A partir de reflexões sobre a vivência de estágio no Serviço Integrado de Saúde (SIS), na Universidade de Santa Cruz do Sul, tem-se por objetivo pensar a importância da relação terapêutica e o cuidado que a mesma envolve. Entrelaçando referenciais da Gestalt-terapia e da saúde coletiva, pode-se compreender o cuidado produzido no diálogo terapeuta-cliente e a importância do serviço-escola, promovendo ações coletivas também a partir da atenção clínica individual. O psicoterapeuta se envolve; através do diálogo, inclui-se como pessoa participante da relação. Há o cuidado com as inquietações do terapeuta, com o que do outro implica em si e, principalmente o cuidado com essa relação com o outro, de acolher e, da melhor forma possível, realizar seu trabalho. Ao participar com o cliente dos processos de mudança, modifica e é modificado, pois toda relação traz consigo uma troca, por menor que seja. E é justamente na possibilidade da criação de uma relação terapêutica que essa troca se solidifica, se intensifica, cria significados. Diversas emoções perpassam o setting terapêutico, e quanto maior o vínculo, a empatia, a entrega, melhor será essa relação entre terapeuta e cliente.