PSI UNISC https://online.unisc.br/seer/index.php/psi <p>A PSI UNISC tem como missão difundir e promover o conhecimento científico em Psicologia mediante a publicação de produções científicas nas temáticas das áreas da Saúde Mental e Práticas Sociais. Privilegia pesquisas e discussões interdisciplinares relacionadas aos contextos clínicos e sociais, atendendo seu papel de referência para as práticas profissionais. A PSI UNISC aceita trabalhos originais e inéditos, incluindo relatos de experiência, de pesquisa, trabalhos teóricos, históricos e ensaios vinculados às temáticas que são foco da revista. Não há cobrança taxas para avaliação ou publicação.</p> pt-BR <p>A submissão de originais para este periódico implica na transferência, pelos autores, dos direitos de publicação impressa e digital. Os direitos autorais para os artigos publicados são do autor, com direitos do periódico sobre a primeira publicação. Os autores somente poderão utilizar os mesmos resultados em outras publicações indicando claramente este periódico como o meio da publicação original. Em virtude de sermos um periódico de acesso aberto, permite-se o uso gratuito dos artigos em aplicações educacionais e científicas desde que citada a fonte conforme a licença CC-BY da Creative Commons.</p><p><a href="http://creativecommons.org/licenses/by/4.0/" rel="license"><img src="https://i.creativecommons.org/l/by/4.0/88x31.png" alt="Licença Creative Commons" /></a> <a href="http://creativecommons.org/licenses/by/4.0/" rel="license">Creative Commons Atribuição 4.0 Internacional</a>.</p> cristianefr@unisc.br (Cristiane Davina Redin Freitas) jorgesc@unisc.br (Jorge Luiz Schmidt) ter, 24 dez 2024 01:12:28 -0300 OJS 3.2.1.0 http://blogs.law.harvard.edu/tech/rss 60 Apresentação https://online.unisc.br/seer/index.php/psi/article/view/20122 Tainá Schütz Copyright (c) 2024 PSI UNISC https://online.unisc.br/seer/index.php/psi/article/view/20122 ter, 24 dez 2024 00:00:00 -0300 Vulnerabilidade da mulher à ansiedade na pandemia da covid-19: revisão sistemática https://online.unisc.br/seer/index.php/psi/article/view/19439 <p>Este artigo teve como objetivo reunir pesquisas acerca da vulnerabilidade das mulheres em relação à ansiedade durante a pandemia da Covid-19. O método consistiu em uma revisão de escopo. Foram utilizadas as bases de dados <em>Scopus</em>, <em>PsycINFO</em>, <em>Web of Science</em>, PubMed, <em>Scielo</em> e Pepsic. O protocolo PRISMA e a plataforma Rayyan foram utilizados para a seleção dos estudos. Após a leitura dos títulos, resumos e textos na íntegra, com a aplicação dos critérios de inclusão e exclusão, 11 artigos compuseram a amostra final. Os resultados foram dispostos em duas categorias: (1) fatores de risco sociais e (2) fatores de risco comportamentais, psicológicos e psicopatológicos. Identificou-se que 80% dos estudos investigaram aspectos sociais de vulnerabilidade da mulher à ansiedade. A preocupação com a perda do emprego, a violência doméstica, a solidão, ter diagnósticos prévios de transtornos mentais e o consumo de álcool e tabaco foram fatores associados aos sintomas ansiosos. Os achados desta investigação contribuem para a compreensão do sofrimento psicológico feminino durante o cenário pandêmico. Conclui-se que a prevenção da ansiedade deve considerar as informações disponíveis sobre os fatores de risco a que as mulheres estão expostas.</p> Maria Heloísa Santos-Souza, Brenda Fernanda Pereira da Silva-Ferraz, André Faro Copyright (c) 2024 PSI UNISC https://online.unisc.br/seer/index.php/psi/article/view/19439 ter, 24 dez 2024 00:00:00 -0300 Apoio psicossocial a povos indígenas em desastres e emergências em saúde pública https://online.unisc.br/seer/index.php/psi/article/view/19970 <p>Com o aumento de eventos extremos desencadeados por mudanças climáticas, mostra-se relevante compreender como as políticas públicas focadas em respostas a desastres e emergências em saúde pública propõem a atuação com populações específicas, dentro dos territórios afetados. O