PSI UNISC https://online.unisc.br/seer/index.php/psi <p>Missão:</p> <p>A PSI UNISC tem como missão difundir e promover o conhecimento científico em Psicologia mediante a publicação de produções científicas nas temáticas das áreas da Saúde Mental e Práticas Sociais. Privilegia pesquisas e discussões interdisciplinares relacionadas aos contextos clínicos e sociais, atendendo seu papel de referência para as práticas profissionais.</p> <p>O Periódico foi inaugurado no ano de 2017 e em 2019 passa a estar vinculado ao Programa de Mestrado Profissional em Psicologia da Universidade de Santa Cruz do Sul – UNISC.</p> <p>A PSI UNISC aceita trabalhos originais e inéditos, incluindo relatos de experiência, de pesquisa, trabalhos teóricos, históricos e ensaios vinculados às temáticas que são foco da revista. Não há cobrança taxas para avaliação ou publicação.</p> pt-BR <p>A submissão de originais para este periódico implica na transferência, pelos autores, dos direitos de publicação impressa e digital. Os direitos autorais para os artigos publicados são do autor, com direitos do periódico sobre a primeira publicação. Os autores somente poderão utilizar os mesmos resultados em outras publicações indicando claramente este periódico como o meio da publicação original. Em virtude de sermos um periódico de acesso aberto, permite-se o uso gratuito dos artigos em aplicações educacionais e científicas desde que citada a fonte conforme a licença CC-BY da Creative Commons.</p><p><a href="http://creativecommons.org/licenses/by/4.0/" rel="license"><img src="https://i.creativecommons.org/l/by/4.0/88x31.png" alt="Licença Creative Commons" /></a> <a href="http://creativecommons.org/licenses/by/4.0/" rel="license">Creative Commons Atribuição 4.0 Internacional</a>.</p> cristianefr@unisc.br (Cristiane Davina Redin Freitas) jorgesc@unisc.br (Jorge Luiz Schmidt) ter, 16 jan 2024 00:00:00 -0300 OJS 3.2.1.0 http://blogs.law.harvard.edu/tech/rss 60 2024: algumas reflexões sobre a trajetória da PSI UNISC https://online.unisc.br/seer/index.php/psi/article/view/19081 Silvia Virginia Coutinho Areosa, Cristiane Davina Redin Freitas, Letícia Lorenzoni Lasta Copyright (c) 2024 https://online.unisc.br/seer/index.php/psi/article/view/19081 ter, 16 jan 2024 00:00:00 -0300 Apresentação https://online.unisc.br/seer/index.php/psi/article/view/19082 Copyright (c) 2024 https://online.unisc.br/seer/index.php/psi/article/view/19082 ter, 16 jan 2024 00:00:00 -0300 Jovens autores de agressão sexual: fatores de risco e experiências adversas https://online.unisc.br/seer/index.php/psi/article/view/18337 <p>A agressão sexual é um fenômeno que historicamente atravessa a humanidade com níveis diferenciados de complexidade. Esta pesquisa, de abordagem qualitativa, objetiva realizar a caracterização biopsicossocial do jovem autor de agressão sexual, a partir da descrição de experiências adversas na infância e fatores de risco. O método de análise consistiu em estudo de casos múltiplos, pelo qual são descritas e comparadas as trajetórias de autores de atos infracionais, sendo três referentes à violência sexual contra vítimas adultas e mais três com infrações de outra natureza. O procedimento incluiu a análise de processos jurídicos que envolviam jovens entre 15 e 18 anos, os quais cumpriam medida socioeducativa no estado do Pará no período pesquisado, além de entrevistas guiadas por um roteiro adaptado para autores de agressão sexual, e um questionário internacional de experiências adversas na infância. Os seis jovens vivenciaram em suas trajetórias experiências de negligência e violência múltiplas. Há experiências vivenciadas na infância apenas pelos autores de violência sexual, como negligência emocional, ausência de um dos genitores, além de abuso físico e emocional. Outras experiências foram comuns às trajetórias estudadas. A importância deste estudo está no auxílio à compreensão contextualizada da violência sexual e subsídios ao desenvolvimento de políticas, com o propósito de assistir essa população exposta à vulnerabilidade social e diferentes formas de violência desde a infância.