Diferenças entre os hábitos alimentares associados ao excesso de peso de crianças e adolescentes da zona rural e urbana do município de Santa Cruz do Sul - RS

Autores

  • Henrique Menna Barreto Nunes
  • Tássia Silvana Borges
  • Carlos Ferreira Hoehr
  • Debora Tornquist Universidade de Santa Cruz do Sul
  • Miria Suzana Burgos
  • Anelise Reis Gaya

DOI:

https://doi.org/10.17058/cinergis.v15i1.4817

Palavras-chave:

Sobrepeso, Obesidade, Escolares, Zona Rural, Zona Urbana.

Resumo

Objetivo: comparar as características nutricionais do estilo de vida de escolares residentes em zona rural e urbana, associando com o excesso de peso. Método: Foi utilizado o as questões do componente Nutrição do questionário Pentáculo do Bem-estar de Barros e Nahas (2003) e avaliado o IMC. Participaram do estudo 257 crianças e adolescentes, com idades entre 7 a 17 anos, estudantes de escolas localizadas na zona rural e urbana de Santa Cruz do Sul. Resultados: A prevalência de excesso de peso foi maior na zona urbana (30,1%), em comparação com a zona rural (25,8%). Com relação aos hábitos alimentares, escolares da zona rural apresentaram maior consumo de frutas e hortaliças do que escolares da zona urbana (p=0,001), em que apenas 4,0% dos que residem na zona rural afirmaram nunca consumir, enquanto na zona urbana este percentual foi de 18,8%. Já no que se refere a preocupação em evitar ingerir alimentos gordurosos ou doces, se observa maior percentual de escolares da zona urbana (30,8%) que quase sempre ou sempre evitam ingerir este tipo de alimento, enquanto entre os escolares da zona rural, este percentual é de 13,7% (p=0,002). O hábito de realizar de 4 a 5 refeições diárias, incluindo café da manhã, não apresentou diferença entre as zonas, bem como não se observou diferença, em ambas as zonas, para a associação entre as faixas de IMC e os hábitos alimentares. Conclusão: Em geral, não se observou, na amostra estudada, associação entre os hábitos alimentares e o excesso de peso. Ocorreu maior prevalência de sobrepeso e obesidade na zona urbana, um maior consumo de frutas e hortaliças por escolares da zona rural e uma maior preocupação de escolares da zona urbana em evitar o consumo de alimentos gordurosos e doces.

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Publicado

2014-09-29

Edição

Seção

ARTIGO ORIGINAL