DIFERENTES TEORIAS E A FORMAÇÃO EM PEDAGOGIA
Resumo
A trajetória em busca de saberes a respeito de nossas curiosidades implica sermos guiados por nossos valores, sentimentos e concepções que experimentamos ao longo de nossa vida. Como diz Arroyo “Somos o lugar onde nos fizemos, as pessoas com quem convivemos. Somos a história de que participamos” (2000, p.14). Em minha monografia, problematizo e discuto um pouco do que venho vivendo ao longo dessa formação acadêmica no Curso de Pedagogia, da UNISC. O meu interesse envolve um debate a respeito das teorias que orientam essa formação e de como e quanto nós, estudantes, conseguimos conhece-las e compreende-las no curto espaço de tempo ao qual está reduzida essa mesma formação. Discussões são feitas, pesquisas são realizadas e não nos damos conta da imensidão de ideias, perguntas e respostas que podem ser pensadas a respeito de temas diversos. O fato é que em nossa formação, bastante aligeirada, diversos são os caminhos possíveis a serem perseguidos, mas pouco ou nada conhecemos deles, o que justifica, em parte, meu interesse em pesquisar esse tema. Ou seja, comecei a questionar-me sobre como as coisas podem ser fragmentadas e excludentes, sobre como pode ser difícil se aproximar e conhecer outras abordagens teóricas e metodológicas. Após algum tempo, percebi a necessidade de dialogar, de trazer para o debate essa questão que vinha se tornando tão importante na minha formação: a questão da diversidade e divergência teórica na formação de pedagogas. Então, com essa pesquisa busco problematizar questões referentes ao ensino e a aprendizagem que acontece de maneira fragmentada, excluindo ao invés de construir pontes para o diálogo, destacando que isso também ocorre, da mesma forma, no contexto escolar onde estamos inseridos e também percebemos a divisão de ideias e de pensamentos. Ou seja, as ações desenvolvidas são muito mais individualizadas e restritas, o que dificulta momentos de diálogo e de uma escuta atenta ao que o outro pode nos oferecer e nos ensinar. Na busca de compreender melhor essas ideias realizei uma pesquisa de cunho qualitativo com aporte bibliográfico. As bases teóricas de que lancei mão envolvem, pelo próprio foco do tema, um conjunto de autores cujas teorias nem sempre se alinham em uma mesma corrente de pensamento. Nesse sentido, destaco: Edgar Morin, Miguel Arroyo, Vitor Paro, Paulo Freire, Ana Carolina Escosteguy, Alfredo Veiga Neto, Tomaz Tadeu da Silva, Gustavo Cirigliano, entre outros. Minhas considerações finais mostram que é possível, sim, alargar nossa compreensão quanto às diferentes correntes teóricas e epistemológicas que organizam o pensamento educacional e que isso não implica fragilidade, ou falta de coesão, mas sim, demonstra uma relação de respeito e de diálogo com o novo, que muitas vezes, se apresenta como um grande desafio.
Palavras-chave: Formação de professores. Divergências teóricas. Fragmentação.
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