Desafios no ensino e aprendizagem de línguas adicionais para crianças em tempos de COVID-19: vozes de professoras de um contexto mato-grossense

Autores

DOI:

https://doi.org/10.17058/signo.v46i85.15831

Palavras-chave:

Línguas Adicionais para crianças. Desafios. COVID-19.

Resumo

O estudo apresenta os resultados de uma pesquisa realizada com professoras de línguas adicionais para crianças, de um contexto mato-grossense, com o intuito de compreender os desafios enfrentados nesse momento de distanciamento social e as estratégias usadas para promover às crianças, na medida do possível, uma educação de qualidade social. O trabalho pauta-se nos pressupostos da Linguística Aplicada e discute os conceitos de línguas adicionais (SCHLATTER; GARCEZ, 2009) para crianças (SANTOS, 2009, 2005), tecnologias digitais e os desafios no ensino de línguas na pandemia (MENDONÇA, 2020), e insere-se no método de pesquisa qualitativa, de cunho interpretativista, baseada em Bauer, Gaskell e Allum (2002) e Gil (2007). Para a geração de dados, realizou-se entrevistas semiestruturadas, por meio da ferramenta Whatsapp, com cinco professoras de uma especialização Lato Sensu, ofertada por uma universidade pública situada ao norte de Mato Grosso. Os dados da pesquisa sinalizam que as professoras têm vivenciado dias desgastantes e enfrentado alguns desafios, tais como: dificuldade de adaptação ao uso das ferramentas digitais, invasão de privacidade devido a todo momento receberem mensagens de pais e alunos, falta de internet e, principalmente, de material pedagógico para esse novo contexto. Além disso, afirmam que o ensino de uma língua para crianças exige o contato que as aulas remotas não podem ofertar. Por fim, pontuam que a educação nunca foi tão excludente, tendo em vista que a aprendizagem de seus pequenos aprendizes se encontra prejudicada e as lacunas apresentadas, possivelmente, não serão preenchidas.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

ALBUQUERQUE, Vitória França; SANTOS, Leandra Ines Seganfredo Santos. Letramento Crítico: implicações para a formação inicial de professores de língua inglesa. Revista Humanidades e Inovação, v. 7, n. 8, p. 350-363, mai. 2020. Disponível em: https://revista.unitins.br/index.php/humanidadeseinovacao/article/view/1563. Acesso: 07 set. 2020.

ALMEIDA FILHO, José Carlos Paes de. Quatro estações no ensino de línguas. São Paulo: Pontes Editores, 2012.

ALMEIDA FILHO, José Carlos Paes de. Competências de aprendizes e professores de línguas. São Paulo: Pontes Editores, 2014.

AQUINO, Aline Loyola de; TONELLI, Juliana Reichert Assunção. Ensino de língua inglesa para crianças: Um olhar sobre o desenvolvimento de atividades. REVELLI, v. 9, n. 4, p. 58-76, dez. 2017. Disponível em: https://www.revista.ueg.br/index.php/revelli/article/view/6746/5204. Acesso: 07 set. 2020.

ARAGÃO, Rodrigo Camargo; CAJAZEIRA, Roselma Vieira. Emoções, crenças e identidades na formação de professores de inglês. Caminhos em Linguística Aplicada, v. 16, n. 2, p. 109-133, jan./jul. 2017.

BARCELOS, Ana Maria Ferreira; SILVA, Denize Dinamarque da. Crenças e emoções de professores em pré-serviço. Revista Contexturas, n. 24, p. 6-19, mai. 2015.

BAUER, Martin W.; GASKELL, George; ALLUM, Nicholas C. Qualidade, quantidade e interesses do conhecimento: evitando confusões. In: BAUER, Martin W.; GASKELL, George. (org.). Pesquisa qualitativa com texto, imagem e som. Tradução de Pedrinho A. Guareschi. Petrópolis, RJ: Vozes, 2002. p. 17-36.

BRASIL. Portaria Nº 343, de 17 de março de 2020. Institui o código civil. Diário Oficial da União: seção 1, Brasília, DF, 2020, p. 39, 17 mar. 2020. Disponível em: https://www.in.gov.br/en/web/dou/-/portaria-n-343-de-17-de-marco-de-2020-248564376. Acesso: 04 mar. 2020.

DALLAGNOL, Riscieli. Formação docente: ensino-aprendizagem de línguas adicionais para crianças. 2019. 80 f. Trabalho de Conclusão de Curso. – UNEMAT – Universidade do Estado de Mato Grosso. Campus Universitário de Sinop.

