Seminário de Monografias do Curso de Pedagogia

As crianças são seres magníficos, ativos e criadores, que acabam influenciando o mundo onde vivem de forma natural. Estão o tempo todo imaginando coisas, histórias e atribuindo um significado para elas. As crianças vivem, por assim dizer, o momento mais intenso de relações com o mundo, porque se trata das primeiras vezes, dos inícios, que fortalecem seu crescimento, através de brincadeiras. Assim, a imaginação tem um papel bem importante na vida da criança, pois com base nela inventam e adaptam situações diversas do cotidiano, das experiências vividas, tornando o mundo mais próximo do que elas são e do que conhecem. Por estas, entre outras razões, dediquei-me a estudar sobre o tema do brincar e da imaginação criadora na infância, sendo este o resumo do meu estudo. A metodologia que utilizei na pesquisa foi qualitativa bibliográfica, o que me oportunizou ler e compreender diversas concepções sobre infância, criança, imaginação e criação na Educação Infantil, a partir de artigos, livros e documentos disponíveis na internet. Aristóteles dizia que a imaginação vem do mesmo lugar da alma e da memória, sendo que imaginação e memória remetem a um conjunto de relações entre o vivido e o imaginado. Então, as crianças imaginam mundos que querem para si, com metas e realizações, com base nas sensações já vividas. Rosado fala que é muito importante dar liberdade para a criança brincar, imaginar, ser livre para criar as mais diversas formas de se divertir, pois isto possibilita que ela aprenda o que é liberdade e brincar da maneira mais pura, com sentimentos. Às vezes é a única maneira da criança ter sossego do mundo, da família turbulenta e tumultuada, sendo assim, se imaginam num mundo de paz e calmaria. Vigotski acha que uma pessoa, quando na fase criança, tem a mente muito mais ampla que a de um adulto, pois a infância é marcada pelo desenvolvimento das fantasias. Nesse sentido, meu estudo permitiu confirmar a ideia de que a função do professor é muito importante, porque é ele que pode instigar na criança esse desejo de buscar saberes, de conhecer objetos e manuseá-los para ter diversas experiências. Além disso, também percebi que podemos agir naqueles espaços em que a criança vive o cotidiano da escola, tornando-os favoráveis e aconchegantes, pois assim ela se sente confiante em criar e realizar suas imaginações. Por fim, compreendi que sempre estaremos correndo o risco de nos equivocarmos, de acharmos que estamos certas e descobrirmos que poderíamos ter feito tudo de um modo diferente, porque afinal de contas não há receitas para a educação e as crianças também inventam, e se inventam, conforme a sua cultura.

Palavras-chave: Imaginação. Infância. Criação. Brincar. Cultura.