Introdução: No Brasil, há cerca de quatro mil médicos de família e comunidade, os quais estão concentrados demograficamente na região sul do país, correspondendo a 1,2% do total de médicos especialistas. Esta é uma população ainda pouco explorada, cujo foco de especialidade clínica é o trabalho na Atenção Primária em Saúde. Há indícios de que a satisfação no trabalho tem impacto na qualidade do cuidado prestado pelo médico, porém são escassos os estudos dessa associação no contexto da Promoção da Saúde, da Atenção Primária em Saúde e da Medicina de Família e Comunidade. Objetivo: Traçar um perfil ocupacional dos médicos de família e comunidade do sul do Brasil, da qualidade da Atenção Primária em Saúde por eles prestada e da satisfação destes com o trabalho, buscando determinar se há associação entre esses fatores. Método: Trata-se de um estudo transversal analítico, interdisciplinar, que utiliza como instrumento de pesquisa os questionários já validados de Satisfação no Trabalho S20/23 e PCATool versão profissionais da saúde. Resultados esperados: Almeja-se delinear um panorama da atuação da especialidade, de forma a trazer contribuições para promover sensibilização e reflexão sobre o trabalho desses profissionais médicos subestimados. Espera-se também possibilitar a elaboração de estratégias de prevenção e promoção da saúde e qualidade de vida no trabalho, objetivando melhorar as condições de trabalho, com reflexo nos aspectos de saúde como um todo desses trabalhadores, além de impactar nos níveis de satisfação com o trabalho e na qualidade da assistência prestada, contribuindo para o fortalecimento dos serviços de Atenção Primária à Saúde brasileiros e alavancar a Medicina de Família e Comunidade no país.
Palavras-chave: Medicina de Família e Comunidade; Atenção Primária em Saúde; Satisfação no Trabalho; Interdisciplinaridade; Promoção da Saúde; Saúde do Trabalhador.