DIAS, Érika; PINTO, Fátima Cunha Pereira. Educação e a Covid-19. Ensaio: aval. pol. públ. Educ., Rio de Janeiro, v. 28, n. 108, p. 545-554, jul./set. 2020. Disponível em: https://www.scielo.br/pdf/ensaio/v28n108/1809-4465-ensaio-28-108-0545.pdf. Acesso: 17 set. 2020.

FERREIRA, Magna Maria; ARAUJO, Marcilene de Assis Alves. Impasses na fomação de professores no Brasil. In: COSTA, Rosemeire P. Granada; MENDES, Maria Elaine; ARAUJO, Marcilene Assis Alves (org.). Diálogos entre Letras: propostas de ensino, linguística e formação de professores. Campinas, SP: Pontes Editores, 2015.

FIGUEIREDO, Francisco José Quaresma de. Vygotsky: a interação no ensino/aprendizagem de línguas. São Paulo: Parábola, 2019.

FRIZON, Vanessa; LAZZARI, Marcia De Bona; SCWABENLAND; Flavia Peruzzo; TIBOLLA, Flavia Rosane Camillo. A formação de professores e as tecnologias digitais. EDUCERE – XII Congresso Nacional de Educação, PUCPR, 2015. Disponível em: https://educere.bruc.com.br/arquivo/pdf2015/22806_11114.pdf. Acesso: 28 set. 2020.

KENSKI, Vani Moreira. Novas tecnologias: o redimensionamento do espaço e do tempo e os impactos no trabalho docente. Revista Brasileira de Educação. n. 08, p. 58 -71 mai/ago. 1998.

LANKSHEAR, Colin; KNOBEL, Michele (ed.). Digital Literacies: concepts, policies and practices. New York: Peter Lang Publishing, 2008.

LIBERALLI, Fernanda Coelho. Construir o inédito viável em meio à crise do coronavírus - Lições que aprendemos, vivemos e propomos. In: LIBERALLI, Fernanda Coelho (org.); et al. Educação em tempos de pandemia: brincando com um mundo possível. Campinas, SP: Pontes Editores, 2020. p. 13-21.

MEGALE, Antonieta; NUNES, Alexandre. O trabalho com o gênero debate - uma proposta de ensino remoto. In: LIBERALI, Fernanda Coelho (org.); et al. Educação em tempos de pandemia: brincando com um mundo possível. Campinas, SP: Pontes Editores, 2020. p. 171-180.

MBEMBE, A. Necropolítica. Artes e Ensaios, n. 32, p. 122-151, dez. 2016. Disponível em: https://www.procomum.org/wp-content/uploads/2019/04/necropolitica.pdf. Acesso: 01 set. 2020.

MENDONÇA, Márcia. Tecnologias Digitais e ensino de línguas em tempos de pandemia: desafios e percepções de professores. Multiletramentos e Ensino. 2020. (1h 25m 05s). Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=89IEzUYMPts&t=1160s. Acesso: 07 mar. 2020.

SCHLATTER, Margarete; GARCEZ. Pedro. Línguas Adicionais (Espanhol e Inglês). In: Rio Grande do Sul, Secretaria de Estado da Educação, Departamento Pedagógico. (org.). Referencias curriculares do Estado do Rio Grande do Sul: linguagem, códigos e suas tecnologias. Porto Alegre: Secretaria de Estado da Educação, Departamento Pedagógico, v. 1, p. 127-172, 2009.

SANTOS, Leandra Ines Seganfredo. Língua inglesa em anos iniciais do ensino fundamental: fazer pedagógico e formação docente. Tese (doutorado) - Universidade Estadual Paulista, IBILCE, São José do Rio Preto, 2009.

SANTOS, Leandra Ines Seganfredo. Crenças acerca da inclusão de Língua inglesa nas séries iniciais: Quanto antes melhor? 2005. 215 f. Dissertação (Mestrado) - Instituto de linguagens da Universidade Federal do Mato Grosso, Cuiabá, MT.

TONELLI, Juliana Reichert Assunção. Histórias infantis no ensino de língua inglesa para crianças. 359 f. Dissertação (Mestrado em Estudos da Linguagem) – Universidade Estadual de Londrina, Paraná, 2005.

VYGOTSKY, Lev Semionovitch. A formação social da mente. São Paulo: Martins Fontes, 2007.

Downloads

Publicado

2021-01-06

Como Citar

Albuquerque, V. F., Dallagnol, R., & Santos, L. I. S. (2021). Desafios no ensino e aprendizagem de línguas adicionais para crianças em tempos de COVID-19: vozes de professoras de um contexto mato-grossense. Signo, 46(85), 97-107. https://doi.org/10.17058/signo.v46i85.15831