Crianças prematuras: caracterização e intervenção fisioterapêutica
DOI:
https://doi.org/10.17058/cinergis.v17i3.8069Palavras-chave:
Recém-nascido, Prematuridade, Fisioterapia, Promoção de Saúde.Resumo
Objetivo: determinar as características clínicas dos recém-nascidos prematuros de um município do interior de Minas Gerais e a intervenção fisioterapêutica destes recém-nascidos que foram encaminhados para esse serviço, após a alta hospitalar. Método: foi realizado um estudo descritivo exploratório, a partir de dados secundários do SINASC (Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos), Declaração de Óbitos da Vigilância Epidemiológica e prontuários das Unidades Básicas de Saúde. A análise estatística dos fatores associados ao óbito foi realizada, utilizando-se o teste do χ2 para comparação das variáveis qualitativas e o teste exato de Fisher. A medida de associação entre o óbito e as demais variáveis foi determinada, através da estimação do risco relativo. Resultados: os nascidos vivos corresponderam a um total de 1.203, sendo 1.144 (95,0%) a termo e 59 (5,0%) pré-termo, com o peso ≤ que 2500g e idade gestacional < que 37 semanas. Destes últimos, 51 nasceram em hospital público e oito em instituições privadas. A maior frequência de RNPT foi entre 32 a 36 semanas (60,8%). Ocorreram doze óbitos entre os prematuros, sendo que a classe de 28 a 31 semanas, que corresponde à prematuridade moderada, foi a que apresentou maior número de óbitos (47,4%). Com relação à mortalidade, houve diferença significante (p<0,01) entre os recém-nascidos que apresentaram um Apgar £ 7 no 1º minuto (RR=11,79) e no 5º minuto (RR=18,11). Considerações finais: apenas cinco recém-nascidos pré-termo foram encaminhados para intervenção fisioterapêutica e apresentavam tempo de gestação ≥28semanas de desenvolvimento, representando 12,8% da amostra. Um atendimento sistematizado poderia proporcionar a detecção precoce e intervenções eficazes, a partir de estímulos adequados e preservação do desenvolvimento neuromotor, especialmente para os recém-nascidos prematuros de prematuridade extrema, que não foram encaminhados para estimulação do desenvolvimento, dado que perpassa como intervenção promissora para melhoria da qualidade de vida desta população.Downloads
Publicado
2016-09-30
Edição
Seção
ARTIGO ORIGINAL