objetivo do presente estudo é apresentar categorias centrais para uma abordagem adequada de apoio psicossocial a povos indígenas em desastres e emergências em saúde pública. Para tanto, realizou-se uma análise crítica da literatura científica, articulando os achados com preconizações de políticas públicas vigentes no Brasil, em diálogo com produções de lideranças indígenas de renome internacional e, também, com vivências práticas dos autores junto a comunidades originárias e povos tradicionais, e/ou no contexto de eventos extremos. Dentre as categorias a serem consideradas na formulação de estratégias de apoio psicossocial a populações indígenas afetadas por desastres e emergências em saúde pública, foram destacadas: Diversidade de compreensões sobre os fenômenos; Comunicação intercultural; Respeito aos mais velhos; Corpo-território; Identidade e elaboração coletiva da situação potencialmente traumática; A cidade como território indígena; Respeito à organização social; Uma ciência e uma medicina própria; O luto e a centralidade da espiritualidade. Adicionalmente, foram sumarizadas recomendações a gestores e profissionais da Rede de Atenção Psicossocial, visando à promoção do Bem-Viver em eventos extremos, com a garantia dos princípios de universalidade, integralidade e equanimidade, preconizados pelo Sistema Único de Saúde.</p> Luiz Felipe Barboza Lacerda, Camila Pinheiro Medeiros, Beatriz Schmidt , Míriam Dantas de Almeida Tembé, Débora da Silva Noal, Kwarahy Tenetehar Copyright (c) 2024 PSI UNISC https://online.unisc.br/seer/index.php/psi/article/view/19970 ter, 24 dez 2024 00:00:00 -0300 Atuação em psicologia hospitalar na pandemia da covid-19: revisão integrativa de literatura https://online.unisc.br/seer/index.php/psi/article/view/19620 <p>A pandemia da Covid-19 acarretou, além de mortes e hospitalizações, impactos psicológicos negativos para a população e comunidade da saúde. A alta transmissibilidade do vírus, ansiedade devido isolamento e medo da morte foram vivências experienciadas com maior intensidade por pacientes hospitalizados, familiares e trabalhadores da linha de frente do cuidado. Diante disso, os psicólogos que atuam na assistência hospitalar receberam uma larga demanda de cuidado e suas ferramentas de trabalho exigiram adaptação para o novo cenário, marcado pela redução de contato físico. O objetivo deste artigo foi mapear as estratégias utilizadas por psicóloga/os hospitalares durante a pandemia da Covid-19. Para isso, foi feita uma revisão integrativa de literatura, onde foram selecionados 14 artigos publicados entre 2020 e 2023, do tipo relato de experiência, a partir das bases de dados <em>online</em> BVS, Capes, PePSIC e Google Acadêmico, com os descritores “psicologia hospitalar”, “Covid-19” e “relato”. Os resultados destacam ações que envolvera comunicação remota e atividades presenciais, e dificuldades encontradas na prática da psicologia hospitalar, como a sobrecarga de trabalho e falta de conhecimento específico sobre o vírus. Observou-se que, apesar de as estratégias presenciais serem mantidas a partir dos protocolos de biossegurança, o uso de tecnologias foi utilizado com frequência para teleatendimentos, acolhimento <em>online</em>, plantões de atendimento psicológico remoto e visitas virtuais. Nota-se a importância de ações educativas e promoção de saúde mental aos profissionais de saúde afim de garantir desempenho eficaz. As estratégias adotadas durante a pandemia se mostraram valiosas, podendo desempenhar importante função enquanto medidas permanentes.