CLASSIFICAÇÃO INTERNACIONAL DE FUNCIONALIDADE, INCAPACIDADE E SAÚDE COMO METODOLOGIA PARA APRENDIZAGEM NA DISCIPLINA DE CINESIOTERAPIA DO CURSO DE FISIOTERAPIA DA UNISC: RELATO DA EXPERIÊNCIA

MARIANA CARVALHO HECK, SILVIA MARISA WAGNER, TANIA CRISTINA MALEZAN FLEIG

Resumo


Introdução: A estrutura e o conteúdo da Classificação Internacional de Funcionalidade, Incapacidade e Saúde (CIF) pode contribuir para a orientação e sistematização da prática clínica do fisioterapeuta. Apesar de promissor, seu uso ainda é limitado, principalmente, devido à complexidade de sua aplicação. A CIF encontra-se, ainda, em processo de construção, mas avança em direção à concretização de seu uso na área da saúde. Estudos sobre a aplicação da CIF realizados no Brasil demonstram haver uma relação direta entre uma determinada patologia e as alterações de atividade e participação resultantes do meio ambiente. Objetivo: no relato de experiência apresenta-se a relação da CIF como método para o processo de aprendizagem na identificação dos estudos de caso e na proposição de exercícios terapêuticos discutidos na disciplina de Cinesioterapia. Metodologia: os alunos matriculados em Cinesioterapia realizaram ao menos quatro visitas domiciliares às famílias que compõem o rol selecionado para acompanhamento dos estagiários em Fisioterapia na Saúde Coletiva. Utilizando-se do chek-list da CIF como instrumento avaliativo, compuseram estudos de caso que foram apresentados como metodologia avaliativa na disciplina, tendo como propósito o roteiro de exercícios terapêuticos adequados à realidade problema relatada pelos sujeitos visitados. Os exercícios fazem parte do conteúdo da Cinesioterapia na modalidade que obedece às metas de mobilidade e flexibilidade; resistência à fadiga e à força; equilíbrio e coordenação; relaxamento e habilidades funcionais, nos processos de 240educação, promoção, prevenção e reabilitação em saúde. Resultados: os resultados foram apresentados em sala de aula, como forma de avaliar o desenvolvimento do conhecimento trabalhado, e, segundo relato dos alunos, as vivências proporcionaram maior aproximação com a realidade e oportunizaram, através do chek-list da CIF, um amplo e adequado roteiro para o registro das diferenças encontradas na estrutura física, na atividade e participação, junto com a barreira ou facilidade do ambiente onde o sujeito está inserido. Conclusão: A revisão da Classificação Internacional de Funcionalidade, Incapacidade e Saúde (CIF)240mostrou ser uma classificação de abordagem recente e complexa, de pouca compreensão teórica acerca do processo de avaliação funcional e avaliação da incapacidade. Porém, a aproximação com a prática no uso de metodologias que englobem os componentes da CIF parece operacionalizar o enfoque biopsicossocial para a atenção fisioterapêutica.


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