TAQUIPNÉIA TRANSITÓRIA DO RECÉM-NASCIDO E SUAS PRINCIPAIS MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS

VERA LUCIA BODINI, BYANCA FORESTI, GRAZIELA BOSCHETTI, LISSIÊ BROGLIO, LUISA ASSONI SANTIN

Resumo


A Taquipnéia Transitória do Recém-Nascido (TTRN), também denominada de pulmão úmido, consiste na dificuldade adaptativa dos neonatos, com manifestações inespecíficas, durante as primeiras horas de vida. O presente trabalho tem por objetivo verificar a quantidade de recém-nascidos com TTRN no ano de 2011. Foi realizado um estudo transversal, em que a população pesquisada consiste em vinte e três recém-nascidos do centro obstétrico do Hospital Santa Cruz do Sul (HSC). O requisito para a escolha dos pacientes consistiu na presença de TTRN como CID principal entre os recém-nascidos (RN) vivos durante o ano de 2011. Em um primeiro momento, o objetivo foi constatar o número de nascimentos que ocorreram no ano de 2011, com exceção dos nascimentos que ocorreram por intermédio de curetagem. A partir disso, avaliou-se a incidência da patologia estudada na população determinada de 1774 nascimentos no decorrer do ano de 2011, no HSC. As variáveis estudadas foram obtidas por meio da análise dos prontuários, o que possibilitou a elaboração de um banco de dados composto de características desses vinte e três pacientes. Foram investigadas as seguintes variáveis com relação ao nascimento: tipo de parto, idade gestacional, sexo do RN e escore de apgar. Já em relação ao manejo terapêutico, observou-se a necessidade de gasoterapia e também se houve necessidade de uso de sonda orogástrica. Quanto aos exames que foram feitos no recém-nascido, pesquisou-se a respeito da realização de radiografia de tórax póstero-ântero lateral, assim como o resultado obtido. Outro fator avaliado foi o período de internação do RN, tanto na Unidade de Tratamentos Intensivos, quanto na Unidade de Cuidados Intermediários. Relacionado ao exame físico foram analisadas as seguintes características: gemência, acrocianose e murmúrio vesicular rude bem distribuído. A partir da coleta de tais dados, objetivou-se identificar qual o principal fator para o desenvolvimento de TTRN. Além disso, procurou-se investigar também a evolução clínica do RN portador dessa patologia. Avaliou-se 240a influência de determinados fatores, tais como, índice de APGAR, idade gestacional, sexo do recém-nascido e tipo de parto, na incidência de taquipnéia transitória do recém-nascido, além de serem comparados os resultados obtidos no exame físico e radiografia de cada recém-nascido. A partir do estudo realizado foi possível verificar alguns fatores que influem no surgimento da Taquipnéia Transitória do Recém-nascido, como o tipo de parto, relacionado ao parto cesáreo, maior incidência nos recém-nascidos dos sexo masculino, a relação com a idade gestacional limítrofe, entre 34 e 37 semanas. Outros fatores como APGAR baixo, não mostraram relação direta no aparecimento da TTRN. Também foi possível avaliar que por ser uma doença de caráter autolimitado, muitas vezes o tratamento é sintomático. Contudo, em casos mais brandos a resolução ocorre sem tratamento, apenas com monitorização.


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