A IMPORTÂNCIA DOS DIREITOS HUMANOS PARA A FORMAÇÃO E PRÁTICA MÉDICA DIRECIONADAS À PROMOÇÃO DA SAÚDE

Gabriel Couto Machado, Nathalia de Oliveira Abi, Henrique Ziembowicz, Carolina Loebens Hinterholz, Rafaela Manetti Geisler, Daniela Cardoso Batista, Isadora Fussiger Theissen, Maria Eduarda Renner, Camilo Darsie de Souza, Catiane Kelly Schaefer

Resumo


Introdução: Os Direitos Humanos foram elaborados em dezembro de 1948, com o intuito de salvaguardar e orientar os princípios gerais das nações. Eles condizem com a dignidade e integridade humanas, de modo a delinear práticas e leis internacionais e nacionais. Desse modo, têm servido de sustentação para a elaboração e garantia de políticas públicas, currículos escolares e universitários e ações civis, entre outras práticas, por anos, em diferentes lugares do mundo. No contexto da formação e prática médicas, são fundamentais não apenas para garantir a acessibilidade à saúde, mas, também, para que profissionais considerem as especificidades de diferentes pessoas - enquanto direitos - por meio das lógicas da integralidade humana, da universalidade do direito à saúde e da equidade. Objetivo: Discutir a importância dos Direitos Humanos para a formação e prática médicas, bem como sua ligação com os princípios da promoção da saúde. Metodologia: Revisão narrativa da literatura, realizada por meio de pesquisa exploratória e retrospectiva nas bases de dados Scielo, LILACS e PubMed, entre 10 e 11 de agosto de 2022. Utilizou-se os descritores “Direitos Humanos” e “Educação Médica” e, partindo disso, foram selecionados sete artigos para a análise. Os critérios de exclusão incluíram casos de artigos de acesso limitado, títulos e resumos discrepantes dos interesses de pesquisa e artigos publicados antes de 2017. Principais Resultados: Durante a formação médica, vários conhecimentos, além dos biomédicos, devem compor profissionais do campo da Medicina. Podem ser destacados debates bioéticos e deontológicos, problematizações sobre as diferentes realidades sociais e políticas públicas capazes de contornar desafios presentes nas realidades de muitas pessoas. Assim, a compreensão dos Direitos Humanos, enquanto fio condutor que deve atravessar a formação e a prática médica, e a sua aplicabilidade são elementos fundamentais. A saúde, quando entendida como um estado de completo bem-estar físico, mental, social e espiritual, segue a lógica dos Direitos Humanos, pois contempla a dignidade humana. Conforme apontado em estudos, o reconhecimento de tais direitos auxilia estudantes e profissionais a desenvolverem práticas que operam enquanto ferramentas de promoção da saúde, pois não se limitam ao controle e tratamento de doenças. Conclusão: Pode-se inferir que o conhecimento sobre os direitos humanos e sua aplicabilidade nas situações cotidianas são essenciais para o campo da Medicina, pois contribuem para o desenvolvimento de práticas e abordagens mais humanizadas, além de colaborarem para o fortalecimento do entendimento sobre os aspectos éticos que permeiam indivíduos e se expandem pelos coletivos - base da construção de políticas públicas. Por fim, também auxiliam, dentro das dinâmicas de promoção da saúde, pois promovem a equidade, a tolerância, a empatia e a compaixão, elementos essenciais para uma prática médica humanizada que respeita pessoas e as suas garantias fundamentais.

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ISSN 2764-2135