AVALIAÇÃO DO ISG EM CRIANÇAS E ADOLESCENTES PARTICIPANTES DE UM PROGRAMA DE MANUTENÇÃO PERIÓDICA PREVENTIVA

Alam dos Santos, Bruno Arlindo Casanova, Gladis Benjamina Grazziotini

Resumo


 

A substituição da abordagem e da prática cirúrgico-restauradora para a de promoção de saúde, na odontologia atual, induz a uma prática de programas que visem a manutenção da saúde. Com o objetivo de valorizar a saúde, foi desenvolvido através do projeto “Atenção à Saúde da Criança e do Adolescente” – PASCA - do Departamento de Enfermagem e Odontologia da UNISC, o programa de manutenção periódica preventiva, que visa atender as crianças e adolescentes que receberam alta das clínicas de odontopediatria e que se apresentaram livres de cárie. O programa teve seu início em 2007 e é baseado no controle da placa bacteriana dentária, realizado através da profilaxia profissional periódica. O intervalo de retorno fica a critério do paciente, porém são orientados através de uma palestra, que o melhor intervalo é o mensal. Para reforçar as medidas educativas e de motivação, a cada consulta é realizada a revelação de placa bacteriana e posteriormente sua remoção, através da profilaxia profissional com escova de Robinson ou com jato de bicarbonato de sódio, preferencialmente, e do uso do fio dental. O objetivo deste estudo foi avaliar o impacto das medidas preventivas, educativas e motivacionais utilizadas no programa, em relação à melhoria da higiene bucal. A saúde gengival foi avaliada pela prevalência de sangramento na gengiva à sondagem. Fizeram parte do estudo, vinte pacientes que estão participando assiduamente do programa. Os exames foram realizados pelos bolsistas do projeto, que utilizaram o Índice de Sangramento Gengival (ISG) desenvolvido por Löe & Silness (1963). Para tanto, foi utilizada uma sonda periodontal milimetrada em posição perpendicular ao longo eixo do dente, contornando suavemente o sulco gengival de todas as faces de todos os dentes. Para aferição das médias foi utilizado o índice proposto por Ainamo & Bay (1975). Em julho de 2010 foi realizada a primeira aferição mostrando um ISG inicial de 5,31% dos dentes com sangramento gengival. Em julho de 2011 foi realizada a segunda aferição mostrando que 6,77% dos dentes apresentaram sangramento gengival. Embora a percentagem de sangramento gengival inicial e final tenha se mantido baixa, o que se atribui aos retornos periódicos, constata-se que apesar dos reforços motivacionais em programas educativos - preventivos atuarem positivamente na redução do sangramento gengival, ainda há necessidade de se aprimorar e prolongar a estratégia proposta a fim de promover uma melhora efetiva nos níveis de higiene bucal.

 

 


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