percebidas no Litoral Norte gaúcho, notadamente em Capão da Canoa e Xangri-Lá. A emergência destes produtos imobiliários, na aurora dos anos 1990, é estudada no interior das práticas de poder próprias ao contexto histórico e geográfico do Litoral Norte do Rio Grande do Sul, considerando práticas políticas em que se percebe, não como um pano de fundo, mas sim como constitutivas do próprio objeto e das acepções que se produzem sobre ele. Para aprofundar o tema, partiu-se dos entendimentos propostos por Milton Santos (1996), Henry Lefebvre (2000 [1974]) e Roberto Lobato Corrêa (2006), para explicitar práticas como a segregação e a fragmentação urbana, amplamente experienciadas no Litoral Norte do Rio Grande do Sul.

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