Problematizando as Práticas de Criminalização dos Movimentos Sociais: uma Análise Documental
DOI:
https://doi.org/10.17058/psiunisc.v4i1.14115Palavras-chave:
Criminalização, Movimentos Sociais, Cidadania, Biopoder, Foucault.Resumo
Este trabalho teve como objetivo fazer um levantamento, revisão e análise da literatura acerca do tema “Criminalização dos Movimentos Sociais”. Foram utilizadas para a análise dissertações coletadas no ano de 2013 encontradas sobre esse tema no banco de dados da Biblioteca Digital Brasileira de Teses e Dissertações (BDTD). Para a análise das dissertações foram utilizadas as pistas deixadas pelo trabalho realizado por Michel Foucault através de suas ferramentas arqueológicas e genealógicas de análise que nos forneceu a possibilidade de uma crítica e uma problematização das práticas discursivas (saber) e não discursivas (poder e subjetivação) que atravessam e compõem os trabalhos analisados, guiado pela visão de uma história descontínua que deflagra acontecimentos em sua singularidade. Verificamos que as séries recortadas das dissertações trazem à mídia, a justiça, a polícia e o governo como principais elementos de uma prática de criminalização dos movimentos sociais, sem esquecer-se de apontar as resistências promovidas por esses grupos contra esse processo.
Downloads
Referências
Avritzer, L. (2013). Impasses da democracia no Brasil. Sapere Aude, 7(14), 872-880. Recuperado de http://periodicos.pucminas.br/index.php/SapereAude/article/view/12217
Benford, R. D. (1997). An insider's critique of the social movement framing perspective. Sociological Inquiry, 67(4), 409-430. doi: 10.1111/j.1475-682X.1997.tb00445.x
Benford, R. D., & Snow, D. A. (2000). Framing Processes and Social Movements: an Overview and Assessment. Annual Review of Sociology, 26, 611–639. doi: 10.1146/annurev.soc.26.1.611
Carvalho, J. (2013). Cidadania no Brasil: o longo caminho (16ª ed.). Rio de Janeiro: Civilização Brasileira.
Castro, F. (2012). Comunicação, Poder e Democracia. Labor Edições.
Certeau, M. (1979). A operação histórica. In J. Le Goff, & P. Nora (Orgs.), História: Novos Problemas (2ª ed.). Rio de Janeiro: Francisco Alves.
Chauí, M. (2000). Brasil: mito fundador e sociedade autoritária. São Paulo: Perseu Abramo.
Chauí, M. (1996). Conformismo e Resistência: aspectos da cultura popular no Brasil (6ª ed.). São Paulo: Brasiliense.
Coimbra, C. (2001). Mídia e produção de modos de existência. Psicologia: Teoria e Pesquisa, 17(1), 1-4. doi: 10.1590/S0102-37722001000100002
Coimbra, C., Lobo, L., & Nascimento, M. (2008). Por uma invenção ética para os Direitos HumanosFor an ethical invention for Human Rights. Psicologia Clínica, 20(2), 89-102. doi: 10.1590/S0103-56652008000200007
Diani, M. (1992). The Concept of Social Movement. The Sociological Review, 40(1), 1–25. doi: 10.1111/j.1467-954X.1992.tb02943.x
Diani, M. (1997). Social movements and social capital: a network perspective on movement outcomes. Mobilization, 2(2), 127-147. Recuperado de https://mobilizationjournal.org/doi/abs/10.17813/maiq.2.2.w6087622383h4341
Fonseca, L. M. (2009). Ciberativismo e MST: o MST sobre a reforma agrária na nova esfera pública interconectada. 116 f. Dissertação (Mestrado em Comunicação) – Universidade Federal da Paraíba, João Pessoa.
Foucault, M. (1999). Em defesa da Sociedade: Curso no Collége de France (1975-1976, 3. ed.). São Paulo: Martins Fontes.
Foucault, M. (2012). Nietzsche, a genealogia e a história. In M. Foucault. Microfísica do Poder (25 ed.). São Paulo: Graal.
Foucault, M. (2010). O Sujeito e o Poder. In H. Dreyfus, & P. Rabinow. Michel Foucault. Uma trajetória filosófica: para além do estruturalismo e da hermenêutica. Rio de Janeiro: Forense Universitária.
Guareschi, P. (2006). Mídia e Cidadania. Conexão – Comunicação e Cultura (UCS), 5(9), 27-40. Recuperado de http://www.ucs.br/etc/revistas/index.php/conexao/article/view/202
Guattari, F., & Rolnik, S. (2005). Cultura um conceito reacionário. In F. Guattari, & S. Rolnik. Micropolítica: cartografias do desejo (7ª ed.). Petrópolis, RJ: Vozes.
Gohn, M. (2001). História dos Movimentos e Lutas Sociais: A construção da cidadania dos brasileiros. São Paulo: Edições Loyola.
Gohn, M. (2010). Movimentos sociais e redes de mobilizações civis no Brasil contemporâneo. Petrópolis, RJ: Vozes.
Gohn, M. (2012). Novas Teorias dos Movimentos Sociais (4ª Ed.). São Paulo: Edições Loyola.
Harvey, D., Teles, E., Sader, E., Alves, G., Carneiro, H. S., Wallerstien, I.,... Safatle, V. (2012). Occupy: movimentos de protesto que tomaram as ruas. São Paulo: Boitempo: Carta Maior.
Leão, M. A. S. (2008). Defensores de direitos humanos. In Centro de Estudos e Defesa do Negro no Estado do Pará (org.), Em Defesa da vida: a realidade dos/as defensores/as de direitos humanos sob situação de risco e ameaça no Estado do Pará (pp. 97-177). Belém: CEDENPA.
Lemos, F. C.S.; Cardoso, H. R. Jr. (2008). A genealogia em Foucault: uma trajetoria. Psicologia & Sociedade, 21(3), 353-357. doi: 10.1590/S0102-71822009000300008
Lima, A. C. S. (2015). Sobre Tutela e Participação: Povos Indigenas e Formas de Governo no Brasil, Séculos XX/XXI. Mana, 21(2), 425-457. doi: 10.1590/0104-93132015v21n2p425
Sorj, B. (2004). A democracia inesperada: cidadania, direitos humanos e desigualdade social. Rio de Janeiro: Zahar.
Wacquant, L. (2003). Punir os pobres: a nova gestão da miséria nos Estados Unidos (2ª ed.). Rio de Janeiro: Revan.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
A submissão de originais para este periódico implica na transferência, pelos autores, dos direitos de publicação impressa e digital. Os direitos autorais para os artigos publicados são do autor, com direitos do periódico sobre a primeira publicação. Os autores somente poderão utilizar os mesmos resultados em outras publicações indicando claramente este periódico como o meio da publicação original. Em virtude de sermos um periódico de acesso aberto, permite-se o uso gratuito dos artigos em aplicações educacionais e científicas desde que citada a fonte conforme a licença CC-BY da Creative Commons.
