ARQUITETURA E SAÚDE: ARQUITETURA PARA PCD (PESSOAS COM DEFICIÊNCIA)

ANDRESSA REDIN, JONATAS SPANEMBERG ANDRADE, JORGE ANDRÉ RIBAS MORAES, PATRÍCIA OLIVEIRA ROVEDA, ROSANE JOCHIMS BACKES

Resumo


O projeto de extensão Arquitetura e Saúde: arquitetura para PcD integra os cursos de Arquitetura e Urbanismo, de Engenharia da Produção e 240de Fisioterapia da Universidade de Santa Cruz do Sul, com o objetivo de conhecer, promover e integrar a Pessoa com Deficiência na comunidade. 240Busca conhecer as PcD no relacionamento com os espaços das residências, no uso de mobiliário, na circulação e uso dos espaços e equipamentos urbanos, bem como auxilia as famílias no processo de reinvenção do espaço doméstico, buscando autonomia e independência das PcD, contribuindo para o processo de transformação social e a melhoria da qualidade de vida destas na comunidade. Os objetivos do trabalho consistem em elaborar um projeto de arquitetura para a Associação Santa-cruzense de Pessoas com Deficiência Física, na inclusão cidadã da PcD e sua família, proporcionar uma melhor qualidade de vida e saúde às PcD e ao seu grupo familiar, em relação a suas atividades de vida diárias, objetivando sua autonomia, vida independente e inclusão na comunidade. A partir da segunda edição, em 2009, o projeto passou a atender pacientes da Clínica de Fisioterapia da Universidade e sócios da Aspede para pensar, diagnosticar e buscar soluções para as barreiras arquitetônicas encontradas em suas residências, auxiliando as famílias no processo de reinvenção do espaço. Em uma abordagem etnográfica, o projeto busca o significado que têm as ações e os eventos para o indivíduo e para o grupo, vivencia a vida junto a PcD e seus familiares, através de reflexões, diagnósticos e respostas para as questões: Como vivem as pessoas com deficiência? Como se locomovem? ...Que tipo de espaço, equipamento e mobiliário necessitam para terem conforto, dignidade, independência? Assim, a interação e a vivencia com a PcD, documentada através de entrevistas, observação, fotografias, levantamentos métricos, programa de necessidades, elaboração de projeto arquitetônico, são partes importantes do processo para um espaço inclusivo, visando autonomia e qualidade de vida. Através dos atendimentos realizados aos participantes do projeto, na analise e proposição de novos ambientes, o processo permite conhecer, estudar, aprimorar, planejar, explorar as relações espaciais possíveis e necessárias à melhoria de qualidade de vida da PcD, adaptando os espaços das moradias. Estes projetos são apresentados aos participantes graficamente em plantas, vistas, perspectivas, imagens em 3D, refletindo junto com eles sobre o uso do espaço, qualidade de vida, autonomia e saúde. Atualmente estão em processo cinco atendimentos. O projeto de extensão aponta a necessidade de um processo reflexivo e educativo com a PcD, sua família e com a comunidade, com relação à organização e estruturação do espaço físico, para promover a vida cultural, social, física, econômica da pessoa com deficiência. Também oportuniza a sensibilização sobre as necessidades espaciais e ambientais da diversidade humana, propiciando uma visão mais humanística da profissão da arquitetura, sua função social e a necessária inter-relação com os profissionais da saúde, valorizando o papel da arquitetura junto a equipes multidisciplinares na prevenção de problemas de saúde publica, melhoria de qualidade de vida e inclusão das PcD. Este projeto de extensão alimenta na comunidade acadêmica a noção de participação social, mobilização comunitária e emancipação das comunidades, proporcionando a formação integral dos acadêmicos por meio da inserção na realidade social.


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