</p> Elana Fabricia Ferreira Araújo, Lília Iêda Chaves Cavalcante Copyright (c) 2023 https://online.unisc.br/seer/index.php/psi/article/view/18337 ter, 16 jan 2024 00:00:00 -0300 Experiências e estratégias de cuidado às gestantes usuárias de crack https://online.unisc.br/seer/index.php/psi/article/view/18484 <p>O consumo de Substâncias Psicoativas durante a gestação ocasiona o crescimento do risco de complicações materno-fetais e efeitos danosos de longo prazo em crianças expostas à essas substâncias. Apesar do uso de crack e cocaína no período gestacional ser um fenômeno crescente, existem poucos estudos que apresentem possibilidades de cuidado específico para essa população. Também não existem recomendações específicas do Ministério da Saúde (MS) no que diz respeito à assistência ofertada para essas mulheres, porém, algumas iniciativas vêm sendo implementadas. Objetivou-se relatar e refletir teoricamente sobre a experiência profissional em Psicologia na atenção à saúde de gestantes usuárias de álcool e outras drogas na Estratégia Trevo de Quatro Folhas, uma política pública de saúde para redução da mortalidade maternoinfantil em Sobral-CE, Brasil. Para isso, apresentam-se e discutem-se funcionamento, impasses e possibilidades identificadas acerca dessa política. Os tópicos descritos foram escolhidos por serem os mais presentes durante a experiência, respectivamente: apresentação e discussão do funcionamento da estratégia; a psicologia na atenção à saúde de gestantes usuárias de álcool e outras drogas. A experiência profissional demonstrou que a psicologia, como categoria profissional inserida nesse contexto, tem potencial de contribuir na construção de um cuidado integral em saúde quando a atuação é orientada pela perspectiva da autonomia do sujeito e corresponsabilização do cuidado.</p> Laís Maria Germano Canuto Sales, Paulo Henrique Dias Quinderé Copyright (c) 2024 https://online.unisc.br/seer/index.php/psi/article/view/18484 ter, 16 jan 2024 00:00:00 -0300 Tempo nos dispositivos eletrônicos e reconhecimento das expressões faciais emocionais em crianças https://online.unisc.br/seer/index.php/psi/article/view/18472 <p>O objetivo deste estudo foi examinar a relação entre o tempo diário de exposição às telas e a habilidade de reconhecer expressões faciais emocionais. Um total de 60 crianças, com idades entre oito e onze anos, de ambos os sexos, participaram deste estudo, sendo divididas em dois grupos: o grupo controle, com até duas horas de exposição diária às telas, e o grupo de estudo, com mais de duas horas de exposição. Foram aplicados os seguintes questionários: sociodemográfico, rastreamento do desenvolvimento, teste de Acuidade (triagem), teste de reconhecimento de expressões faciais emocionais e o Diário do uso de mídias para monitorar o uso das telas. Os resultados revelaram que as variáveis alegria (40% e 55%), medo (70%) e tristeza (40%) mostraram associação entre as variáveis "tempo de tela" e "emoções faciais e suas intensidades". Isso indica que o grupo de estudo teve um desempenho significativamente inferior em identificar essas intensidades em comparação com o grupo controle. Os resultados obtidos ajudaram a compreender como a alta exposição ao tempo de tela pode interferir no reconhecimento das expressões emocionais de médias intensidades. Este estudo traz como contribuição a expansão de pesquisas a fim de que sejam apurados riscos e efeitos dos dispositivos eletrônicos associados ao desenvolvimento das emoções.</p> Nielsen Ricardo Ferreira Vale, Emerson Diógenes de Medeiros, Nelson Torro-Alves , Paloma Cavalcante Bezerra de Medeiros , Ana Raquel de Oliveira Copyright (c) 2024 https://online.unisc.br/seer/index.php/psi/article/view/18472 ter, 16 jan 2024 00:00:00 -0300 A precarização do trabalho e a desumanização psicossocial em produções cinematográficas https://online.unisc.br/seer/index.php/psi/article/view/18498 <p>Neste artigo, questiona-se o futuro de uma ilusão de modernidade, estabelecida nos avanços tecnológicos e na dinâmica neoliberal de organização do trabalho, por meio da análise interpretativa de duas produções cinematográficas que expõem a dinâmica de exploração humana instrumentalizada pela defesa de uma modernização dos modos de (re)produção do trabalho. Consideram-se imagens provenientes de um futuro hipotético vindo do passado, retratados no filme Tempos modernos, em contraposição a um registro contemporâneo do trabalho precarizado no documentário Estou me guardando para quando o carnaval chegar. Objetiva-se evidenciar criticamente as transformações ocorridas no mundo do trabalho, os avanços tecnológicos e o ideal de modernização, bem como suas implicações para a dimensão psicossocial. Adota-se o percurso metodológico da análise de núcleos de significação, em articulação com a Psicologia Sócio-histórica. Os resultados indicam a organização da cidade como expressão da (re)ordenação psicossocial a partir dos modos de produção; o ritmo desumanizante das esteiras de operários e das máquinas de costura dos empreendedores; a precarização do trabalho na contemporaneidade que produz apagamentos (aparentes) nas tensões sociais decorrentes da organização social do trabalho, (re)produzindo uma internalização de coordenadas neoliberais como modos de organização do próprio psiquismo. Conclui-se que a (re)produção de modelos de precarização/desumanização psicossocial esvaziam e individualizam a dimensão ético-política do sofrimento decorrente dessa (des)organização do trabalho, subjetividade e saúde mental.