AUTOCUIDADO: a importância do conhecimento sobre a tuberculose

Martina Dias da Rosa Martins, Dagoberta Alves Vieira, Luize Barbosa Antunes, Lilian Moura de Lima Moura de Lima, Jenifer Harter, Roxana Isabel Cardozo Gonzales

Resumo


Na atenção a tuberculose é essencial conhecer os contextos sociais em que os indivíduos acometidos pela doença estão inseridos. Estudo que avaliou a adesão ao tratamento evidenciou associações da baixa adesão com a baixa escolaridade e renda, sexo masculino, e abandono de tratamento. Neste sentido, a promoção do autocuidado em pessoas com tuberculose pode contribuir significativamente para adesão ao tratamento, para melhora do quadro clínico da doença e para obtenção da cura. Objetivo: Identificar a autopercepção do conhecimento sobre a tuberculose e seu tratamento em indivíduos acometidos pela doença. Método: Estudo quantitativo, de corte transversal realizado no município de Pelotas/RS. O estudo vincula-se à pesquisa multicêntrica intitulada “Tuberculose: Coordenação da assistência e estratégias para adesão ao tratamento em municípios da região Sul, Sudeste e Nordeste do Brasil”, coordenada pelo GEOTB/EERP–USP. A amostra do estudo foi composta de 108 pacientes em tratamento de tuberculose no ambulatório de referência do município no período de abril de 2013 a janeiro de 2014. Os dados foram coletados por meio de formulário estruturado para análise do autocuidado, que considerou as seguintes variáveis: sexo, idade, escolaridade, autopercepção do conhecimento sobre a tuberculose, autopercepção do conhecimento sobre o tratamento da tuberculose. Foi aplicada análise de frequência e medida de tendência central. Resultados: A maioria dos pacientes era do sexo masculino (63,0%), com média de idade de 43 anos, predominantemente com ensino fundamental incompleto (64,8%). Quanto ao conhecimento sobre a tuberculose, 26,85% autodeclaram como “muito bom”, 15,74% como “regular” e 12,96% como “muito ruim”. Em relação ao conhecimento sobre o tratamento da tuberculose, 42,59% classificaram como “muito bom”, 10,18% como “regular” e 6,48% como “muito ruim”. Considerações finais: Embora, tenha-se observado maiores percentuais favoráveis na autopercepção do conhecimento sobre a doença e o tratamento, houve também usuários que relataram sua percepção do conhecimento como “muito ruim”. Nesse sentido, destaca-se a necessidade de elaboração ou aprimoramento de espaços de promoção do autocuidado nos serviços de saúde, com investimentos na atividades de educação em saúde sobre a temática. Cabe ressaltar que grande parte da amostra apresentou baixa escolaridade, tornando fundamental o desenvolvimento de atividades com a finalidade de minimizar lacunas no conhecimento sobre a tuberculose, e desse modo promover o autocuidado e a cura.

Palavras-chave: Tuberculose; Autopercepção; Prevenção; Promoção da Saúde.


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