A SAÚDE DO HOMEM E OS SERVIÇOS DE ATENÇÃO PRIMÁRIA A SAÚDE: interconexões

Gésica Graziela Julião, Edna Linhares Garcia

Resumo


O alto índice de morbimortalidade na população masculina e a escassez de homens nos atendimentos da Atenção Primária à Saúde (APS) preocupa os órgãos públicos responsáveis. Pesquisas mostram que o modo como as Unidades Básicas de Saúde (UBS) estão organizadas (horário de atendimento, forma de agendamento) contribuem para a não adesão dos homens a esses serviços. Além disto, a cultura patriarcal relacionada à força e ao não adoecimento, somada a falta de iniciativa do governo federal, também favoreceram este afastamento entre os homens e a APS. Objetivo: verificar como se dá o acesso de homens trabalhadores de uma empresa fumageira, aos serviços de APS e os principais agravos de saúde desta população. Método: Trata-se de um estudo exploratório-descritivo com caráter transversal, de associação e abordagem quanti-qualitativa. Resultados esperados: Os homens, em sua maioria e independente de sua classe econômica e social, não possuem hábitos de cuidado com a saúde, uma vez que não frequentam serviços de APS devido a influências dos aspectos culturais e educacionais, que reforçam a ideia de que o homem não adoece facilmente. No entanto, a forma de organização da Rede de Atenção à Saúde pode ser um fator dificultador para os homens, pois os mesmos preferem não faltar ao trabalho para realizar consultas de rotina, e também para os profissionais, que não estão preparados para atender as demandas masculinas através de ações de promoção de saúde e prevenção de doenças ou agravos.

Palavras-chave: Saúde do Homem; Atenção Primária a Saúde; Acesso e Acolhimento; Masculinidade.


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