</p> <p> </p> <p><strong> </strong></p> Luciano Domingues Bueno, Maria Laura Barros da Rocha, Adélia Augusta Souto de Oliveira Copyright (c) 2024 https://online.unisc.br/seer/index.php/psi/article/view/18498 ter, 16 jan 2024 00:00:00 -0300 Cuidado em saúde mental segundo jovens vinculados à atenção psicossocial https://online.unisc.br/seer/index.php/psi/article/view/18598 <p>No Brasil, pesquisas que contemplem o ponto de vista dos usuários a respeito dos Centros de Atenção Psicossocial são mais escassas em relação àquelas que discorrem sobre a equipe ou os familiares. Quando falamos do público jovem, essa escassez se mostra ainda mais evidente. A lacuna na compreensão sobre o cuidado em saúde mental de jovens motivou a realização do estudo. Por isso, objetivou-se discutir os cuidados em saúde mental destinados a essa população. Participaram 8 usuários de um centro de atenção psicossocial, que responderam a uma entrevista semiestruturada. Os jovens tinham de 18 a 30 anos, faziam tratamento em um CAPS I e responderam perguntas norteadoras relacionadas à história de adoecimento e o percurso de cuidado em saúde mental até o CAPS. A análise, orientada pelo itinerário terapêutico dos participantes, possibilitou a construção dos eixos: (a) a crise segundo os jovens, (b) a busca pelo cuidado em saúde mental, (c) o papel das famílias no cuidado. Os resultados apontam para o conhecimento dos jovens sobre a crise e a busca por ajuda, predominantemente em serviços privados.</p> Patrícia Lorena Resende Rocha, Renata Fabiana Pegoraro, Cintia Bragheto Ferreira Copyright (c) 2024 https://online.unisc.br/seer/index.php/psi/article/view/18598 ter, 16 jan 2024 00:00:00 -0300 Atenção em saúde mental a gestantes em CAPS no Distrito Federal https://online.unisc.br/seer/index.php/psi/article/view/18506 <p>O objetivo deste estudo é analisar a assistência oferecida às gestantes em sofrimento psíquico e em uso de álcool e outras drogas na Rede de Atenção Psicossocial (RAPS) do Distrito Federal. A partir da realização de entrevistas semiestruturadas com profissionais de saúde que atuam em dois Centros de Atenção Psicossocial (AD III e II Geral), constatou-se a ausência de uma linha de cuidado específica para atendimento de gestantes nos serviços em questão. Além disso, verificou-se uma preocupação em direcioná-las para outros serviços de saúde específicos ao acompanhamento materno-infantil, o que sugere uma visão reducionista frequentemente atribuída às mulheres em processo gestacional. Nesse sentido, conclui-se que é fundamental que as políticas e serviços de saúde contemplem a universalidade e o atendimento humanitário, atendendo às especificidades apresentadas em cada realidade social, além de promover uma articulação entre os serviços com intuito de fornecer um cuidado abrangente à saúde, levando em consideração a usuária gestante em sua integralidade, abrangendo todas as suas singularidades como mulher, para além do período de gestação. Portanto, está revisão tem como objetivo apresentar narrativas que abordam principalmente conceitos e teorias de Bell Hooks, Arrais (2014), Zanello (2018), entre outras. Serão incluídas também produções acadêmicas que discutam questões de gênero e maternidade, uso de substâncias psicoativas por mulheres, sofrimento psíquico e Reforma Psiquiátrica. Dessa forma, ressalta-se a relevância desse tema para a ampliação do conhecimento e o avanço das práticas de saúde voltadas a esse grupo específico.</p> Caroline da Silva Moreira, Waleska Batista Fernandes, Alessandra Arrais Copyright (c) 2024 https://online.unisc.br/seer/index.php/psi/article/view/18506 ter, 16 jan 2024 00:00:00 -0300 Atendimento psicossocial grupal a adolescentes que cometeram ofensa sexual https://online.unisc.br/seer/index.php/psi/article/view/18467 <p>O objetivo deste texto é apresentar uma proposta de atendimento psicossocial grupal realizada com adolescentes que cometeram ofensa sexual e caracterizada por uma perspectiva de serem atendidos em família (Grupo Multifamiliar). Além da demanda por atendimentos a adolescentes de 12 a 15 anos que cometeram ofensa sexual, tem sido observada a inclusão da faixa etária de 16 a 18 anos. Estas duas faixas etárias, 12-15 e 16-18 anos, apresentam distintas características com relação às violências sofridas em suas curtas