A LEITURA E O ENCANTAMENTO DOS ALUNOS

EDILAINE DORNELLES ROSA, PATRICIA DE MORAES DA ROCHA, ANGELA COGO FRONCKOWIAK

Resumo


Neste resumo buscamos refletir sobre nossas experiências como acadêmicas que atuam no Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência 226 PIBID 226, vinculado à UNISC, na relação entre o aluno, a leitura e o professor a partir das vivências que tivemos, no ambiente escolar, através das oficinas de aprendizagem, propostas de março a julho de 2012, no contraturno das aulas, para os alunos de ensino fundamental da E.E.E.M. Alfredo José Kliemann. O projeto engloba trezentos e setenta e três bolsistas, atingindo todas as licenciaturas da universidade e, atualmente, dez escolas das redes municipal e estadual em Santa Cruz do Sul. O Subprojeto de Letras 226 Português é formado por vinte e sete integrantes, dos quais seis atuam na escola citada. Nas oficinas, selecionamos livros de contos de Sérgio Caparelli e Ricardo Azevedo, entre outros e, em seguida, possibilitamos leitura silenciosa, vocalidade, conversas e debates. De acordo com o ponto de vista de Magda Soares (1999), a Literatura Infantil e a Infantojuvenil, apesar de fazerem parte dos meandros escolares, não podem sofrer uma má escolarização. Preocupamo-nos com o sistema escolar que exige um retorno imediato de respostas e posicionamentos dos alunos e pensamos na própria leitura como uma das formas de lançar novas perspectivas para que o aluno desenvolva interesse por ela, partindo do que ele já traz em sua bagagem e dando tempo e formas diferenciadas para que ele faça a reflexão sobre o processo de interação entre autor/livro/aluno-leitor. Percebemos o quanto o gênero conto abre espaços para o trabalho com as turmas de forma agradável. Primeiramente, utilizamos a leitura de contos em nossas atividades, pois esse gênero tende a mexer com o "eu" interior das pessoas, adultos ou crianças, a partir de suas experiências de vida e através de seu conhecimento de mundo. Como diz Regina Machado, 223somos transportados para 223lá224, esse local desconhecido que se torna imediatamente familiar224. Observamos isso quando propusemos, como forma de manifestação após a leitura, a argumentação oral e, em alguns momentos, a escrita. Notamos o quanto a apreciação do conto nessa sistemática faz o aluno pensar, criar, refletir e se emocionar. A leitura proporciona uma aula cheia de perspectivas, porque oferece um leque de possibilidades na imaginação de quem lê ou escuta, trazendo assuntos que prendem a atenção dos alunos, surtem debates, produção textual e, talvez, mesmo não fazendo efeito imediato, motivam a expressão de algo novo para eles. As oficinas do Pibid propiciam tais momentos de vocalidade a alunos e educadores. E ser professor é muito mais do que ser ditador de exercícios e leituras insignificantes, pois o significado de uma aula está, primeiramente, ligado à intenção do professor e, se as atividades são elaboradas com indiferença e sem planejamento, o aluno também as fará dessa forma. O encantamento está no professor/leitor/contador. Descobrimos, através do fazer, que, ao ler uma história com ênfase, é possível trazer a aura da fascinação aos alunos. Então, é fato que ler ou contar história influencia o aluno a ser um bom ouvinte e leitor.


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