A FARMÁCIA NA PROMOÇÃO DA SAÚDE: uma via de inserção do farmacêutico no SUS

Flavia Brasil Dias, Clairton Edinei Dos Santos, Gabson Aragonez, Danielly Joani Bulle, Luciane Bulle, Jane Dagmar Pollo Renner, Jorge André Horta

Resumo


Introdução: Nos dias atuais, observamos que diante de tantas ações e transformações, a atividade da assistência farmacêutica ainda é muito frágil e prematura, permeada de muitos desafios para os gestores enfrentarem o caminho da construção de uma prática adequada. Objetivo: Foi fomentar a importância da inserção dos farmacêuticos no SUS, para atuarem na promoção da saúde, através da prestação de assistência farmacêutica qualificada, a partir de uma metodologia que desenvolva a prática da atenção farmacêutica, utilizando o acompanhamento farmacoterapêutico e de ações de educação em saúde. Também a necessidade de identificar barreiras que dificultam a aplicação das tecnologias leves em saúde na atenção primária, com foco no manejo do diabetes. Método: O estudo, foi realizado, através de uma entrevista composta por um protocolo de pesquisa com questões, referentes a dados socioeconômicos, estilo de vida, auto relato de saúde, adesão ao tratamento prescrito e conhecimentos técnicos sobre o diabetes e a realização de consultas de educação em saúde. Os pacientes foram acompanhados e orientados pelo profissional farmacêutico. Esses pacientes já realizavam acompanhamento por equipe especializada, composta por psicóloga, nutricionista, assistente social, médico e enfermeiro, que prestam atendimento no Ambulatório do Idoso Diabético e Hipertenso, localizado no Município de Santa Cruz do Sul no interior do Estado do Rio Grande do Sul. O trabalho foi realizado com um grupo de estudo piloto composto por dez pacientes, todos residentes na região central do próprio município. Resultados: O perfil demográfico e epidemiológico do grupo foi bastante heterogêneo e a idade variou de sete anos até sessenta e nove anos, sendo a maioria do sexo feminino. Em relação ao tipo de diabetes encontramos no grupo os tipos:  I, II e gestacional. A renda mensal dos grupos familiares, variou de um salário mínimo até dez salários mínimos e em relação a escolaridade metade do grupo tinha ensino médio completo e apenas um, com nível superior e os demais cursando ou desistiram durante o ensino fundamental. Todos os participantes da pesquisa eram insulinodependentes e usuários de outras medicações, em que pode se observar o importante papel do profissional farmacêutico nas orientações de conhecimento dos fármacos utilizados e de orientação de interação medicamentosa, pois os pacientes mesmo tendo um conhecimento prévio de sua patologia não possuíam conhecimento das interações entre suas medicações. Considerações finais: Ficou evidente a grande importância do profissional farmacêutico integrar equipes multidisciplinares na atenção primária. O consumo de medicamento está atrelado a vários fatores farmacológicos, como também por aspectos socioantropológicos, comportamentais e econômicos. A falta da ênfase em promoção da saúde, levou a uma medicalização e está tornou se uma solução para os problemas de saúde da população. Dentro deste contexto os farmacêuticos devem assumir sua parte de responsabilidade dentro do sistema de saúde em tudo que se refere a farmacoterapia e através da atenção farmacêutica responder a atual necessidade social, sendo assim esse profissional   tem a oportunidade de atuar na promoção do cuidado primário.

Palavras-chave: Educação; Saúde; Farmacêutico; Atenção Primária.


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