EFEITOS DO TREINO COM PLATAFORMA VIBRATÓRIA SOBRE A FORÇA MUSCULAR E O DESEMPENHO DO TESTE DE CAMINHADA DE SEIS MINUTOS EM IDOSAS HÍGIDAS
Resumo
Introdução: O envelhecimento é um processo marcado por alterações biopsicossociais especificas que aumentam a vulnerabilidade e os problemas relacionados à saúde. A senescência ocasiona redução da capacidade funcional (CF) e através do Teste de Caminhada de Seis Minutos (TC6) é possível acompanhar e quantificar tais perdas funcionais no indivíduo. Além disso, a senescência resulta em diminuição da força muscular, associada à redução da mobilidade, ao aumento do risco de quedas e ao déficit de equilíbrio, desta forma a vibração de corpo inteiro (VCI) pode ser utilizada como um método capaz de reduzir tais efeitos. Objetivo: Avaliar efeitos da VCI através da plataforma vibratória (PV) sobre a força muscular e desempenho do TC6 em idosas hígidas. Método: Estudo quase experimental que avaliou idosas entre 60 e 81 anos, alocadas randomicamente no Grupo Plataforma Vibratória (GPV) onde realizaram treino na PV e Grupo Controle (GC) que não realizou. Foi avaliado o perfil antropométrico, distância percorrida no TC6 normativa da American Thoracic Society (ATS) e força muscular do membro inferior dominante através do Teste de uma Repetição Máxima (1-RM) antes e após oito semanas de treinamento. O GPV foi submetido ao treino na PV (Power Plate®, modelo my7™, Reino Unido) com frequência de 35 Hz e amplitude de 2 mm, durante 2 meses, três vezes na semana com 1 minuto de treino intercalado com 1 minuto de descanso, totalizando tempo total de treinamento de 20 minutos na posição ortostática, enquanto que o GC realizou PV por 10 minutos com o equipamento desligado. Análise estatística: Dados expressos em média e desvio padrão. Para comparar os grupos quanto às características antropométricas e quanto a composição corporal, força muscular e a distância percorrida no TC6 foi utilizado o Teste t Student. Para efeito de significância estatística foi adotado um p<0,05. Resultados: Avaliadas 17 idosas hígidas (GPV: n=7 e GC: n=10) com 65,4 ± 6,6 anos e Índice de Massa Corporal (IMC) de 28,2 ± 3kg/m2. Não houve diferença significativa entre GC e GPV quanto à distância percorrida no TC6, porém houve aumento significativo da distância percorrida no GPV (p=0,0001). Em relação à força muscular aferida pelo Teste de 1-RM não foi detectada diferença entre os grupos analisados. Constatou-se aumento da força muscular dos adutores de quadril dentro do GPV (p=0,014) que apresentou valores do pré (66,1 ± 22,8 kg) para o pós (72 ± 20,3 kg) período de treinamento na PV. Os indivíduos avaliados quanto à cadeia extensora de joelho no desenvolvimento do leg-press apresentaram aumento da condição pré (46,4 ± 19,7 kg) para a condição pós (75,0 ± 16,5 kg) período de treinamento na PV. Considerações finais: A PV ocasionou aumento da CF e força muscular de membros inferiores de idosas hígidas. A continuidade do estudo torna-se importante para que se comprove a eficácia do método, visto que os possíveis efeitos deletérios causados pela VCI na população idosa ainda não estão completamente elucidados.
Palavra-chave: Envelhecimento; Força Muscular; Plataforma Vibratória; Teste de Caminhada de Seis Minutos.Texto completo:
PDFApontamentos
- Não há apontamentos.