histórias de vida, bem como à gravidade das violências cometidas. A proposta desenvolvida foi composta por sete sessões de três horas cada, com temas pré-definidos que têm processamentos dirigidos aos participantes em função de suas idades: crianças, adolescentes e adultos. Cada sessão se organizou em três momentos: aquecimento, discussão do tema e conclusão. O método do atendimento incluiu atividades lúdicas e utilização de recursos psicodramáticos adaptados aos adolescentes das duas faixas etárias e aos familiares. O presente texto é descritivo e relata a proposta de atendimento realizada adaptada para o contexto de adolescentes nessas faixas etárias e seus familiares, a partir de uma pesquisa-ação mais ampla. Discutem-se as possibilidades da proposta, a partir das observações dos profissionais que realizaram atendimento grupal, em conjunto com as informações presentes na literatura sobre ofensa sexual cometida por adolescentes. Ressalta-se a necessidade de estudos futuros que aprofundem sobre o tema de adolescentes que cometeram ofensa sexual, considerando as especificidades dessas faixas etárias. Indicam-se ainda os limites da proposta e impasses em sua aplicabilidade.</p> Andrea Schettino Tavares, Liana Fortunato Costa Copyright (c) 2024 https://online.unisc.br/seer/index.php/psi/article/view/18467 ter, 16 jan 2024 00:00:00 -0300 Gênero e violência para mulheres vítimas de relacionamentos abusivos: investigando representações sociais https://online.unisc.br/seer/index.php/psi/article/view/18357 <p>A pesquisa objetivou investigar representações sociais (RS) de gênero e de violência contra a mulher, com foco na violência psicológica, entre mulheres que vivenciaram e/ou vivenciam um relacionamento abusivo, bem como estratégias de enfrentamento por elas empregadas. Foram realizadas entrevistas semiestruturadas com 16 participantes com idades entre 20 e 47 anos, contatadas por meio de páginas do Instagram que tratavam sobre a temática aqui abordada. A análise foi realizada com o auxílio do software Iramuteq, e optou-se por utilizar a Classificação Hierárquica Descendente, que dividiu o corpus em quatro classes de segmentos de textos (ST) a partir do vocabulário empregado. Os resultados revelaram conteúdos de RS de gênero e de violência contra a mulher ancorados em aspectos socioculturais, destacando diferenças de poder existente entre os gêneros na sociedade. No que diz respeito à violência psicológica, as entrevistadas mencionaram práticas que a caracterizavam, tais como ameaças, perseguições, manipulações e chantagens, por exemplo. As estratégias de enfrentamento frente ao contexto de violência foram diversas, indo desde estratégias individuais até a busca por suporte social e/ou profissional. Destaca-se, por fim, a dificuldade de identificação e abordagem da violência psicológica, o que pode contribuir para que mulheres permaneçam por muito tempo em relacionamentos nesses moldes.</p> Beatriz Motta Neves, Sabrine Mantuan dos Santos Coutinho Copyright (c) 2024 https://online.unisc.br/seer/index.php/psi/article/view/18357 ter, 16 jan 2024 00:00:00 -0300 Visita virtual hospitalar na perspectiva de familiares de pacientes internados https://online.unisc.br/seer/index.php/psi/article/view/18377 <p>A pandemia da Covid-19 impôs restrições das mais variadas à humanidade, incluindo a suspensão de visitas e acompanhantes aos pacientes hospitalizados. Frente a isso, muitos hospitais implantaram as chamadas visitas virtuais. Esta pesquisa teve como objetivo analisar as percepções de familiares de pacientes internados sobre as visitas virtuais (VV) realizadas em ambiente hospitalar durante a pandemia da Covid-19. De natureza qualitativa, procedeu-se à entrevista de nove familiares de pacientes que ficaram internados durante a pandemia. Os dados foram submetidos à análise lexical por meio do software IRAMUTEQ, resultando em cinco classes. Na percepção dos participantes, a suspensão das visitas e da presença de acompanhantes intensificava o sofrimento de pacientes e familiares. Apesar do reconhecimento por parte dos participantes da importância do isolamento como forma de se mitigar o contágio e avanço da pandemia, o preço afetivo e emocional advindos disto foi alto para todos os envolvidos. Os resultados indicam que as visitas virtuais foram um importante fator de promoção de alívio emocional para familiares e pacientes por favorecer a comunicação e contato direto, possibilitando a emergência de sentimentos positivos e a redução do sofrimento mental e estresse. Considera-se que seus impactos podem diminuir as chances de luto complicado. Conclui-se que as VV se apresentam como uma modalidade de cuidado psicológico eficiente na medida em que promovem a emergência de sentimentos positivos como esperança, gratidão e calma. Tais sentimentos sinalizam a redução do sofrimento mental e estresse, alcançando um dos principais objetivos da psicologia hospitalar.