ACOMPANHAMENTO, PROCEDÊNCIA E MÉTODO CIRÚRGICO DA HIPERPLASIA FIBROSA INFLAMATÓRIA – RELATO DE CASO

Eduarda de Oliveira Silveira, Kelly Andressa Haas Fonseca, Athos Rogério Schulze

Resumo


Introdução: Hiperplasia fibrosa inflamatória (HFI) é a denominação mais correta a lesões proliferativas benignas, sendo também conhecida por Epúlide fissurada, que é um tumor por lesão de dentadura, surgidas na cavidade bucal a partir de um traumatismo crônico de baixa intensidade. A hiperplasia é constituída por massa tumoral de tecido conjuntivo fibroso, causada por traumatismo da borda de prótese total ou prótese parcial removível com adaptação inadequada, por pressão negativa ou por sucção. Todavia, a HFI pode ainda ter como fatores etiológicos diastemas, arestas de dentes cortantes, má higienização, manobras iatrogênicas profissionais, dentre inúmeras. É mais comum acometer a face vestibular da mucosa alveolar, mas pode também se desenvolver nas faces palatina ou lingual. Frequentemente acomete pacientes adultos maduros por estar relacionada ao uso de próteses mal adaptadas, sendo igualmente distribuída pela maxila e mandíbula. A região anterior é mais afetada e há predileção pelo sexo feminino. Objetivo: Demonstrar um caso clínico de hiperplasia fibrosa inflamatória na região de mucosa vestibular da maxila no lado esquerdo e a abordagem terapêutica cirúrgica necessária para uma boa resolução do caso e um ideal pós operatório. Metologia: A hiperplasia Fibrosa inflamatória causada pela prótese mal adaptada, foi removida cirurgicamente. Foi então necessário pinçar a hiperplasia, e com o bisturi eletrônico a lesão foi removida em cunha, sem a presença de tecido para suturar. A prótese que a paciente usava foi usada para auxiliar na cicatrização. Preparado o cimento cirúrgico, foi a vez de colocá-lo na prótese e moldar na boca da paciente. Após o procedimento, foi realizado a prescrição do antiinflamatório Ibuprofeno (300mg), do analgésico Paracetamol (500mg) e também do antisséptico Periogard. Preencheu-se a ficha e o material foi encaminhado para análise histopatológica. Na consulta do pós operatório (cerca de 15 dias), a mucosa apresentava uma boa cicatrização, porém como HFI se deu pelo fato da prótese estar mal adaptada, decidiu-se resolver, de forma temporária, a causa, para um melhor conforto à paciente. Foi feita uma adaptação da prótese e reembasamento com cimento cirúrgico. Resultados: Foi preservada a saúde bucal da paciente, e com a melhora e adaptação do agente irritante, conseguimos assim entregar um melhor conforto que resultou em um excelente pós operatório. Além disso, a paciente foi encaminhada para disciplina de Prótese Dentária na qual poderão solucionar o caso por definitivo da melhor maneira possível. Conclusão: Na maioria das vezes a HFI acomete usuários de próteses dentárias mal adaptadas. Contudo, outros agentes podem desencadear tal condição. Por isso, o cirurgião dentista deve estar atento às particularidades de cada caso, para instituir um correto diagnóstico e tratamento adequado, a fim de restabelecer a saúde bucal do paciente. É necessário, além da remoção cirúrgica com pequena margem de segurança, a remoção ou adaptação do agente traumático, constituindo assim uma terapêutica eficiente.

Palavras-chave: Hiperplasia; Terapêutica Cirúrgica; Pós operatório.

 


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