As bases institucionais das comunidades (picadas) teuto-brasileiras: os commons e o capital social

Autores

  • Eduardo Relly Centro Universitário Univates
  • Neli Galarce Machado Centro Universitário Univates
  • André Jasper Centro Universitário Univates

DOI:

https://doi.org/10.17058/redes.v20i1.3957

Palavras-chave:

Imigração alemã. Picadas. Commons. Capital Social.

Resumo

A historiografia da imigração alemã ao Brasil pouco conhece sobre as estruturas que animavam a vida social dos teuto-brasileiros no período pré-imigratório. Por conseguinte, a americanização dos teuto-brasileiros é considerada unicamente dentro da perspectiva da sociedade receptora, gerando uma lacuna que precisa ser preenchida no sentido de se compreender a outra dimensão da imigração, a face europeia dessa moeda. Nesse sentido, percebe-se, em grande parte, que a origem social dos teuto-brasileiros está ligada à vivência de um contexto de aldeia, principalmente aqueles que vieram das regiões do Oeste e Sudoeste da Alemanha. Historicamente, essas aldeias eram organizações sociais que controlavam recursos naturais e econômicos com grande poder de autonomia político-econômica. Os denominados commons marcaram a história agrária alemã, e suas instituições de gestão participativa, mutualista, protecionista e comunal tiveram como efeito a geração de capital social, atributo que embasou o processo de germanização do Brasil meridional. Assim, as picadas teuto-brasileiras foram forjadas dentro de uma tradição institucional solidamente estabelecida e sob um substrato de capital social, facilitando o surgimento de comportamentos autônomos e cooperativos, que desembocaram nos aparelhos comunitários e embasaram o fenômeno do associativismo. O método utilizado foi o analítico descritivo, baseado em pesquisa em fontes primárias em arquivos brasileiros e alemães.

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Biografia do Autor

Eduardo Relly, Centro Universitário Univates

Graduado em História e Mestre em Ambiente e Desenvolvimento.

Neli Galarce Machado, Centro Universitário Univates

Doutora em Arqueologia Brasileira pela USP, coordenadora do Setor de Arqueologia do Museu de Ciências Naturais da Univates, professora do curso de História e do Programa de Pós Graduação em Ambiente e Desenvolvimento da Univates. Bolsista Produtividade em Pesquisa CNPq.

André Jasper, Centro Universitário Univates

Doutor em Geociências pela UFGRS. Professor e coordenador do Programa de Pós Graduação em Ambiente e Desenvolvimento da Univates. Bolsista Produtividade em Pesquisa CNPq.

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Publicado

2015-05-28

Como Citar

Relly, E., Machado, N. G., & Jasper, A. (2015). As bases institucionais das comunidades (picadas) teuto-brasileiras: os commons e o capital social. Redes, 20(1), 252-267. https://doi.org/10.17058/redes.v20i1.3957