</p> Maria Laura de Freitas Andrade Telles, Renata Fabiana Pegoraro Copyright (c) 2024 PSI UNISC https://online.unisc.br/seer/index.php/psi/article/view/19620 ter, 24 dez 2024 00:00:00 -0300 Resposta da psicologia em desastres socioambientais: uma revisão da literatura https://online.unisc.br/seer/index.php/psi/article/view/19950 <p>Frente às mudanças operadas pelos seres humanos no meio ambiente e à intensificação de eventos climáticos extremos, a ocorrência de desastres cada vez mais graves exige uma resposta articulada de profissionais de diversas expertises. No Brasil, um país de dimensões continentais e marcado por profundas desigualdades, desastres de grande magnitude têm ocorrido com frequência. O presente estudo investigou como são estruturadas e implementadas as estratégias de intervenção da psicologia na fase de resposta a emergências e desastres socioambientais no Brasil. Foi feita uma revisão integrativa para mapear o tema na literatura científica brasileira com os descritores de busca "saúde mental" AND "desastres" e "psicologia" AND "desastres". Os critérios de inclusão foram: publicações entre 2013 e 2023; artigos em português; texto completo online; estudos realizados no Brasil; desastres de origem ambiental ou climática. Já os de exclusão: teses, capítulos de livros, anais de congressos ou conferências; artigos sem metodologia descrita; artigos pagos; revisões de literatura; autor principal não ser profissional da psicologia. Seis artigos foram selecionados e os dados foram analisados pelo método de Análise de Conteúdo. Os resultados foram sintetizados em duas categorias: 1) caracterização da atuação: trabalho direto e indireto; 2) gestão de riscos e desastres no SUS. A revisão identificou que a psicologia intervém diretamente no atendimento às vítimas e indiretamente no trabalho com equipes de gestão e capacitação de trabalhadores. Os achados contribuíram para o aprofundamento do campo científico sobre o tema.</p> Rafaella Espíndola de Andrade, Károl Veiga Cabral Copyright (c) 2024 PSI UNISC https://online.unisc.br/seer/index.php/psi/article/view/19950 ter, 24 dez 2024 00:00:00 -0300 Grandes projetos, crimes ambientais e produção de “subjetividades atingidas” em Barcarena, Pará https://online.unisc.br/seer/index.php/psi/article/view/19979 <p>Com este artigo, apresentamos os resultados de uma pesquisa de mestrado que teve como objetivo analisar os efeitos dos crimes ambientais decorrentes de grandes projetos, como mineradoras e hidrelétricas, na vida dos moradores da região de Barcarena, no estado do Pará. Identificamos estas pessoas como atingidos e, ao longo do estudo, colocamos esta categoria em análise. Partimos, portanto, das transformações ocorridas em seus modos de vida e utilizamos da observação, diário de campo e entrevistas semiestruturadas para a produção dos dados, que foram analisados com base nos pressupostos teórico-metodológico-políticos do materialismo histórico-dialético. Falamos a partir da psicologia social crítica, logo, concebemos a produção do sujeito como unidade na totalidade que compreende as dimensões materiais e ideológicas, individuais e coletivas, objetivas e subjetivas do ser social. Identificamos que os efeitos provocados pelos grandes projetos na vida dos moradores de Barcarena não se dissociam da estratégia implementada pelo capitalismo na Amazônia e que, as suas subjetividades, são produzidas através das transformações nos seus modos de vida em campos como o trabalho, a saúde, as relações culturais, a luta e a resistência. Concluímos propondo a ampliação do conceito de atingidos, para a incorporação das dimensões subjetivas que compreendem os efeitos provocados pelos grandes projetos na vida das pessoas, tendo em vista contribuir com as elaborações teórico-conceitos sobre essa categoria, mas também com as lutas e organizações em defesa dos seus direitos. </p> Robert Damasceno Monteiro Rodrigues, Pedro Paulo Freire Piani , Flávia Cristina Silveira Lemos Copyright (c) 2024 PSI UNISC https://online.unisc.br/seer/index.php/psi/article/view/19979 ter, 24 dez 2024 00:00:00 -0300 Fadiga por compaixão e situações de desastres: uma revisão narrativa https://online.unisc.br/seer/index.php/psi/article/view/19634 <p>A Fadiga por Compaixão (FC) envolve mudanças cognitivas e simbólicas decorrentes da exposição à dor e ao sofrimento do outro. Para tanto, o estudo objetivou identificar como a literatura científica apresenta a Fadiga por Compaixão em profissionais que atuam em situações de desastres. Trata-se de uma Revisão Narrativa da Literatura, com busca sistematizada em três bases de dados, a partir dos descritores “Fadiga por Compaixão” AND “Desastres”, nos idiomas Português, Inglês e Espanhol. A investigação ocorreu no período de outubro a dezembro de 2023. 