EFEITOS DE UM PROGRAMA CINESIOTERAPÊUTICO NA REDUÇÃO DA INCONTINÊNCIA URINÁRIA EM UM GRUPO DE IDOSAS

Andreson Alex Junges, Natalia Salgueiro Paixão, Miriam Beatris Froemming, Ademir Mueller

Resumo


 

Introdução: A incontinência urinária é um problema que afeta de forma importante a qualidade de vida e acomete principalmente a população feminina adulta e idosa. Ações fisioterapêuticas preventivas e reabilitadoras têm evidenciado em sua prática resultados positivos, reforçando a necessidade de ampliar esta área de atuação, ainda pouco conhecida pela população. Objetivo: Verificar os efeitos de um programa de exercícios cinesioterapêuticos na melhora dos sintomas de perda urinária em idosas. Metodologia: O programa foi previamente divulgado às idosas que participam do Grupo de Atenção Fisioterapêutica no projeto de extensão Ações para o Envelhecimento com Qualidade de Vida/UNISC, com posterior convite para a participação. O critério de inclusão foi ter interesse em participar e presença de sintoma de perda urinária. Fizeram parte da pesquisa seis mulheres, com média de idade de 62 anos. As atividades ocorreram com frequência de duas vezes por semana e duração de 45 minutos, no período de maio a julho de 2011, totalizando 21 encontros. Antes do início e ao final do programa foi aplicado um questionário adaptado de MORENO (2009) e BARACHO (2002), o qual coletou informações sobre queixa clínica, caracterização dos sintomas e histórico clínico. No final do programa, foi aplicada também a questão aberta: O que mudou para a sra. em relação a incontinência urinária após a realização deste programa de exercícios? Estas respostas foram fielmente transcritas e incluídas na ficha de avaliação final. As atividades foram realizadas em grupo, na sala 01 do Ginásio Pedagógico da UNISC e incluíram exercícios cinesioterapêuticos perineais, posturais e respiratórios associados à perineais, adaptados de acordo com as características do grupo mediante avaliação física prévia. Durante as atividades também foram dadas informações sobre aspectos relacionados à incontinência urinária e orientações para a prática do autocuidado, especialmente através da realização dos exercícios individuais diários domiciliares. Os materiais utilizados foram: garrafas pet de 500 g., preenchidas com areia, bolas 10, bolas suíças, retângulos de tecido atoalhado para percepção perineal, colchonetes e cadeiras. Resultados: Na avaliação inicial, 100% da amostra apresentou queixa de perda de urina aos esforços e histórico obstétrico com média de 3 partos normais. Na avaliação final foi constatada redução total de perda urinária aos esforços em 50% da amostra (03 mulheres), redução leve em 33,33% (02) e nenhuma melhora em 16,67% (01). Cinco responderam à questão aberta e as falas obtidas foram: “Me sinto realizada pois já fazia tempos que eu queria fazer e aprender os exercícios.”(A), “Melhorou principalmente quando eu espirro, antigamente eu espirrava e já tinha que ficar segurando, agora já é automático, fica mais fácil de segurar.”(B), “Para a prevenção foi muito bom, já sei alguns exercícios para me prevenir e fazer em casa.”(C), “Quando eu espirro não tenho mais medo de perder a urina.” (D). Conclusão: Os resultados obtidos revelaram que a prática periódica e frequente de exercícios cinesioterapêuticos específicos auxiliam na diminuição perda de urina na maioria dos casos. Considera-se que a avaliação e o acompanhamento médico, assim como de outros profissionais da saúde sejam fundamentais para um atendimento integral e maiores resultados, tendo em vista que a incontinência urinária é multifatorial, necessitando de uma abordagem ampla.

 


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