</p> Luciana Bicalho Reis; Kaick Rocha Pereira ; Rachel de Freitas Wandekokem Cazelli , Jean Fabricio Sales Gomes , Rosilene Chagas Ricardo , Paula Fernandes Lobato Copyright (c) 2024 https://online.unisc.br/seer/index.php/psi/article/view/18377 ter, 16 jan 2024 00:00:00 -0300 Violência contra mulher: saberes compartilhados por mulheres na atenção básica https://online.unisc.br/seer/index.php/psi/article/view/18523 <p>Este estudo busca trabalhar a temática da violência contra mulher a partir da experiência de trabalho em um Grupo de Mulheres em Unidade de Saúde da Família do município de Vitória-ES. Trata-se de um estudo descritivo qualitativo, do tipo relato de experiência, que foi construído por diferentes profissionais por intermédio de diários de campo produzidos durante os encontros. Foram realizados quatro encontros de forma remota devido ao isolamento social da pandemia da COVID-19. A temática foi abordada e desenvolvida com base no que as mulheres participantes apresentavam sobre o tema, visto que a aposta do trabalho proposto era da construção de um espaço de escuta com foco na manutenção do cuidado e do acolhimento, pautado nas experiências de cada mulher participante. Afirma-se ainda a importância do trabalho sobre a violência contra a mulher dentro dos serviços de saúde e a compreensão de que é uma temática que pertence ao âmbito jurídico, à segurança pública, mas também ao Sistema Único de Saúde. Os resultados principais foram as reflexões traçadas a partir de quatro categorias: pactuações e partilhas grupais; experiências de violência sexual, moral e patrimonial; possibilidades de vida para além da violência e oferta de cuidados às mulheres. As discussões demonstram uma construção possível por meio de um trabalho não hierarquizado, pautado no vínculo e no acolhimento. Considera-se como limitação a impossibilidade de acompanhar as repercussões na vida dessas mulheres no modo de lidar com as violências e indica-se a necessidade de novas pesquisas que avaliem tais repercussões.</p> Débora Ferreira Ramos, Dayane da Silva Neves, Alexandra Iglesias Copyright (c) 2024 https://online.unisc.br/seer/index.php/psi/article/view/18523 ter, 16 jan 2024 00:00:00 -0300 Capital psicológico: relações entre desenho do trabalho, engajamento e intenção de rotatividade https://online.unisc.br/seer/index.php/psi/article/view/18488 <p>Este estudo investigou as relações entre capital psicológico, desenho do trabalho, engajamento e intenção de rotatividade. Trata-se de um estudo quantitativo e de corte transversal com 268 participantes. Utilizou-se como Instrumentos: a) Questionário de Desenho do Trabalho, b) Escala de Capital Psicológico, c) Escala de Engajamento no Trabalho de Utrecht, d) Escala Intenção de Rotatividade e e) Questionário de dados sociodemográficos. Análises de regressão apontaram que fatores do desenho do trabalho e capital psicológico são fatores preditivos de engajamento no trabalho e de intenção de rotatividade. Os resultados indicaram ainda que desenho do trabalho e capital psicológico se relacionavam positivamente com engajamento no trabalho e negativamente com intenção de rotatividade. Revelaram também que capital psicológico é um fator supressor na relação entre especialização e engajamento no trabalho e modera a relação entre solução de problemas e intenção de rotatividade. Ademais, fatores do desenho do trabalho (características da tarefa e do trabalho, características sociais e o contexto do trabalho) e capital psicológico explicam engajamento no trabalho e intenção de rotatividade. São destacadas a originalidade do estudo, suas colaborações teóricas e aplicadas ao contexto de trabalho, destacando-se suas limitações.