28 artigos integraram esta revisão. Os achados foram reunidos em quatro categoriais: Presença de FC, Síndrome de Burnout e Estresse Traumático Secundário; Causas, efeitos e fatores de risco associados a ocorrência de FC em situações de desastres; Impactos do desastre e profissionais de ajuda e Estratégias de enfrentamento e mitigação do desastre e intervenções em FC. A literatura indicia que os profissionais que atuam em desastres estão expostos à FC, além de implicações na saúde destes trabalhadores o que sugere que estratégias de enfrentamento e cuidado tais como prevenção individual e investimentos em recursos psicológicos. É necessário escuta especializada de forma contínua, que considere as demandas dos profissionais e o cenário onde o desastre acontece.</p> Chancarlyne Vivian, Maiara Daís Schoeninger, Letícia de Lima Trindade, Elisabete Maria das Neves Borges Copyright (c) 2024 PSI UNISC https://online.unisc.br/seer/index.php/psi/article/view/19634 ter, 24 dez 2024 00:00:00 -0300 Vínculo afetivo pessoa-ambiente em desastres: análise barthesiana de imagens de atingidos https://online.unisc.br/seer/index.php/psi/article/view/19705 <p>Os desastres socioambientais ocasionam impactos generalizados na vida das pessoas, inclusive nos vínculos que possuíam com o lugar. Objetivou-se descrever a vinculação afetiva pessoa-ambiente em suas dimensões funcional, simbólica e temporal por meio de uma análise barthesiana de imagens fornecidas pelos atingidos. Trata-se de uma pesquisa qualitativa do tipo documental que adota um caráter descritivo-exploratório. Participaram da pesquisa sete pessoas atingidas (cinco do gênero feminino; dois do gênero masculino), com média de idade de 46 anos e 5 meses. O estudo revelou que, após o desastre, os vínculos afetivos com o ambiente foram modificados, apesar da reconstrução e retomada da funcionalidade. As fotografias demostram que a vinculação afetiva e permanência no ambiente é influenciada pelas memórias afetivas, significados de lugar e importância no desenvolvimento da identidade, a história das famílias. Percebeu-se que a dimensão simbólica e temporal associadas sobressaem à funcional. Apesar da reconstrução do lugar, não houve a restauração dos sentimentos de segurança e apropriação, evidenciando que os impactos emocionais são tão significativos quanto os materiais.</p> Maísa Hodecker, Maíra Longhinotti Felippe, Andréa Barbará da Silva Bousfield Copyright (c) 2024 PSI UNISC https://online.unisc.br/seer/index.php/psi/article/view/19705 ter, 24 dez 2024 00:00:00 -0300 Tecendo narrativas: cuidado suficientemente bom em uma USF na pandemia de covid-19 https://online.unisc.br/seer/index.php/psi/article/view/19557 <p>Esse artigo apresenta um estudo narrativo que objetiva compartilhar as experiências, de uma psicóloga residente, durante a pandemia de COVID-19. Articula relações entre Saúde Coletiva e Psicanálise, trazendo as diretrizes da Política Nacional de Humanização (PNH) e os conceitos da teoria do amadurecimento de Donald Woods Winnicott para pensar um cuidado possível, ou suficientemente bom, no trabalho multiprofissional em saúde, em uma Unidade de Saúde da Família, na região sul do Brasil. Como estratégia metodológica foi utilizada a pesquisa narrativa. Para a produção dos dados foram realizados registros do cotidiano de trabalho em diário de campo, emergindo três temas de análise: valorização do trabalhador, ambiência e acolhimento. O processo de análise esteve ancorado nas articulações entre as diretrizes da PNH e conceitos da psicanálise Winnicottiana. para dar sentido e corpo às discussões. Os dados produzidos apontam que o cuidado suficientemente bom em saúde pública está fortemente atrelado às diretrizes da constituição de espaços receptivos, acolhedores para as demandas que chegam à atenção primária, e ainda, a implementação de estratégias de reconhecimento de valorização do trabalho em saúde. A pesquisa narrativa realizada possibilitou, não só a própria reflexão sobre as práticas de cuidado empregadas em campo, mas também contribuiu para que outros profissionais da atenção básica possam tecer um cuidado suficientemente bom a partir do preconizado nas diretrizes da PNH e das contribuições da psicanálise de D. W. Winnicott.