Os estágios de prática são de extrema importância para a formação do profissional de enfermagem, em que o acadêmico aplica os conhecimentos teóricos na prática profissional. Porém acredita-se que ao iniciar suas vivências em práticas profissionais em serviços de saúde, o estudante ainda apresente sentimento de insegurança frente à determinação das ações a serem realizadas. Este sentimento pode ter como predecessores alguns aspectos como a ansiedade com relação à receptividade da equipe durante a permanência no ambiente de prática e o medo de não saber a técnica adequada para realização de procedimentos. Objetivo: Identificar estudos que apresentem os sentimentos e percepções dos acadêmicos de enfermagem frente às práticas em serviços de urgência. Método: Trata-se de revisão interativa, cuja localização e seleção dos estudos foram realizada nas bases de dados: LILACS, MEDLINE, CINAHL, SciELO e Google Acadêmico. Foram utilizados os idiomas português, inglês e espanhol para os seguintes termos de busca: ‘Estudantes’; ‘Enfermagem’; ‘Primeiros Socorros’, incluindo, na busca no Google acadêmico, no item "exibidos artigos publicados em” da pesquisa avançada as palavras ‘Enfermagem’ e ‘Saúde’. O período de publicação foi 2012 a 2016 e a coleta de dados foi realizada no mês de agosto de 2016. Quando utilizados os termos somados a palavra ‘Enfermagem’, a busca de artigos no Google Acadêmico resultou em 148 artigos em português, 281 em inglês e 33 em espanhol. Quando incluída a palavra ‘Saúde’, foram encontrados 226 artigos em português, 117 em inglês e 24 em espanhol. Na base LILACS foram encontrados quatro artigos em português, seis em inglês e três em espanhol. Nas demais bases de dados não foram encontrados estudos relacionados com a temática. Selecionaram-se 16 publicações para leitura na íntegra. Foi utilizado um protocolo de análise e síntese dos artigos. Respeitaram-se as questões éticas e os preceitos de autoria. Resultados: Totalizaram-se oito artigos que atenderam aos critérios de inclusão. Todos foram publicados em português e desenvolvidos no Brasil. Referente à indexação dos artigos, destaque para os descritores ‘Enfermagem, citado cinco vezes e ‘Parada Cardíaca’, ‘Educação em Saúde’ e ‘Primeiros Socorros’ citados duas vezes cada um. Dentre os artigos, os atendimentos de urgência mais comuns aos acadêmicos foram às paradas cardiorrespiratórias (PCR). Estudo apontou que os estudantes de enfermagem não se sentem como parte fundamental da equipe no atendimento às PCR. Foi identificada também abordagem superficial sobre o tema, incluindo carga horária insatisfatória. Estudo realizado com médicos e enfermeiros mostrou que os enfermeiros possuem um menor grau de especialização e que durante sua formação os conteúdos teóricos e práticos relacionados a PCR e manobras de RCP são menos abordados nas aulas, quando comparados aos profissionais médicos. Outro artigo relatou também que a maioria dos alunos já passou por pelo menos uma situação de emergência, no entanto não sabia como proceder. A insegurança, medo, tristeza, impotência, desespero, ansiedade, querer ajudar, tristeza, foram os sentimentos e as condições mais apontadas no artigo as quais contribuíram para a falta de confiança e uma imagem de despreparo. Considerações finais: Pode-se verificar, por meio dos estudos, que a prática de acadêmicos de enfermagem em serviços de urgência ainda gera insegurança devido ao ensino-aprendizado ainda ser considerado insuficiente. Além disso, como a prática exige conhecimento e destreza, a inserção do acadêmico aos atendimentos de PCR torna-se difícil. A partir disso destaca-se a importância de implementar novas estratégias educativas para modificar as condições de ensino-aprendizado acadêmico na enfermagem, melhorando, consequentemente, o desempenho em suas atividades práticas.

Palavras-chave: Enfermagem; Estudantes; Sentimentos; Urgência e Emergência.