RACISMO ESTRUTURAL: ONTOLOGIA DE UM PROCESSO (A)TEMPORAL, DISCRIMINATÓRIO E DESUMANO

Cleber Augusto A’Costa de Lima

Resumo


O presente artigo traz como foco a discussão acerca do Racismo Estrutural, suas possíveis origens históricas, danos causados e a luta para reverter essa realidade, presente de maneira tão associada ao cotidiano brasileiro e que acaba ocorrendo indiscriminadamente de maneira velada, muitas vezes, através de atos, palavras e perspectivas sociais, conduzindo quem comete essa infração a não ser capaz de observar – ou, até tendo, consciência do ato, mas sem conhecimento da origem e da razão pela qual está proferindo tal discriminação, avança na (re)afirmação de ato desumano, abolido por convenções internacionais e legislação nacional – que suas ações são elementos de negação e divisão da sociedade brasileira. Portanto, cada frase ou vernáculo utilizado contendo sentido pejorativo de tratamento, mesmo que sobre o disfarce de “brincadeira”, é um ato criminoso e destrutivo da malha social brasileira, já tão fragilizada por diversos fatores e que, ao mesmo tempo, revela-se essencialmente miscigenada, com maioria afrobrasileira. É também objetivo desse artigo a provocativa ao debate sobre esse tema, na esperança que o apoderamento de informações sobre a gênese do Racismo Estrutural ofereça condições de reverter essa prática, a partir da consciência de que a discriminação é algo aprendido e que, logo, portanto, é passível de correção através da consciência, reflexão e educação sobre a dignidade humana e os direitos os quais lhe constituem enquanto ente social.

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