A (IN)VISIBILIDADE DO NEGRO NO CINEMA BRASILEIRO: UMA ANÁLISE A PARTIR DO RELATÓRIO GRUPO DE ESTUDOS MULTIDISCIPLINARES DA AÇÃO AFIRMATIVA DO INSTITUTO DE ESTUDOS SOCIAIS E POLÍTICOS DA UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO -GEMAA-IESP-UERJ-(2002-2014)

Evaldo Lourenço de Lima, Fernanda da Silva Lima

Resumo


O objetivo deste trabalho é demonstrar a discriminação racial existente no cinema brasileiro tendo por base pesquisa realizada pelo Grupo de Estudos Multidisciplinares da Ação Afirmativa do Instituto de Estudos Sociais e Políticos da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (GEMAA-IESP-UERJ), intitulada “Raça e Gênero no Cinema Brasileiro (2002-2014)”. Essa discriminação teve origem nas diversas teorias raciais, as quais hierarquizavam a “raça” humana, e tanto negro, como índio e o mestiço eram considerados inferiores a raça branca. Após o período escravista, a população negra ficou desamparada, abandonada aos seus próprios desígnios pelo novo governo republicano. Desde então, o negro traz consigo, no decorrer da história até os dias atuais, os resquícios daquele período, sofrendo discriminação racial em todos os setores, não sendo diferente no cinema brasileiro. Isto ficou evidenciado, por meio de método dedutivo, na base de dados da pesquisa do GEMAA-IESP-UERJ. Percebe-se que o fator “cor da pele” influencia quando se busca exercer uma função, seja no setor privado ou público. Esta pesquisa é importante para demonstrar a existência de discriminação racial no Brasil, permeando em todas as áreas da vida, pois o povo brasileiro é racista. O Brasil é um país racista. A mudança dessa realidade passa pela continuação da luta contra o racismo, por meio dos movimentos sociais, reinvenção dos direitos humanos à realidade atual, criação de novos direitos, políticas públicas e ações afirmativas, e via de conseqüência, as desigualdades serão minimizadas para que todos tenham uma vida digna.


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