Introdução: O pé diabético, um dos principais agravos do Diabetes Mellitus (DM), é caracterizado por alterações que podem ocorrer de forma isolada ou em conjunto, acometendo principalmente membros inferiores e pés de pessoas com DM através de quadros de infecção, ulceração ou destruição de tecidos profundos. Atualmente desponta como uma preocupação mundial diante de seu alto custo humano e financeiro. Como forma de prevenção, destacam-se as ações de educação em saúde, que para serem efetivas, devem fazer sentido para que a população a reconheça. Essas ações configuram-se com um meio potente para empoderamento da comunidade acerca de sua vida e auxiliam na tomada de decisões, proporcionando a criação de uma consciência individual e coletiva e, fornecendo conhecimentos e subsídios necessários para que a população seja ativa em sua saúde e corresponsabilizada pelo seu cuidado. Objetivo:  avaliar o conhecimento de idosos com DM em relação ao conhecimento sobre pé diabético, avaliar o acesso à informação e os principais profissionais da saúde que estão envolvidos na disseminação de conhecimento sobre pé diabético. Métodos: estudo de campo, transversal, quantitativo e descritivo, onde foi aplicado um questionário com 30 idosos com DM, moradores da região com maior número de idosos com DM do município, para verificar o conhecimento sobre pé diabético. Os critérios de inclusão foram o diagnóstico prévio de DM, idade igual ou superior a 60 anos, vínculo com a Estratégia Saúde da Família (ESF) e cognição preservada. A pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa do Centro Universitário UNIVATES, sob parecer 1.418.187. Os resultados foram tabulados no Software Excel (Microsoft®), analisados e apresentados em tabelas, utilizando teste T de Student (p<0,05) e correlação de Pearson. Resultados: a maioria dos participantes é composta por mulheres (n=17), com idade média de 68,1 anos (± 8,47) e com baixa escolaridade. As principais informações reconhecidas pela população sobre o cuidado com os pés, mesmo que em baixa frequência, relacionam-se a dificuldade de cicatrização de feridas, a importância de cortar a unha corretamente e de realizar a higiene adequada dos pés e, em caso de lesão, procurar imediatamente a assistência de saúde. Quando questionados sobre a participação dos profissionais da saúde no compartilhamento de conhecimento sobre pé diabético, o enfermeiro destaca-se como o profissional mais citado e o fisioterapeuta como o profissional menos envolvido nas ações de cuidado sobre pé diabético. A educação em saúde sobre pé diabético demonstra não ser reconhecida pela população em estudo, o que sugere a ausência de ações eficazes ou a dificuldade de comunicação entre profissionais da saúde e usuários. Considerações finais: os idosos não reconhecem informações sobre o pé diabético e confirmam que poucos profissionais da saúde compartilham informações. Porém, reconhecem a importância do empoderamento e do conhecimento para que possam ser ativos em sua saúde.

Palavras-chave: Diabetes Mellitus; Promoção da Saúde; Doenças do Pé; Extremidade Inferior.