QUE ADOLESCENTE É ESSE?

ANA PAULA JUSTEN, ANDERSON BERNI CRISTOFARI, PATRICIA BORGES CAUDURO, RENATA BECKER JUCÁ

Resumo


Introdução: Ao trabalhar com adolescentes vemos a importância de se estudar e desmistificar a sexualidade, pois sua orientação tem grande importância no desenvolvimento e na vida psíquica e independente da potencialidade reprodutiva, relaciona-se com a busca do prazer, necessidade fundamental dos seres humanos. Porém, a sexualidade envolve múltiplas questões e os adolescentes acabam, consequentemente, não compreendendo as mudanças corporais, de comportamento e relacionamento pelas quais estão passando. Essas questões, aliadas aos mitos presentes na sociedade, acabam gerando tabus sexuais que se perpetuam entre várias gerações, como homossexualidade, masturbação reprimida e doenças sexualmente transmissíveis. A ausência de informações e domínio das práticas contraceptivas, por exemplo, pode resultar em gravidez não desejada, pois esses métodos contraceptivos não têm atingido os adolescentes da forma como deveriam, mas existem em grande número. Eles visam evitar a gravidez, agindo de várias formas e alguns impedem a transmissão de doenças. Contudo o apelo na mídia não tem sido suficiente para que os adolescentes adotem o comportamento do sexo seguro. A falta de educação sexual é um dos motivos para a falta de adesão dos adolescentes, então o diálogo é uma ferramenta muito importante para criar esta confiança, pois todos os alunos possuem dúvidas, mas alguns se sentem constrangidos em perguntar. A escola deve ter o trabalho de educação sexual para esclarecer visões distorcidas ou negadas da sexualidade e a família deve240 interagir para estimular as mudanças nas relações sociais superando alguns preconceitos. Objetivos: A partir destes fatos, foi elaborado um projeto de extensão na universidade para estudo em sexualidade humana, que tem por objetivos atender pedidos de intervenções e buscar medidas que possibilitem o diálogo, a compreensão e a escuta de maneira continuada, formando redes de apoio e discussão dentro da universidade, escolas e comunidade para que possamos compreender nossos adolescentes e contribuir para que desenvolvam uma vida mais saudável. Metodologia: Através de oficinas pedagógicas nas escolas são realizadas as intervenções que atendem os alunos, além dos encontros com Grupo de Estudos da Sexualidade Humana (GESH) onde são realizadas pesquisa-ação para avaliar o nível de conhecimento e analisar as potencialidades, atitudes e comportamento do professor, da família e do aluno, pois estes interagem sistematicamente no processo educacional. Resultados: Com o projeto em andamento seguindo o cronograma estabelecido, ainda temos intervenções a realizar para concluir o trabalho na escola que atende240 adolescentes do 6° ao 8° ano, que se mostram muito interessados pelo assunto e possuem muitas dúvidas. Conclusão: Tendo ciência que a sexualidade envolve questões biopsicossociais, é importante a participação de profissionais de várias áreas, como: psicologia, enfermagem, biologia e medicina, para trabalhar a sexualidade de forma indisciplinar, atendendo a todos os anseios dos adolescentes que necessitam de informações para que entendam as transformações pelas quais estão passando.240240


240Palavras-chave:240 sexualidade- adolescentes- educação.


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