Esse resumo refere a uma intervenção realizada no mês de julho de 2011 no Centro de Atenção Psicossocial da Infância e da Adolescência (CAPSIA) de Santa Cruz do Sul, pelos bolsistas do Programa de Educação pelo Trabalho (PET) Saúde Mental- Crack Álcool e Outras Drogas, que teve como objetivo trazer os usuário e dependentes químicos de volta ao serviço, visando a aderência dos mesmo, bem como ter uma atividade de férias para estas pessoas que já realizam atendimento no CAPSIA. Foram quatro encontros que ocorreram sempre às sextas-feiras a partir das 14hrs, para cada sessão foi previamente escolhido um filme, que não só tivesse uma mensagem de superação, mas que também fossem de acordo com o interesse dos “convidados”. Os filmes escolhidos foram: Naruto e a princesa da Neve; Coach Carter, treino pra vida; Harry Potter e as relíquias da morte - primeira parte e; Meu Malvado Favorito. No primeiro encontro foram seis usuários, no segundo encontro foram treze, no terceiro foram nove e no ultimo foram cinco. As sessões foram abertas para todos os usuários, foram distribuídos convites para os que participam das oficinas ou que tem fazem algum atendimento no serviço. Os que por algum motivo não frequentam mais o serviço foram contatados por telefone, visita domiciliar, ou contato com o responsável pela instituição ao qual se encontram. Optamos por fazer uma atividade aberta a todos, pois entendemos que os dependentes, neste serviço, são antes de tudo crianças e adolescentes que de modo geral tem os mesmos conflitos que os outros de sua faixa etária, isto é, oriundos de grupos familiares com uma extensa diversidade social e cultural, isto posto nos remete para uma profunda reflexão sobre as razões que desagregam e adoecem pessoas no seu habitat familiar. Assim, diantes dessas circunstancias existe uma fator facilitador permanentemente instalado para que adolescente e crianças procurem um momento prazeroso naquilo que lhe está mais a mão, estamos nos referindo as substancias psicoativas que sem sombra de dúvidas determinaram momentos de êxtase e fuga de qualquer tipo de sofrimento, que vai muito além da droga em si e, que são seus conflitos, mas principalmente a insegurança decorrente da imaturidade e na maior parte faz vezes a ausência de uma figura que lhe represente o adulto idealizado. Para finalizar, ressaltamos que o ponto alto dessa intervenção ficou por conta da espontaneidade dos participantes, usuários de substancias psicoativas, em aderirem as atividades sem sofrerem nenhuma forma de coação, ou benefícios secundários, indicando que propostas dessa natureza poderão estimular de forma mais significativa a participação. Para a equipe PET foi muito gratificante participar dessa proposta, desde a organização até a consecução, por desvelar uma possibilidade de intervenção até então não concedida.