MIELOMENINGOCELE - UM ESTUDO DE CASO

Bruna Correa, Jessica Talita Mallmann, Angela Cristina Silva

Resumo


 

Introdução: O Serviço de Reabilitação Física de Nível Intermediário oferece, a comunidade local e municípios próximos a Santa Cruz do Sul, atendimentos semanais na Clínica FisioUnisc e conta com a participação de acadêmicos dos cursos de Fisioterapia, Nutrição, Terapia Ocupacional, Psicologia, Enfermagem e Assistência Social. Nesse projeto tivemos a oportunidade de a paciente H.T com diagnóstico clínico de mielomeningocele, nascida em 27/06/2006 e do sexo feminino. Esta patologia é caracterizada por uma tumoração saliente no dorso, sendo coberta lateralmente, ao passo que o vértice da massa tumoral está desprovido de revestimento cutâneo. As manifestações clínicas secundárias são: luxação das articulações coxo-femurais, pé equino-varo, incontinência urinária ou intestinal, dependendo do nível do defeito, déficits visuais-perceptivos, falta de destreza. A hidrocefalia pode ser causada por uma deformidade na qual o cerebelo e parte do tronco encefálico são deslocados para baixo, na direção do pescoço. Objetivo: Através de nossos atendimentos buscamos melhorar a qualidade de vida da paciente com a prevenção de complicações ou desvios no desenvolvimento músculo-esquelético corporal, além de deixá-la apta a realizar tarefas, mesmo que mínimas, e motivá-la a uma vida mais saudável. Metologia: H.T recebia acompanhamento fisioterápico uma vez por semana, por 45 minutos, durante o período de 29 de março a 05 de julho de 2011. Após uma avaliação, traçamos objetivos e condutas, tais como, manter amplitude dos membros e tronco através de mobilização passiva, alongamentos dos membros e exercícios ativos de tronco, além de melhorar a força muscular geral através de exercícios abdominais, motricidade fina e coordenação motora com os recursos da mecanoterapia e cinesioterapia. Resultados: Reavaliamos a paciente H.T em sua última sessão de fisioterapia, onde verificamos que a postura global está mais simétrica, coordenação motora e motricidade fina estão mais desenvolvidas, e execução de movimentos de rolar, sentar, engatinhar foram aprimorados, assim como a sensibilidade tátil. Conclusão: Com este estudo de caso aprendemos como reabilitar um portador de mielomeningocele em idade escolar e suas consequências no desenvolvimento neuropsicomotor. O fato de trabalharmos em dupla nos atendimentos nos mostrou como é benéfico para o paciente, pois este recebe uma variedade maior de exercícios, onde uma ideia complementa a outra, tornando a sessão mais atrativa e motivando a persistir no tratamento.

 


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