RELAÇÃO ENTRE A TAXA DE ABSENTEÍSMO E O RISCO NUTRICIONAL EM PORTADORES DE DPOC PARTICIPANTES DE UM PROJETO DE REABILITAÇÃO CARDIORRESPIRATÓRIA

Cristiane Vanessa Kuhn, Josiane Aline Henn, Isabel Pommereh Vitiello

Resumo


 

Introdução: Um projeto multidisciplinar que tem como eixo principal integrar acadêmicos dos cursos da área da saúde, para ter êxito necessita da participação efetiva dos pacientes demonstrando adesão ao projeto. Desta maneira, este estudo tem como objetivo identificar a relação entre o índice de absenteísmo dos pacientes classificados com e sem risco nutricional participantes do Projeto de Pesquisa Reabilitação Cardiorrespiratória e Metabólica e suas Interfaces no Hospital Santa Cruz. É um projeto multidisciplinar, contemplando áreas da nutrição, fisioterapia, farmácia, medicina e psicologia. Os pacientes devem ser encaminhados por um médico; para ingressar na reabilitação o doente deve estar em tratamento médico, não ter outras doenças graves, como câncer, não ter outra patologia que impeça de realizar exercícios físicos, ter apoio familiar e motivação pessoal. Metodologia: Foi realizado um levantamento quantitativo através de um questionário aplicado em todos pacientes participantes do projeto pelas bolsistas do curso de Nutrição. Foram estudados 38 indivíduos de ambos os sexos, com idades entre 41 e 82 anos, com e sem risco nutricional. Para a classificação de risco nutricional foi utilizado como parâmetro o Índice de Massa Corporal (IMC) e a circunferência abdominal de acordo com a Organização Mundial da Saúde – 1997 (OMS). Para a análise do absenteísmo considerou-se como presença a frequência no projeto duas vezes por semana, durante os meses de maio, junho e julho de 2011, data que iniciou o atendimento nutricional. Resultados: Verificou-se que a maioria (76,3%) dos pacientes encontra-se em risco nutricional. Em relação ao absenteísmo os meses de maio e junho apresentaram 62% e 75,5% respectivamente de ausência pelos pacientes classificados com risco nutricional. Quanto aos pacientes classificados sem risco nutricional o mês de julho apresentou 84,4% de ausência. Conclusão: Através deste estudo verificou-se que os indivíduos que apresentaram risco nutricional são os que possuem uma maior taxa de absenteísmo quando comparados com os que não possuem risco nutricional. Os motivos que levam a este alto índice decorrem de internações, resfriados, baixas temperaturas e difícil locomoção. Estes dados comprovam que a atenção permanente e sistemática por parte dos envolvidos no atendimento deve ser prática constante para que a presença dos pacientes seja o mais efetiva possível.

Palavras-chave: Risco nutricional. Absenteísmo. Insuficiência cardiorrespiratória.

 


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