Das (im) possibilidades de avaliar a leitura literária na escola: um estudo de caso
DOI:
https://doi.org/10.17058/signo.v43i78.11985Palavras-chave:
Recepção. Leitura subjetiva. Anos finais do ensino fundamental.Resumo
O trabalho com o texto literário nos anos finais do ensino fundamental ainda carece de fundamentação teórico-metodológica clara – inclusive nos documentos oficiais – para balizar uma prática docente efetivamente produtiva no que tange à formação de leitores. Emparedado entre duas lógicas distintas de abordagem do texto literário, o EFII parece ficar à deriva entre a perspectiva da leitura como participação, segundo a qual a promoção da leitura se sobreleva ao texto, e a leitura como distanciamento, cuja ênfase formalista não raro rechaça a subjetividade leitora. Este trabalho pretende, então, a partir de um estudo de caso, apresentar uma alternativa de conciliação entre as duas perspectivas a partir do uso de instrumentos pedagógicos de registro da recepção subjetiva de textos literários: diário de leitura, autobiografia de leitor e correspondência literária. Acompanharemos o percurso de um aluno repetente do sexto ano do ensino fundamental ao longo de 2016 e 2017 por meio de seus testemunhos de leitor para mostrar como o investimento subjetivo no processamento da leitura torna possível não só o desenvolvimento de competências leitoras como o envolvimento afetivo com o ato de ler.Downloads
Referências
AHR, Sylviane; JOOLE, Patrick (Orgs.). Carnet /journal de lecteur/lecture: quel usages, pour quels enjeux, de l’école à l’université? Namur: Presses universitaires, 2013.
BAJOUR, Cecilia. Ouvir nas entrelinhas: o valor da escuta nas práticas de leitura. São Paulo: Pulo do gato, 2012.
COLOMER, Teresa. Andar entre livros: a leitura literária na escola. São Paulo: Global, 2007.
DELBRASSINE, Daniel. Découvrir La “lecture littéraire” avec des romans écrits pour la jeunesse. Namur: Presses universitaires, 2007. Collection Tactiques.
ISER, Wolfgang. O ato de leitura. Tradução de Johannes Kretschmer. São Paulo: Editora 34, 1996.
JOUVE, Vincent. A leitura. São Paulo: UNESP, 2002.
LANGLADE, Gérard. Activité fictionnalisante du lecteur et dispositif de l’imaginaire. Figura, Montréal, n. 20, p. 45-65, 2008.
ROUXEL, Annie. Práticas de leitura: quais rumos para favorecer a expressão do sujeito leitor? Cadernos de Pesquisa [online]. 2012, vol.42, n.145, pp.272-283.
SOARES, Magda. A escolarização da literatura infantil e juvenil. In: EVANGELISTA, Aracy Alves Matins et al. (Orgs). A escolarização da leitura literária: o jogo do livro infantil e juvenil. Belo Horizonte: Autêntica, 2001
.
TAUVERON, Catherine. Que veut dire évaluer la lecture littéraire? Cas d’élèves en difficulté de lecture. Revue Repères, Lyon, v.1, n. 31, p.73-112, 2005.
______. Direitos do texto e direitos dos jovens leitores: um equilíbrio instável. In: REZENDE, Neide Luzia et al. (Orgs.) Leitura subjetiva e ensino de literatura. São Paulo: Alameda, 2013.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Declaro(amos) que o artigo submetido é pessoal, inédito, não representando reprodução, ainda que parcial, de obras de terceiros, assumindo a responsabilidade por todas as colocações e conceitos emitidos, bem como também autorizo(amos) sua publicação pela revista Signo, Universidade de Santa Cruz do Sul. Declaro(amos) exonerar a APESC/UNISC de todas e quaisquer responsabilidades, e indenizá-la por perdas e danos que venha a sofrer em caso de contestação (da originalidade e dos conceitos e ideias); Declaro(amos), caso o artigo seja aceito e publicado pela revista Signo, a cedência e transferência de forma definitiva e perpétua, irrevogável e irretratável, para a APESC, dos seus direitos autorais patrimoniais referentes ao artigo denominado nesta declaração, para utilização da APESC em finalidade educacional. Concordo(amos) e estou(amos) ciente(s) de que a publicação eletrônica é de livre acesso, regida com uma Licença Os autores que publicam na Signo retêm os direitos autorais de seu trabalho, licenciando-o sob a Creative Commons Attribution License que permite que os artigos sejam reutilizados e redistribuídos sem restrições, desde que o trabalho original seja corretamente citado. A Signo é propriedade da Associação Pró-Ensino em Santa Cruz do Sul e hospeda na plataforma Open Journal System. Creative Commons Atribuição 4.0 Internacional.