</p> Erica Hokama, Maria do Carmo Fernandes Martins Copyright (c) 2024 https://online.unisc.br/seer/index.php/psi/article/view/18488 ter, 16 jan 2024 00:00:00 -0300 Estágio supervisionado em avaliação psicológica: relato de experiência em uma instituição pública https://online.unisc.br/seer/index.php/psi/article/view/18387 <p>O objetivo do presente trabalho foi relatar a experiência de um Estágio Supervisionado em Avaliação Psicológica em uma Universidade Pública do Paraná. Os atendimentos foram retratados com base nas percepções das participantes do estágio e discutidos à luz da literatura científica. Foram atendidos 16 casos em um período de dez meses no ano de 2022. Consistiam em 7 casos de Orientação Profissional, 3 de Dificuldade de Aprendizagem, 1 de suspeita de Deficiência Intelectual, 3 de suspeita de Autismo, 1 de suspeita de Transtornos Psicóticos agudos e transitórios, 1 de suspeita de Altas Habilidades/Superdotação. Por meio da atuação no serviço-escola, foi possível aprimorar o conhecimento teórico e técnico das estagiárias, bem como contribuir socialmente com a comunidade aderente ao referido serviço, considerando a gratuidade do trabalho realizado em comparação ao alto custo cobrado por esse serviço em âmbito privado. O contato com a prática em Avaliação Psicológica corroborou para que as estagiárias desenvolvessem um olhar clínico ético valendo-se de recursos reconhecidos pela ciência psicológica. Destaca-se, por fim, a importância de um exercício ético, atualizado e comprometido com a integralidade do ser humano na prática profissional.</p> Amanda Lays Monteiro Inácio, Maria Eduarda Oening da Silva, Beatriz Leal Santos, Taís Leão Seleguini, Beatriz Lapresa Canavesi, Luiza Farias Miani Copyright (c) 2024 https://online.unisc.br/seer/index.php/psi/article/view/18387 ter, 16 jan 2024 00:00:00 -0300 Atuação das(os) psicólogas(os) em resposta à COVID-19 na rede de atenção psicossocial https://online.unisc.br/seer/index.php/psi/article/view/18505 <p>Em 2020, a Organização Mundial da Saúde declarou estado de emergência em âmbito internacional devido à COVID-19. Houve um impacto na saúde mental da população, dadas as instabilidades sociais, políticas e econômicas e também houve o aumento de sintomas de ansiedade e depressão na população. Uma das alternativas para atender às demandas de saúde mental no Brasil volta-se à Rede de Atenção Psicossocial - RAPS. Este artigo qualitativo buscou analisar a atuação de psicólogos frente à COVID-19 na RAPS de um município catarinense, considerando a perspectiva da Psicologia na Gestão Integral de Riscos e de Desastres. Foram realizadas entrevistas semiestruturadas e aplicou-se também a técnica “fotografando ambientes” com 15 psicólogos da RAPS. Esses dados foram analisados através da Grounded Theory, com o auxílio do software Atlas.ti 9. Como resultados, evidenciou-se a primazia das práticas na fase de resposta à pandemia. Identificou-se que os serviços de Psicologia passaram a ser mais valorizados na pandemia e a demanda para atendimentos aumentou. As práticas dos psicólogos se focaram no acolhimento e escuta e houve a utilização de novas ferramentas de trabalho, como o celular, para o atendimento de forma remota. Como principais demandas, os psicólogos acolheram usuários com queixas voltadas à ansiedade, ao luto e à reorganização da rotina diante do isolamento social. Os psicólogos também passaram a atuar em outros dispositivos da RAPS, como as UPAs. Sugere-se o desenvolvimento de formações para os profissionais da Psicologia diante de emergências em saúde pública.</p> Fernanda Fernandes Rodrigues, Roberta Borghetti Alves Copyright (c) 2024 https://online.unisc.br/seer/index.php/psi/article/view/18505 ter, 16 jan 2024 00:00:00 -0300 Enlaces entre a psicologia e a vitimologia https://online.unisc.br/seer/index.php/psi/article/view/18504 <p>A violência no Brasil é um fenômeno que se intensificou a partir da metade do século XX. Por se tratar de um tema complexo, várias áreas do conhecimento investigam causas, dinâmicas e consequências tanto para o sujeito como para a coletividade. Este artigo tem como objetivo geral o de analisar a produção bibliográfica sobre a psicologia e a vitimologia. Para isso foram realizados os seguintes passos: caracterizar a violência urbana, conceituar o estudo da vitimologia; identificar o papel da psicologia em relação à abordagem das vítimas de crimes. Trata-se de uma pesquisa básica, exploratória. Já os procedimentos técnicos da pesquisa, configuram-se como pesquisa bibliográfica que constitui numa coleta de dados de materiais já publicados como: livros, jornais, revista, sites online e artigos. Quanto aos resultados, as implicações jurídicas da vitimologia referem-se aos avanços científicos com relação ao papel da vítima no processo penal, deixando de apenas concebê-la como meio de prova para resgatar sua condição de sujeito de direitos. Nas implicações psicológicas, emerge a lacuna existente de experiências publicadas no que tange à escuta e promoção de cidadania das vítimas. Lidar com o trauma e propiciar uma escuta das vítimas pode evitar a vitimização e contribuir para a redução de danos e na readaptação ao meio com a superação dos efeitos nefastos do delito. A necessidade de pesquisas nessa área é de extrema importância para identificar políticas preventivas para garantir a paz, a partir de políticas sociais focalizadas regionalmente e de políticas relacionadas ao sistema de justiça criminal.