PERCEPÇÃO DA QUALIDADE DE VIDA EM IDOSAS PRATICANTES DE ATIVIDADES FÍSICAS

Martina Francesquett, Michele Aline Kanitz, Ademir Muller

Resumo


 

Entende-se por qualidade de vida, a percepção do indivíduo tanto de sua posição na vida, no contexto da cultura e nos sistemas de valores nos quais se insere, como em relação aos seus objetivos, expectativas, padrões e preocupações. É um amplo conceito de classificação, afetado de modo complexo pela saúde física do indivíduo, pelo seu estado psicológico, por suas relações sociais, por seu nível de independência e pelas suas relações com as características mais relevantes do seu meio ambiente (Campos, 2011). O objetivo desse trabalho é investigar a qualidade de vida dos integrantes do Grupo de Convivência Qualidade de Vida do município de Santa Cruz do Sul. Foram realizadas vinte entrevistas, com mulheres entre 50 e 79 anos, atendidas pelo Projeto Ações Para o Envelhecimento com Qualidade de Vida, além disso, aplicamos em parte o Questionário de Qualidade de Vida WHOQOL-Bref (1998) da Organização Mundial de Saúde no qual estaremos somente analisando os dados sobre o aspecto físico e meio ambiente, sendo que foram estudados os quatros domínios, os quais são: físico, psicológico, pessoal e ambiente, (FLECK, 2000). Os valores de referência em média e desvio padrão da percepção da qualidade de vida de acordo com a idade cronológica, utilizado neste trabalho, são apresentados por Matsudo, 2005. Os resultados encontrados vão ao encontro dos valores de referência apresentados pela autora citada, tanto no domínio físico que compreende questões referentes à dor, desconforto, energia, fadiga, sono, repouso, mobilidade, atividade de vida cotidiana, dependência de medicação ou de tratamento e capacidade de trabalho, quanto ao domínio ambiente que contém questões que versam sobre segurança física e proteção, ambiente no lar, recursos financeiros, cuidados de saúde e sociais: disponibilidade e qualidade, oportunidade de adquirir informações e habilidades, participação em, e oportunidades de recreação/lazer, ambiente físico e transporte. No domínio físico, idosas com idade de 50 a 59 anos, obtiveram um escore bruto de 26, sendo que a média ideal é de 25,8 com um desvio padrão de 4,1. Já o domínio ambiente o escore bruto foi de 28 com média de 29,3 e com um desvio padrão de 4,2. Entretanto, idosas com idade entre 60 a 69 anos, conseguiram resultados um pouco acima do ideal. No domínio físico o efeito foi de 28,6 com um escore bruto de 26,1 e com um desvio padrão de 6,4. No domínio ambiente a média ideal é de 26,3 com um desvio padrão de 4,3 sendo o escore bruto 28,4. Logo, entrevistas com idosas entre 70 a 79 anos os dados coletados do escore bruto foram de 27 no domínio físico sendo que o ideal é de 22,8 com um desvio padrão de 8,4. E no domínio ambiente os dados obtidos pelo escore bruto foram de 32,25 sendo o ideal de 26,3 com um desvio padrão de 6,5. Concluímos que a análise do resultado do questionário Qualidade de Vida permitiu constatar que as idosas obtiveram uma média favorável demonstrando serem pessoas mais ativas não apresentando tantas dores musculares e tendo mais energia para realizar suas atividades da vida diária.

 

 


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