ESTRUTURA PARA ACESSIBILIDADE E INCLUSÃO DIGITAL DE DUAS ESCOLAS PÚBLICAS DE SANTA CRUZ DO SUL E ESTRELA.

MARCIA E JOCHIMS KNIPHOFF DA CRUZ, BARBARA INES PLENTZ, DIEGO ILDONEI LIMBERGER, LAURA MARCINE PRANKE

Resumo


Um dos grandes desafios da sociedade é conseguir proporcionar a alunos com necessidades especiais a oportunidade de estudarem em escolas públicas nas mesmas condições de pessoas que não apresentam tais necessidades. Considerando o SENSO Escolar de 2011, divulgado pelo Ministério da Educação, MEC, e pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira, INEP, o universo de portadores de necessidades especiais matriculados nas escolas brasileiras compreende 78,3% nas públicas e 21,7% nas escolas privadas, até o referido ano. Esse resumo apresenta uma atividade desenvolvida na disciplina 223Inclusão Digital e Acessibilidade224, no primeiro semestre de 2012, no curso de Licenciatura em Computação. A atividade foi desenvolvida em duas escolas públicas com a finalidade de conhecer a estrutura oferecida aos alunos especiais. A metodologia contou com duas etapas: inicialmente uma pesquisa e, em seguida, a produção de material impresso e on-line que divulga ações que venham contribuir com a proposta, caracterizados como atividade de extensão. As escolas pertencem às cidades de Santa Cruz do Sul e Estrela. O objetivo, além de levantar quais ferramentas físicas e computacionais voltadas à acessibilidade eram utilizadas tanto pelos professores, quanto pelos alunos especiais, foi, também, o de orientar professores e colaboradores com relação ao uso de softwares dedicados a essa área, que podem proporcionar um aproveitamento mais abrangente das atividades em sala de aula. Na cidade de Santa Cruz do Sul, a escola visitada atende alunos com necessidades especiais de acessibilidade de toda a comunidade, indiferente de estarem ou não matriculados na instituição. Existe uma sala de aula exclusiva num espaço bem amplo. O objetivo do educandário é estimular as crianças com jogos interativos e de raciocínio lógico, desenvolvendo, dessa forma, um grande apoio aos estudos. As atividades são realizadas em horário oposto ao de aula. Para deficientes com baixa visão é utilizado computador com tamanho de tela ampliado e teclado especial. 240Na cidade de Estrela, a escola visitada tem matriculado um aluno que possui baixa visão. Esse aluno dispõe de equipamentos como lupas convencionais e lupa eletrônica conectada a um laptop fornecido pelo MEC, pelo qual, ele visualiza, em tamanho ampliado, as informações. Também são oferecidos cadernos especiais, mesa individual com suporte para materiais, lápis com grafite de tamanho 9B e cópias xerográficas ampliadas. Concluiu-se, assim, que ambas as escolas se adaptaram de forma satisfatória para atender seus alunos no quesito acessibilidade. Porém, há urgência na exploração de maior número de tecnologias existentes para amparo aos estudantes que apresentam necessidades especiais. Durante conversa com professores nas escolas foi explanado que existem softwares gratuitos disponíveis na internet que poderiam auxiliar na aplicação dos conteúdos, e, consequentemente, gerar melhores resultados no aprendizado dos alunos especiais. Conclui-se, ainda, que a pesquisa e a atividade de extensão ampliou o significado da disciplina da graduação, oportunizando a experiência dos conteúdos curriculares e aproximando um dos futuros campos de atuação dos alunos da Licenciatura em Computação.


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