</p> Raquel Furtado Conte, Tania Maria Cemin Copyright (c) 2024 https://online.unisc.br/seer/index.php/psi/article/view/18504 ter, 16 jan 2024 00:00:00 -0300 Ângela Diniz e Mariana Ferrer: um olhar da psicanálise sobre o feminino https://online.unisc.br/seer/index.php/psi/article/view/18468 <p>O presente trabalho caracteriza-se como uma pesquisa de cunho qualitativo e exploratório, fundamentado através da teoria psicanalítica. Propôs-se a analisar o discurso sobre o corpo da mulher em situações de violência no Brasil, bem como refletir sobre as produções psicanalíticas acerca do feminino na atualidade. Em primeiro momento, realizou-se uma apresentação da historicidade do corpo feminino, nas dimensões do público e do privado, além de uma análise crítica da influência da Psicanálise na construção teórica e social acerca da mulher. Em sequência, foram realizadas análises de notícias do caso Mariana Ferrer e do podcast “Praia dos Ossos” (2020) referente ao caso de Ângela Diniz. A partir do que foi apresentado neste trabalho, entende-se que é de extrema importância compreender que as violências, a revitimização e a culpabilização das mulheres são consequências que os corpos femininos sofrem por ocuparem o espaço público da vida social, assim como a relação dos discursos sociais com os dispositivos midiáticos que - em casos como esses - são capazes de alterar as narrativas sobre as possíveis “justificativas” para os crimes cometidos e proporcionar uma troca de papéis entre os culpados e inocentes.</p> Jéssica Bertoldo Portela, Félix Miguel Nascimento Guazina Copyright (c) 2024 https://online.unisc.br/seer/index.php/psi/article/view/18468 ter, 16 jan 2024 00:00:00 -0300 A alta percebida por profissionais de um centro de atenção psicossocial infanto-juvenil https://online.unisc.br/seer/index.php/psi/article/view/18513 <p>Os Centro de Atenção Psicossocial Infanto-Juvenis se constituem como um dispositivo de cuidado dentro da Rede de Atenção Psicossocial. O serviço atende crianças e adolescentes com demandas de cuidados em saúde mental e se integra ao Sistema Único de Saúde. Nessa perspectiva, o trabalho tem como objetivo compreender o processo de alta no campo da saúde mental em um Centro de Atenção Psicossocial Infanto-Juvenil a partir de relatos dos profissionais da equipe que o compõe. Trata-se de uma pesquisa qualitativa de caráter exploratório e utiliza entrevista semiestruturada para a compreensão do papel dos vinte profissionais de saúde mental na construção do processo de alta relacionado ao tempo prolongado de tratamento. Como resultados, foi possível perceber o papel central que a instituição assume na vida de crianças e adolescentes, responsabilizando profissionais nela inseridos quanto a construção da alta e de um processo de autonomia. Além disso, visualiza-se o papel fundamental e pouco explorado da rede e da família, além da a escassez de investigações sobre o tema no cuidado em saúde mental para crianças e adolescentes em sofrimento psíquico.</p> Morgana Ieda Vanelli, Felix Miguel Nascimento Guazina Copyright (c) 2024 https://online.unisc.br/seer/index.php/psi/article/view/18513 ter, 16 jan 2024 00:00:00 -0300 Perfil de atendimentos realizados em um serviço escola https://online.unisc.br/seer/index.php/psi/article/view/18398 <p>A prática clínica durante a formação em psicologia é realizada muitas vezes em clínicas-escola, e conhecer características da clientela atendida é fundamental para o aprimoramento do atendimento. Objetivou-se levantar o perfil de pacientes atendidos numa clínica-escola, nas modalidades infantil, adolescente, adulto, casal e família de uma clínica-escola de psicologia localizada no Rio Grande do Sul. Realizou-se um levantamento de perfil de 667 prontuários de pacientes infantis, adolescentes, adultos e de casal e família atendidos, entre os anos de 2011 a 2017, investigando dados sociodemográficos, tipo de avaliação inicial conduzida, número de sessões, teoria utilizada, quem encaminhou, motivo da busca, hipótese diagnóstica e razão do término do atendimento. Identificou-se características específicas destas variáveis conforme a faixa de idade e tipo de atendimento. Houve um expressivo número de prontuários com dados incompletos, dificultando a análise dos dados. Um melhor controle das informações dos prontuários permite um conhecimento mais detalhado do perfil atendido em clínicas-escola.