PREVALÊNCIA DE PARTOS PREMATUROS E SUAS POSSÍVEIS CAUSAS
Resumo
A prematuridade esta associada a diversos motivos, tais como: infecções do trato genito urinário, gestações gemelares, rupreme, cérvice uterino incontinente, má formação uterina, assim como outros problemas gestacionais. (FREITAS, 2006). Estudos mostram a relação da prematuridade com déficits perinatais de crescimento, de peso, de comprimento e de perímetro cefálico em prematuros. Tais casos podem persistir na infância, na adolescência e na idade adulta e, além disso, os déficits precoces de crescimento, de peso e de perímetro cefálico podem associar-se a alterações do neurodesenvolvimento na infância e na idade adulta. Com essa gama de problemas relacionados à prematuridade fetal torna-se indispensável um estudo que busque as principais causas de partos prematuros, para ser possível rastrear pessoas que apresentem risco para a prematuridade, e assim, diminuir os problemas correlacionados com o mau desenvolvimento fetal. Para este trabalho buscou-se avaliar a prevalência de partos prematuros no Hospital de Santa Cruz (HSC) e suas possíveis causas. Os dados foram coletados do livro da maternidade, onde se obteve o total de partos e o número de partos prematuros no período de janeiro a março de 2012. Selecionaram-se os dados das gestantes que passaram por trabalho de parto prematuro; das quais foi feita a revisão dos prontuários médicos dessas gestantes revelando o motivo de internação e o motivo do trabalho de parto prematuro. Dos 406 partos, 51 foram partos prematuros (11%), em que se observou como principais causas: 6 partos relacionados com gestação gemelar, 5 por alterações na quantidade de líquido amniótico, 4 por alterações placentárias (sendo o principal deslocamento placentário), 8 por pré-eclâmpsia, 13 por ruptura prematura das membranas e 15 não tinham causa definida. O reconhecimento das causas principais de ocorrência de trabalho de parto prematuro permite aos profissionais a identificação mais rápida e eficaz das mulheres com alto risco para o evento. Para isso, deve-se fazer uma observação mais aprofundada acerca do estado físico e emocional geral e do nível socioeconômico das mulheres no momento da internação, pois isso poderia revelar algumas hipóteses. Assim, é possível evitar e até minimizar os riscos dessa ocorrência dando suporte adequado à gestante através de uma avaliação criteriosa. Muitos dos casos estudados não possuem a sua causa determinada, correspondendo a 15 dos 51 partos prematuros. Já pelas causas de prematuridade diagnosticadas o que apareceu com mais frequência foi a ruptura prematura das membranas, que confere com as bibliografias estudadas, as quais dizem que é a causa de dois terços dos partos prematuros, e muitas vezes são iatrogênicas, no caso do estudo 13 mulheres tiveram parto prematuro devido a rupreme. A segunda causa mais comum foi a prematuridade devido a pré-eclampsia. As gestações gemelares é a terceira causa que levou aos partos prematuros, sendo o número de prematuridade por essa causa 6 dos 51 casos. Além disso, outras causas diagnosticadas que levaram a prematuridade foram as alterações no líquido amniótico, cinco casos, e as alterações placentárias, quatro casos, as quais podem estar associados às infecções, às doenças, como DM, ou às alterações na morfologia feto-placenta que levam a gestação evoluir à prematuridade.
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