A narração como reconciliação em "Dois irmãos", de Milton Hatoum

Autores

  • Mariana Jantsch Souza Universidade Católica de Pelotas - UCPel

DOI:

https://doi.org/10.17058/signo.v39i66.4529

Palavras-chave:

Narração. Identidade. Memória. Dois irmãos.

Resumo

Este artigo apresenta uma leitura do romance Dois irmãos, de Milton Hatoum, em que se evidencia o papel da narração como fator de consolidação de uma identidade a partir da ressignificação do passado. Para tanto, a identidade é abordada como um processo eminentemente discursivo atrelado à memória, pois encontra no passado uma das fontes constituidoras. O caminho para apaziguar os conflitos do passado é a escrita, a narração, pois é a angústia de não saber nada sobre si e, por isso, não conseguir moldar uma identidade, que impulsiona Nael, o narrador-protagonista, a revolver o passado. No decorrer desse percurso memorial- narrativo surge a questão do duplo atrelada à problemática da formação identitária, destacando como a relação com a alteridade reflete-se na identidade do sujeito. A análise exposta encontra aporte teórico em obras de Stuart Hall, Joel Candau, Beatriz Sarlo, Michel Pollak, Ana Maria Lisboa de Mello.

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Biografia do Autor

Mariana Jantsch Souza, Universidade Católica de Pelotas - UCPel

Doutoranda em Letras pela Universidade Católica de Pelotas - UCPel (bolsista Capes). Mestre em Literatura Comparada pela Universidade Federal de Pelotas - UFPel (bolsista Capes). Membro do grupo de pesquisa Estudos Comparados de Literatura, Cultura e História. Membro do Laboratório de Estudos em Análise do Discurso (LEAD) da Universidade Católica de Pelotas – UCPel.

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Publicado

2014-01-03

Como Citar

Souza, M. J. (2014). A narração como reconciliação em "Dois irmãos", de Milton Hatoum. Signo, 39(66), 186-203. https://doi.org/10.17058/signo.v39i66.4529

Edição

Seção

Artigos – vol. 39, nº 66, 2014