O ENSINO DA PRÁTICA DE ANTISSEPSIA DAS MÃOS NAS ESCOLAS MÉDICAS DO RIO GRANDE DO SUL

VERA LUCIA BODINI, AMANDA DA FONTOURA SAN MARTIN , CAROLINA TAGLIARI ESTACIA, MARCELLA PASE CASASOLA

Resumo


A antissepsia das mãos é um conjunto de práticas que busca destruir os microorganismos por um determinado tempo. É um método profilático, baseado no uso de agentes germicidas (antissépticos) contra patógenos presentes no organismo humano, buscando remover parte da flora já presente nos tecidos. Os benefícios desta prática são inquestionáveis, desde a redução da morbidade e mortalidade dos pacientes até a diminuição de custos associados ao tratamento dos quadros infecciosos. A fim de buscar a antissepsia efetiva, faz-se necessário o uso de um antisséptico adequado e eficiente. Nesse sentido, para que ocorra adesão à prática da antissepsia das mãos, alguns parâmetros com relação aos produtos utilizados devem ser considerados, como: baixo custo, estabilidade por longo período, ativo em baixa concentração e à temperatura ambiente, ação bactericida imediata e ampla, atóxico e solúvel em água. Apesar da vasta referência relacionada ao assunto, ainda não há padronização e concordância entre os métodos e as substâncias utilizadas nas diferentes instituições de ensino. O presente trabalho busca conhecer diferentes técnicas ministradas nas Escolas Médicas do Rio Grande do Sul, esclarecendo as discrepâncias presentes em cada prática de antissepsia ensinada. Para atingir o objetivo foi aplicado, pela internet, um questionário aos acadêmicos de medicina das universidades gaúchas. O levantamento de dados buscou conhecer as técnicas ensinadas, a prática realizada e a relevância aplicada a anti-sepsia pré-cirúrgica das mãos nas diferentes instituições de ensino médico do Rio Grande do Sul. Os resultados foram comparados com os métodos indicados em distintas bibliografias aplicadas à esses alunos e ainda artigos da literatura médica, disponibilizados em bases de dados como Pubmed, Scielo e Medline. A amostra envolveu alunos de 10 universidades, nas quais foi possível perceber que, apesar de ainda não ser padronizada a técnica de lavagem das mãos, esta é de suma importância para o controle e prevenção de infecções, fator imprescindível para a recuperação do paciente após o ato cirúrgico. Por mais que não seja possível através desta pesquisa esclarecer quais métodos são mais efetivos para a remoção e não-disseminação dos microorganismos presentes na pele humana, é necessário que os alunos sejam esclarecidos com relação à importância da correta antissepsia, fato esse que se comprova através dos dados obtidos. Dessa forma, reservar atenção e tempo de ensino às técnicas de anti-sepsia das mãos e antebraços é necessidade primordial, a fim de que futuramente estes estudantes estejam capacitados para evitar os danos provocados pela infecção cirúrgica.


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