ARQUITETURA E SAÚDE: ARQUITETURA PARA PCD

Eduarda Kuhn, Rosane Jochims Backes

Resumo


 

A cada dia tem aumentado consideravelmente o número de pessoas que sofrem acidentes, violências, pessoas com deficiência congênita ou adquirida, envelhecimento e problemas neurológicos. Em Santa Cruz do Sul, estima-se que o número de pessoas com deficiência física e motora é de 5.772 pessoas, segundo o Censo de 2000. O drama das famílias com a deficiência física provoca questionamentos de onde procurar auxílio e orientação para tratamento físico e psicológico bem como onde buscar sua reabilitação e inclusão social. As respostas para estes questionamentos são o objetivo da Aspede – Associação Santa-Cruzense de Pessoas Portadoras de Deficiência Física. O projeto de extensão Arquitetura e Saúde: arquitetura para PcD (4ª edição), tem como um de seus objetivos o desenvolvimento de um projeto de arquitetura de um Centro de Reabilitação em Santa Cruz do Sul para a Aspede. Este local terá a missão de contribuir com a qualidade de vida da Pessoa com Deficiência (PcD) e de sua família promovendo a reabilitação, autonomia e a inclusão social da PcD. O projeto objetiva contemplar a verdadeira promoção da saúde com espaços e implantação centrados na figura do paciente, promovendo a recuperação das aptidões anteriormente perdidas, capacitando-o para fazer releituras da sua vida, da vida da sua família, do seu ambiente, agregando qualidade e humanismo no ambiente e no atendimento ao paciente PcD. Para realizar este projeto foi necessário conhecer a PcD, através de uma metodologia etnográfica, vivenciar algumas realidades e vida dos PcD, suas necessidades e dificuldades, realizar estudos interdisciplinares junto à Clinica de Fisioterapia da Unisc e de articulações com a sociedade. O terreno, em processo de pleito pela Aspede junto à Prefeitura Municipal de Santa Cruz do Sul, na Av. Independência 2829, compõe uma área de 10.223,60m². Para elaborar o programa de necessidades do Centro de Reabilitação de acordo com o objetivo e missão da Aspede, foram necessários uma série de estudos através de pesquisa junto a RDC50/2002, NBR 9050, pesquisa junto à Clinica de Fisioterapia da Unisc, visita a ACADEF – Associação Canoense de Deficientes Físicos, visita ao Hospital Sarah Kubitschek em Brasília e pesquisas sobre o assunto. O programa de necessidades idealizado chegou numa área de 4.861,70m². O projeto arquitetônico piloto desse Centro de Reabilitação e Inclusão estará se estruturando ao longo desse semestre e objetiva a inclusão da PcD com cuidados específicos com relação a acessibilidade total de áreas, atender os fatores de funcionalidade, flexibilidade e expansibilidade, conforto ambiental, psicologia do espaço, espaços de contemplação entre outros princípios arquitetônicos para a realização de um projeto ideal para Reabilitação Física. Assim, o principal objetivo desse Projeto de Extensão afirma suas ações para colaborar com os anseios da Aspede. As vivencias com a PcD, com relação ao uso do espaço e equipamentos, ainda fazem-se necessárias para aprimorar as relações espaciais, além da interdisciplinaridade das áreas da arquitetura com a área da saúde, na busca de subsídios técnicos nas questões de espacialidade para projetos de arquitetura de ambientes de saúde que se destinem a Inclusão e Reabilitação Física para PcD.

 


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