</p> Lara Irene Leite da Costa, Rita de Cássia Maciazeki-Gomes Copyright (c) 2024 PSI UNISC https://online.unisc.br/seer/index.php/psi/article/view/19557 ter, 24 dez 2024 00:00:00 -0300 Liderança nas situações de desastres: revisão integrativa https://online.unisc.br/seer/index.php/psi/article/view/19936 <p>Nos últimos 40 anos os desastres naturais provocaram mais de 3,3 milhões de óbitos no mundo, e a cada ano, cerca de 226 milhões de pessoas são afetadas pelos mesmos, sendo 102 milhões por eventos hidrológicos. Este número indica a necessidade de ações para minimizar as consequências deles na sociedade e um aspecto importante a considerar é a liderança. Situações de desastres exigem presença e respostas de líderes diversificadas e muitas vezes incluem a necessidade da flexibilidade e adaptabilidade para tomar decisões rapidamente e reunir recursos num curto espaço de tempo. O objetivo deste estudo é apresentar estudos sobre liderança em contexto de desastres para contribuir no aprendizado de como liderar situações desta natureza. Foi realizada uma revisão integrativa de estudos publicados na base de dados da SCOPUS e Web of Science, encontrados com os descritores “disaster and leadership”, de 2020 a 2024. A busca resultou em 198 artigos. Após leitura dos resumos, foi possível selecionar 41 artigos que atendiam ao objetivo deste estudo. Foi possível verificar que os estudos enfatizam a necessidade de treinamento para enfrentamento de desastres bem como a importância da liderança nas intervenções relacionadas aos desastres.</p> Silvana Regina Ampessan Marcon, João Ignacio Pires Lucas, Alexandra Carol Cioato, Éder Leonardo de Vitte Horn Copyright (c) 2024 PSI UNISC https://online.unisc.br/seer/index.php/psi/article/view/19936 ter, 24 dez 2024 00:00:00 -0300 Apps para enfrentamento à pandemia de covid-19 no brasil: uma revisão sistemática https://online.unisc.br/seer/index.php/psi/article/view/18569 <p>O desenvolvimento de aplicativos para dispositivos móveis de comunicação (apps) se configura como uma das principais estratégias adotadas por governos, entidades de saúde e empresas para educação, monitoramento, comunicação e reabilitação em saúde e desempenhou um papel-chave no enfrentamento à pandemia da Covid-19. A literatura científica, especificamente no Brasil, acerca dos resultados gerados pelo uso desse tipo de tecnologia e o próprio mapeamento dessa tecnologia ainda não é consistente. Sendo assim, a presente pesquisa teve como objetivo mapear os aplicativos que foram desenvolvidos para contribuir com o enfrentamento da pandemia da Covid-19 no contexto brasileiro durante o ano de 2020 e analisar suas características. O método foi orientado pelo modelo de revisão sistemática da literatura, aplicado em duas lojas on-line, Google Play (Android) e Apple Store (IOS). A partir da busca por meio dos seguintes descritores “Coronavírus”, “Covid-19”, “SARS-CoV-2” e “isolamento social”, selecionaram-se 31 aplicativos. Os resultados sugerem que o número de downloads dos apps está relacionado ao público-alvo ao qual se destina (população geral ou profissionais de saúde) e à sua abrangência (nacional ou regional). As categorias elaboradas demonstraram que as quatro principais funcionalidades dos apps estão relacionadas a informações sobre o vírus, autoavaliação do usuário, mecanismos de geolocalização e de telessaúde. Ainda, foi observado que os principais desenvolvedores de apps foram entidades do poder público em colaboração com o setor privado. É fundamental que os desenvolvedores e gestores públicos adotem medidas que facilitem a adesão de usuários aos apps, a fim de potencializar o alcance da população à saúde digital.