Introdução: Atualmente, no Brasil a questão das feridas pode ser considerada um problema de saúde pública, podendo acometer qualquer grupos etários ou étnicos, comprometendo a integridade da pele destes indivíduos. Além dos agravos fisiológicos, o tratamento de feridas vem gerando altos custos financeiros com a assistência dispensada, além de influenciar diretamente na qualidade de vida destas pessoas. Nos últimos anos, os cuidados oferecidos às pessoas com feridas estão sendo implementados à medida com que ocorre um avanço na disponibilidade de materiais tecnologicamente melhorados e, os processos de trabalho dos profissionais envolvidos compreendem um plano de cuidados baseados cientificamente. Neste contexto, o profissional de enfermagem assume metodicamente a assistência oferecida aos indivíduos, através do planejamento do plano de cuidados e efetivamente a aplicação de técnicas seguras à pessoas com feridas. Os protocolos assistenciais não visam somente à normatização de determinado processo de cuidado, e sim, a realização sistemática do contexto individual e coletivo do processo de saúde e doença. Objetivo: Relatar a experiência de construção de um Protocolo Assistencial de Enfermagem para pessoas com feridas a serem atendidas e acompanhadas em um ambulatório de média complexidade do Vale do Taquari/RS, Brasil. Método: Trata-se de um relato de experiência, descritivo e exploratório, realizado por dois acadêmicos durante o estágio voluntário e curricular do curso de enfermagem. Para realização deste estudo foram observados os aspectos éticos, previstos na Resolução nº 466, de 12 de dezembro de 2012, do Conselho Nacional de Saúde (CNS), preservando a integridade ética do serviço e dos envolvidos. Resultados esperados: Considera-se que a construção destes protocolos assistenciais de feridas é muito significativa para nortear a conduta dos profissionais de enfermagem, sendo que toda a equipe trabalha em conjunto guiada cientificamente, com o objetivo de tratar a lesão adotando uma visão holística da pessoa. Além disso, estes protocolos ajudam a prevenir erros na execução do plano de cuidados e dos procedimentos relacionados à prática, conferindo segurança às pessoas com feridas e, aos profissionais que se baseiam em modelos teoricamente funcionais e efetivos de conduta. Neste sentido, com uma maior compreensão da assistência adequada, de fato é possível realizar um planejamento otimizado de ações em saúde, que contemplem a reabilitação do estado de saúde do indivíduo, além de oferecer ferramentas sociais de promoção da saúde e prevenção de agravos decorrentes das feridas.
Palavras-chave: Cicatrização de Feridas; Assistência de Enfermagem; Educação em Saúde; Protocolos.