AVALIAÇÃO DO ESTADO NUTRICIONAL E DO RISCO PARA DOENÇAS CARDIOVASCULARES EM PACIENTES ATENDIDOS NO SERVIÇO DE SAÚDE – SIS DA UNISC

Gloria Raquel de Oliveira, Marcelle Sa Franco, Tatiana de Castro Pereira, Willian Franco Rezende, Francisca Maria Assmann Wichmann, Bianca Ines Etges

Resumo


 

A obesidade é uma alteração do estado nutricional por excesso de ingestão alimentar estando relacionada com o surgimento de doenças crônicas como hipertensão arterial, acidente vascular cerebral, hiperlipidemia, diabetes mellitus, entre outras, ocasionando diminuição do tempo e da qualidade de vida. No Brasil, dados do Ministério da Saúde mostram que a população vem apresentando um crescente aumento de peso e da circunferência abdominal, resultado da transição nutricional vivenciada neste país. Atualmente a obesidade e a gordura abdominal são consideradas uma epidemia mundial, acarretando enormes prejuízos à saúde pública dos países, devido ao aumento das internações hospitalares. Este estudo buscou conhecer o estado nutricional e o risco para o desenvolvimento de doenças cardiovasculares dos pacientes em atendimento no Serviço Integrado de Saúde – SIS, da Universidade de Santa Cruz do Sul, em atendimento nutricional no primeiro semestre de 2011. Os dados foram retirados dos prontuários do curso de nutrição que apresentavam o termo de consentimento livre e esclarecido. Para analisar o estado nutricional utilizou-se o Peso, Índice de Massa Corporal (IMC), a Circunferência Abdominal ( CA). Do total de vinte e nove ( 29) pacientes analisados: vinte e um ( 72,4%) eram do gênero feminino e oito ( 27,6%) do gênero masculino; nove (31%) estavam na faixa etária de 30 a 40 anos, seis ( 20,68%) na de 41 a 50, dez (34,5%) entre 51 e 60, e quatro ( 14,32%) acima de 60 anos. O estado nutricional predominante foi de indivíduos com Obesidade Grau I n=13 ( 44,8%), seguido de Obesidade Grau II n=7 (24,1%), Sobrepeso n=6 ( 20,7%), Obesidade grau III n=1 (3,4%), Obesidade grau IV n=1 ( 3 ,4%) e em Eutrofia n=1 (3,4%). De acordo com a medida da circunferência abdominal houve predomínio do alto risco para o desenvolvimento de doenças cardiovasculares em 79,3% (23), risco moderado em 17,2 (5) e 3,4% (1) encontrava-se em estado de normalidade. Conclui-se que a prevalência de excesso de peso e de risco para doenças cardiovasculares é bastante preocupante nessa população, não somente em decorrência das doenças crônicas associadas, como do agravamento da qualidade de vida destes indivíduos. Os resultados confirmam a necessidade do desenvolvimento de ações preventivas, como orientações e intervenções nutricionais visando à promoção de alimentação saudável e o estímulo à atividade física dos pacientes. PALAVRAS CHAVE: estado nutricional, doenças cardiovasculares, risco, obesidade

 


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