</p> Ana Cláudia Longo, Maíra Fontana, Michele Minozzo Sathes, Cristina Pilla Della Méa, Vinícius Renato Thomé Ferreira, Cláudia Mara Bosetto Cenci Copyright (c) 2024 https://online.unisc.br/seer/index.php/psi/article/view/18398 ter, 16 jan 2024 00:00:00 -0300 Evidências de validade da escala de antecipação do estigma relacionado ao HIV https://online.unisc.br/seer/index.php/psi/article/view/18479 <p>O estigma relacionado ao HIV é um dos principais fatores associados a desfechos negativos entre pessoas que vivem com HIV, como evitação de testagem e baixa adesão ao tratamento. O objetivo deste estudo é apresentar as evidências de validade da Escala de Antecipação do Estigma Relacionado ao HIV (EAER-HIV-7) no contexto brasileiro. Participaram do estudo 428 homens, em sua maioria brancos e heterossexuais. Os participantes responderam a um protocolo contendo dados sociodemográficos, a EAER-HIV-7, a Escala de Preconceito Contra Diversidade Sexual e de Gênero (EPCDSG), um questionário de conhecimentos sobre a transmissão do HIV e questões sobre percepção de risco de infecção por HIV. Foi realizada tradução e adaptação transcultural da EAER-HIV-7. Para analisar os dados, foram utilizados testes t para avaliar a validade convergente e entre grupos, bem como análise fatorial confirmatória (CFA) para investigar a estrutura fatorial. O modelo unidimensional da EAER-HIV-7 testado apresentou bons índices de ajuste. Os resultados indicam boas evidências de fidedignidade da EAER-HIV-7, sugerindo sua aplicabilidade no contexto brasileiro. Sugere-se que mais estudos sejam conduzidos em populações diversas, como mulheres, idosos, pessoas LGBTQIA+ e indivíduos casados, de modo a oferecer novas versões da ferramenta.</p> Stéphanie da Selva Guimarães, Ramiro Figueiredo Catelan, Luísa Chaves de Faria Brasil, Damião Soares de Almeida-Segundo, Henrique Caetano Nardi, Angelo Brandelli Costa Copyright (c) 2024 https://online.unisc.br/seer/index.php/psi/article/view/18479 ter, 16 jan 2024 00:00:00 -0300 Indução de estereótipo e desaprovação na memória de crianças pré-escolares e escolares https://online.unisc.br/seer/index.php/psi/article/view/18492 <p>O presente estudo investigou o impacto da indução de estereótipo e a influência da desaprovação na memória de crianças. Participaram 40 pré-escolares (23 meninas, entre 4 e 6 anos (M= 62,7 meses, DP=8,03) e 36 escolares (17 meninas), entre 7 e 8 anos (M=95,4 meses, DP= 6,21) que receberam a visita de um “cientista” que realizou uma demonstração de ciências. As transmissões do estereótipo e desaprovação foram realizadas através de vídeos. Entrevistas foram realizadas para avaliar a memória das crianças acerca do evento. Os principais resultados indicam que crianças escolares recordaram mais informações acuradas que crianças pré-escolares. Ademais, existe uma relação positiva entre recordação de memórias acuradas e produção de memórias relativas ao estereótipo, que é moderada pela idade dos participantes. A principal contribuição é a investigação empírica do impacto que a faixa etária exerce na acurácia dos relatos de memória, e na relação entre memória acurada e falsas memórias.</p> Marina Pante, Lilian Milnitsky Stein, Mariana Dillenburg Copyright (c) 2024 https://online.unisc.br/seer/index.php/psi/article/view/18492 ter, 16 jan 2024 00:00:00 -0300 Perfil de crianças, adolescentes e famílias atendidas em uma instituição de acolhimento https://online.unisc.br/seer/index.php/psi/article/view/18532 <p>A partir da necessidade de descrever o perfil de crianças e adolescentes de uma instituição de acolhimento situada no estado do Rio Grande do Sul, quanto às motivações para a medida e as condições familiares, desenvolveu-se o estudo de amostra documental de 47 relatórios de acolhidos entre o período de 2020 e 2022. Os dados analisados mostraram que a maioria dos acolhidos possuíam entre 6 e 18 anos de idade e motivação de acolhimento relacionada com negligência familiar, abuso físico e conflitos no ambiente familiar. Foi constada a situação de hipossuficiência econômica nos acolhidos, sendo que significativa parte das famílias possuem renda inferior a um salário-mínimo e situação de desemprego por pelo menos um dos genitores. Por outro lado, menos da metade das famílias pesquisadas estão incluídas em programas assistenciais, o que evidencia lacunas na efetivação do serviço de políticas públicas no Brasil. Por meio desta pesquisa, pode-se observar a complexidade das interfaces envolvidas no acolhimento institucional e a importância do papel da psicologia social.</p> Carolina Fernanda Silva, Claudia Maria Teixeira Goulart Copyright (c) 2024 https://online.unisc.br/seer/index.php/psi/article/view/18532 ter, 16 jan 2024 00:00:00 -0300