ATIVIDADE FÍSICA E SUA RELAÇÃO COM A DEPRESSÃO NO IDOSO

Cassandra Claas Alves, Roberta Kliemann, Ademir Muller

Resumo


 

A depressão é uma doença do corpo como um todo, que afeta a disposição física e diversos aspectos psicológicos, como a autoestima e a autoconfiança, influenciando ainda nas relações sociais do individuo, sendo que no idoso, ela surge quando há perda da qualidade de vida associada ao isolamento social e ao surgimento de doenças crônico-degenerativas, Stella et al (2002). O presente trabalho buscou verificar a tendência de estados depressivos em idosos praticantes e não-praticantes de atividade física, com idades entre 60 e 89 anos, das cidades de Santa Cruz do Sul e Venâncio Aires-RS. Para isso, utilizou-se a Escala para Avaliar a Depressão, descrita por Fiatarone (1996), composta por um questionário de 30 questões fechadas, relacionadas ao estado de ânimo e satisfação com a vida do individuo. Participaram da pesquisa 20 idosos, de ambos os sexos, selecionados aleatoriamente, sendo 10 praticantes e 10 não praticantes de atividade física regular. Os praticantes frequentam a Hidroginástica para a Terceira Idade, três vezes por semana, oferecida pelo Projeto Ações para o Envelhecimento com Qualidade de Vida do Departamento de Educação Física e saúde da UNISC. Os indivíduos foram distribuídos em cada grupo de forma heterogênea. Os resultados foram analisados observando que quanto maior o número de pontos negativos, maior também a probabilidade de depressão. O grupo de idosos ativos teve como a maior pontuação 6 pontos negativos e mínima de nenhum ponto. Idosos não praticantes apresentaram uma máxima de 27 pontos negativos e mínima de 2. A média encontrada dentre os indivíduos praticantes foi de 2.2, tendo o desvio padrão 1.98. Observando o grupo não praticante encontramos a média de 9, tendo o desvio padrão 7.16. Diante do resultado auferido pela aplicação da escala, percebe-se que o grupo de não praticantes tem maior tendência a ter depressão. A partir do exposto e de acordo com a literatura consultada, acreditamos que os indivíduos que praticam atividade física regularmente têm uma melhora na autoestima, ganhos fisiológicos e durante a prática da mesma a oportunidade de se relacionar com outros idosos, o que tem um papel essencial para manter ou mesmo promover a saúde física e mental, que no caso dos idosos não praticantes pode não ser tão frequente. Acreditamos ainda que a soma desses fatores diminui a probabilidade de depressão em idosos praticantes se comparados a não praticantes. Através deste estudo, evidenciamos a importância da prática de atividade física regular para o melhor funcionamento do organismo como um todo.

 


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