</p> Rodrigo de Oliveira Machado, Rodrigo Falcão Chaise, Paula Monmany Jobim, Kátia Bones Rocha, Adolfo Pizzinato, Elder Cerqueira-Santos Copyright (c) 2024 PSI UNISC https://online.unisc.br/seer/index.php/psi/article/view/18569 ter, 24 dez 2024 00:00:00 -0300 Vivências da enchente: o brincar e a criatividade infantil com as telas https://online.unisc.br/seer/index.php/psi/article/view/19887 <p>As redes sociais tornaram-se plataformas importantes para o compartilhamento de experiências pessoais durante eventos desafiadores. Cuidadores frequentemente utilizam essas plataformas para divulgar vídeos de seus filhos, incluindo conteúdos criados pelas próprias crianças como parte do brincar virtual. Contudo, o compartilhamento de experiências infantis em redes sociais, particularmente em eventos climáticos extremos, ainda demanda maior investigação, especialmente quanto ao seu potencial para informar respostas a crises futuras. Este estudo analisou, por meio de uma netnografia nas plataformas <em>Instagram</em> e <em>TikTok</em>, as experiências de crianças compartilhadas por seus responsáveis durante as enchentes de 2024 no sul do Brasil. Foram examinados nove vídeos utilizando análise temática reflexiva. Os resultados evidenciaram a centralidade do brincar, inclusive com telas, e a importância dos brinquedos como símbolos de lar nas vivências infantis. Observaram-se também expressões de gratidão das crianças pelas doações recebidas, destacando o papel do apoio social em momentos de crise. As crianças assumiram um papel ativo nos vídeos, adaptando criativamente o estilo de influenciadores digitais para promover ações de solidariedade. Embora os vídeos tenham dado visibilidade às experiências infantis, eles levantam questões sobre a exposição das crianças nas redes sociais e seu direito à privacidade, reforçando a responsabilidade de segurança digital por parte de seus cuidadores. Conclui-se que as telas podem ser aliadas no estímulo ao brincar criativo, sendo essencial oferecer condições para o brincar tanto on-line quanto off-line, especialmente em contextos de eventos climáticos extremos.</p> Indianara Sehaparini, Fernanda Martins Marques , Sofia Sebben , Cailane Lawall , Marina Furlan de Oliveira Aguiar , Giana Bitencourt Frizzo Copyright (c) 2024 PSI UNISC https://online.unisc.br/seer/index.php/psi/article/view/19887 ter, 24 dez 2024 00:00:00 -0300 Intervenção no parque farroupilha: a psicologia frente aos desastres e situações de crise https://online.unisc.br/seer/index.php/psi/article/view/19952 <p>Este relato de experiência descreve uma intervenção psicológica realizada no Parque Farroupilha (Parque Redenção), na cidade de Porto Alegre, RS, em resposta às enchentes que assolaram o estado do Rio Grande do Sul em 2024. A ação, conduzida por onze estudantes e professora do curso de Psicologia como parte de um projeto de extensão, teve como foco o acolhimento emocional e psicoeducação das pessoas impactadas pelo desastre. A partir de recursos técnicos como a escuta ativa, suporte psicossocial e a distribuição de uma cartilha informativa sobre saúde mental e locais de apoio psicológico, buscou-se acolher e sensibilizar a população sobre a importância do cuidado com a saúde emocional em situações de crise. Foram distribuídas cem unidades da cartilha informativa, alcançando um número significativo de pessoas diretamente impactadas pela iniciativa. A partir dos <em>feedbacks </em>recebidos <em>in loco</em>, foi possível avaliar que a atividade teve respostas favoráveis e demonstrou a importância deste projeto como rede de apoio para essa comunidade. Este relato também reflete sobre as contribuições dessa experiência para o desenvolvimento acadêmico e profissional dos participantes, destacando a relevância da formação teórica e metodológica em Psicologia na área de desastres.