QUALIDADE DE VIDA EM PACIENTES ASMÁTICOS SUBMETIDOS A UM PROGRAMA DE CONDICIONAMENTO FÍSICO

Glaukus Regiani Bueno, Mateus Dias Antunes, Fabio Ricardo Acencio, Elenice Gomes Ferreira, Adriana Machado Carreteiro, Renata Cappellazzo, Daniel Vicentini de Oliveira, Tiago Franklin Rodrigues Lucena

Resumo


Introdução: A asma é doença crônica que ocorre tanto em crianças como nos adultos, sendo a quarta causa de hospitalizações no Brasil. Inflamação e aumento da sensibilidade nos brônquios pulmonares a vários estímulos são as manifestações presentes, desenvolvendo obstrução das vias aéreas que pode ser reversível de forma espontânea ou com tratamento. Associado ao processo da inflamação o paciente apresenta sibilância, dispneia, aperto torácico e tosse, principalmente no período noturno e ao despertar pela manhã. Os fatores desencadeantes da crise asmática podem ser de causas genéticas e de fatores como a exposição ambiental a alérgenos dentro e fora de casa, que potencializam esses sintomas. O condicionamento físico melhora a função pulmonar dos indivíduos e consequentemente reduz a dispneia, mas é necessário que o paciente mantenha atividades físicas regulares e adequadas, pois o broncoespasmo pode ser desencadeado pelo exercício físico. A educação em saúde nos portadores da asma auxilia a compreensão da doença, a identificação dos fatores desencadeantes, utilização correta dos medicamentos e assim reduz o impacto negativo da doença no cotidiano. A dispneia é um sintoma muito comum nos asmáticos e quanto menor o período inter-crise pior é o controle da doença e da qualidade de vida. Objetivo: Verificar a influência de um programa de condicionamento físico na qualidade de vida e função pulmonar em pacientes asmáticos. Método: Trata-se de um estudo experimental, no qual 19 pacientes foram randomizados: Grupo intervenção (n=9) e Grupo controle (n=10). Posteriormente foram subdivididos por faixa etária: pacientes com idade de 30 a 40 anos e de 41 a 60 anos. O Grupo intervenção realizou três vezes na semana totalizando 24 sessões de 60 minutos de treinamento físico aeróbico individual e palestras educativas, enquanto que o Grupo controle recebeu apenas palestras educativas. A qualidade de vida foi avaliada por meio do instrumento The Asthma Quality of Life Questionnaire, e a função pulmonar foi avaliada pela cirtometria torácica e espirometria. Resultados: Observou-se melhora na pontuação da qualidade de vida do grupo controle com média de idade de 41 a 60 anos e em ambos do Grupo intervenção. Na mobilidade torácica, foi verificado aumento da região axilar e xifoídea somente no Grupo intervenção com média de idade de 30 a 40 anos. No quesito da espirometria apenas o Grupo intervenção com média de idade de 41 a 60 anos apresentou melhora de todas as variáveis espirométricas. Considerações finais: Foi possível evidenciar que a reabilitação pulmonar teve um impacto positivo no tratamento dos pacientes asmáticos, melhorando a qualidade de vida, função pulmonar e a mobilidade de tórax.

Palavras-chave: Doença Respiratória; Exercício Físico; Fisioterapia; Promoção da Saúde.


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