PREVALÊNCIA DE ÓBITOS POR PREMATURIDADE E RELAÇÕES DE CAUSA EM UTI NEONATAL-PEDIÁTRICA DE HOSPITAL DA REGIÃO CENTRAL DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL

VERA LUCIA BODINI, AMANDA QUEIROZ CASELANI, CAROLINA JUNQUEIRA WEIS, LETÍCIA ZARDO DE L ÃO, VICTÓRIA CELUPI SCHNEIDER

Resumo



A mortalidade infantil corresponde a um indicador que reflete as condições de saúde de um país. Tal indicador é subdividido conforme a idade da criança e é sempre relacionado com o número de nascidos vivos no período. O coeficiente de mortalidade infantil (CMI) vem sofrendo modificações ao longo dos anos e varia conforme a região de análise, refletindo o contexto da população. A prematuridade (PMT) é a principal causa de morte perinatal no Brasil (DATASUS) e é considerada um problema de saúde pública. Contudo, há ainda o problema da subnotificação dos casos, o que aumentaria ainda mais esse indicador, as notificações sujeitas ao descaso quanto à classificação das crianças e aos problemas de erro de alimentação dos sistemas estatísticos, podem contribuir para o estabelecimento de uma prevalência equivocada da situação. O objetivo desse estudo é compreender o impacto da prevalência de óbitos infantis por prematuridade entre as crianças admitidas em UTI Neonatal-Pediátrica. Para tanto, foram levantados dados de um período de 4 anos (julho de 2007 e julho de 2011), o que resultou em uma amostra de 30 óbitos ocorridos no período. A coleta de dados forneceu subsídio para obtenção de relações causais entre fatores de risco, causas e características frequentes da prematuridade, baseado na coleta de informações no Livro de Registros da UTI Neonatal-Pediátrica e em acesso à software com prontuários online. Por meio de revisão da literatura científica pertinente ao assunto, pesquisa em livros e artigos selecionados a partir da base de dados Medline, SciELO e Lilacs, pode-se comparar os resultados obtidos com outros estudos prévios. A prematuridade é a principal causa de óbito da UTI-Neonatal (42,25%); a estada de internação foi de 9,86 dias; as mães são procedentes da região central do estado; 90% das internações são feitas via SUS; a média de peso dos paciente foi de 1036 gramas; a cor prevalente era branca (76,66%); idade materna de média 30,72 anos. O presente estudo demonstra como a prematuridade tem um impacto relevante na morbimortalidade de recém-nascidos. Dessa maneira, cabe inferir que é de extrema importância que os fatores de risco preveníveis para o nascimento prematuro sejam combatidos, bem como que os médicos atentem para a prevenção de riscos tanto para o bebê quanto para a mãe ao se tratar de um trabalho de parto prematuro. Do mesmo modo, a coexistência de prematuridade e baixo peso também se mostrou um aspecto relevante acerca dos óbitos dos recém-nascidos na UTINP estudada. Assim, o controle da ocorrência de prematuridade e de baixo peso nas crianças se faz necessário para a redução de óbitos e consequências irreversíveis, os quais poderiam ser evitados, como também para a redução dos custos altos gerados a partir dos cuidados intensivos indispensáveis para o tratamento dessas crianças.



Texto completo:

PDF

Apontamentos

  • Não há apontamentos.