</p> Patrícia Rutsatz, Rosilene Mazzarotto, Tatiana Gomes Rosa, Régis Rodrigues da Silveira Copyright (c) 2024 PSI UNISC https://online.unisc.br/seer/index.php/psi/article/view/19952 ter, 24 dez 2024 00:00:00 -0300 Estudantes universitários e pandemia por covid-19: impactos na saúde mental https://online.unisc.br/seer/index.php/psi/article/view/19595 <p>Esta pesquisa teve o objetivo de investigar as repercussões da pandemia por Covid-19 na saúde mental de estudantes de universidades privadas, identificando o nível de sintomas de depressão, ansiedade e estresse. Trata-se de um estudo exploratório e descritivo, de delineamento quantitativo. Participaram do estudo 399 estudantes de graduação de universidades privadas do Brasil. O protocolo de coleta contou com dois instrumentos de pesquisa, a saber: um questionário sociodemográfico e a Escala de Ansiedade, Depressão e Estresse (DASS-21). Os resultados apontaram para dificuldades de adaptação dos estudantes ao ensino remoto, o que pode ter corroborado para o aumento do sofrimento psíquico no período da pandemia. Com relação aos sintomas de depressão, ansiedade e estresse, foi possível verificar que a média das escalas estava na faixa de severidade moderada. Concluiu-se que são necessárias ações que ampliem o acolhimento e a escuta desse público dentro das universidades de forma mais efetiva, contribuindo para a promoção da saúde mental.</p> Patricia Mendel, Sabrina Daiana Cúnico, Carmem Regina Giongo Copyright (c) 2024 PSI UNISC https://online.unisc.br/seer/index.php/psi/article/view/19595 ter, 24 dez 2024 00:00:00 -0300 Atuação da psicologia em desastre socioclimático: experiência em abrigo no RS https://online.unisc.br/seer/index.php/psi/article/view/19938 <p>Este relato descreve a experiência de uma intervenção de profissionais e estudantes de Psicologia em contexto de emergência e desastre em um abrigo no maior desastre socioclimático da história do Rio Grande do Sul (RS). Em maio de 2024, o campus de uma universidade privada foi ocupado por cerca de 8.000 pessoas, o que exigiu participação intensa da sociedade civil. Esta intervenção foi capitaneada por seis professores de Psicologia juntamente com 111 voluntários da área, entre profissionais e estudantes de graduação. Foram organizados diferentes grupos de trabalho, em etapas que incluíram treinamento, contato com autoridades locais e Conselho Regional de Psicologia, organização de uma rotina diária e criação de métodos para registrar e comunicar informações cruciais. As primeiras ações implicaram em reunir todos voluntários para atuação integrada, estabelecer uma escala de trabalho, ter uma sala base de encontro, mapear recursos no abrigo e criar rotinas de autocuidado. Os passos seguintes foram articulação do trabalho com a rede, melhoria dos fluxos internos, atribuição de tarefas aos psicólogos, estagiários e acadêmicos e protocolo de registro para casos de acompanhamento contínuo (n = 213) compostas por 74% de mulheres (idade média = 35,60 anos; DP = 14,67; faixa etária de 4 a 82 anos), A intervenção da Psicologia durou um mês e foi substituída pelos serviços de saúde pública assim que possível. Os desafios envolveram a falta de treinamento prévio em gerenciamento de desastres e a ausência de planos de contingência governamentais, destacando a necessidade de investimentos na formação profissional da psicologia para atuação em emergências e desastres.</p> Vinicius Tonollier Pereira, Aline Groff Vivian, Fernanda Pasquoto de Souza, Valmir Dorn Vasconcelos Copyright (c) 2024 PSI UNISC https://online.unisc.br/seer/index.php/psi/article/view/19938 ter, 24 dez 2024 00:00:00 -0300 Crises climáticas, desastres e calamidades https://online.unisc.br/seer/index.php/psi/article/view/20118 Silvia Virginia Coutinho Areosa, Cristiane Davina Redin Freitas, Letícia Lorenzoni Lasta Copyright (c) 2024 PSI UNISC https://online.unisc.br/seer/index.php/psi/article/view/20118 ter, 24 dez 2024 00:00:00 -0300