CONDIÇÕES DE SAÚDE DE ESTUDANTES UNIVERSITÁRIOS TRABALHADORES

Marcia da Silva Pereira, Sonia Maria Marques Bertolini, Regiane da Silva Macuch da Silva Macuch, Flavio Bortolozzi

Resumo


: O estudante-trabalhador geralmente desloca-se diretamente do seu local de trabalho para a instituição de ensino, em especial, o do ensino noturno. Ele já chega na universidade cansado, vindo de longa jornada e procura a formação como fator de melhoria das condições de trabalho, remuneração e ascensão social. Com relação à saúde e à qualidade de vida é importante considerar que alguns hábitos dos estudantes-trabalhadores podem prejudicar seu rendimento, como dormir tarde, má alimentação, e falta de lazer, entre outros. Neste sentido, a carga horária de trabalho associada às horas insuficientes de descanso interferem diretamente no rendimento acadêmico, familiar e laboral, podendo provocar distúrbios físicos, familiares e emocionais. O fato de conciliar trabalho e estudo, pouco tempo livre, redução de lazer e repouso, buscando melhor remuneração e realização pessoal, torna o curso superior um investimento de vulto não apenas financeiro. O tempo investido no trabalho impõe em vários casos, limites tanto ao tempo investido nos estudos quanto à participação em atividades sociais e culturais. Assim, identificar as necessidades cotidianas dos estudantes-trabalhadores do ensino superior noturno e sua inter-relação com o ambiente de trabalho; refletir sobre as dificuldades enfrentadas e os fatores que possam afetar o desempenho desse grupo tornam-se relevantes à medida que uma formação educacional de qualidade e o bem-estar do estudante podem ser traduzidas em qualidade de Vida. Não há como falar em qualidade de vida se não houver qualidade no trabalho dos estudantes universitários trabalhadores. Desta forma, práticas e atitudes promotoras de saúde no trabalho e fora dele podem capacitar o indivíduo a atuar na melhoria da sua qualidade de vida. Objetivo: Analisar a qualidade de vida dos estudantes universitários como contribuição para que ações promotoras de saúde sejam propostas aos mesmos. Método: Pesquisa de natureza quanti-qualitativa, exploratória, descritiva e transversal com aplicação de questionário a estudantes universitários trabalhadores do curso de Ciências Contábeis de uma Instituição de Ensino Superior do Noroeste do Paraná. A partir de um levantamento bibliográfico sobre o tema, o estudo propõe uma correlação entre condições de saúde e de trabalho de estudantes universitários trabalhadores para, após coleta e análise dos dados, propor ações promotoras de saúde para este público-alvo. Resultados: Os resultados apresentados neste pôster são parciais e foram organizados com somente 2 grupos de estudantes do total de 4 que perfaziam 136 pessoas. Dos resultados de 70 estudantes, 65 encontravam-se empregados, 2 desempregados sem seguro desemprego e 3 responderam que não trabalhavam. Uma relação significativa de estudantes respondeu sobre suas condições de saúde. Dos 70 estudantes que responderam ao questionário, 51 disseram sentirem-se tensos, nervosos ou preocupados no dia-a-dia; 29 responderam que sentem dores de cabeça constantes e 27 responderam que dormem mal e consequentemente, apresentam dificuldade em tomar decisões. Em relação ao cansaço, 30 relataram cansarem-se com facilidade e 26 sentem-se cansados o tempo todo. Quando perguntados sobre como consideravam suas condições de saúde, 36 responderam Boa e, 21 responderam Regular. Considerações finais:  Diante desses resultados foi possível perceber que, mesmo relatando sintomas que demonstram que suas condições de saúde não estão adequadas, muitos estudantes-trabalhadores universitários não visualizavam a situação de saúde como preocupante ou como fator de risco futuro.

Palavras-chave: EstudanteTrabalhador; Promoção da Saúde;  Trabalho;  Qualidade de Vida.


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