ATENDIMENTO EM SALA DE ESPERA DO PACIENTE AMPUTADO: UMA DIMENSÃO DO TRABALHO INTEGRAL NO SERVIÇO DE REABILITAÇÃO FÍSICA DE NÍVEL INTERMEDIÁRIO
Resumo
Introdução:O Serviço de Reabilitação Física de Nível Intermediário - SRFis, realizado junto a Clínica de Fisioterapia da UNISC, através de uma equipe multiprofissional (Serviço Social, Fisioterapia, Enfermagem) que oferece atendimentos de Atenção em Saúde para pessoas deficientes físicas que passaram por amputação. Entre as diversas atividades está a Sala de Espera, cuja equipe atua coletivamente de forma a buscar alternativas de aprendizagens para estudantes e 240docentes, 240para 240aplicar na Atenção à Saúde dos usuários do SRFis. Objetivos:acolher os usuários do SRFis, oportunizando convívio interpessoal enquanto aguardam pelo atendimento para a confecção das próteses e órteses; estabelecer momentos de diálogo sobre os cuidados necessários com os dispositivos; informar e orientar sobre direitos sociais de pessoas com deficiência; esclarecer sobre procedimentos com a alimentação e atividades físicas a pessoas que passaram por amputação. Metodologia:o atendimento realizado na Sala de Espera oferece um local físico e pedagógico propício para uma aproximação e conhecimento dos usuários entre si que procuram o SERFIS e com a equipe, resultando num aprendizado coletivo. O atendimento na Sala de Espera é uma atividade que acontece a partir do momento em que os usuários e familiares chegam ao serviço e permanecem aguardando para serem chamados ao atendimento de Fisioterapia, o qual originou seu ingresso no Serviço. Embora os atendimentos dos usuários sejam agendados previa e individualmente através de fluxo gerencial entre as Secretarias Municipais de Saúde dos Municípios abrangidos pelo Serviço, juntamente com a Secretaria Estadual da Saúde, seu deslocamento ocorre em grupos dos municípios, o que requer que alguns esperem que os demais sejam atendidos conforme seus respectivos horários. Permanecer aguardando a chegada do horário para atendimento fisioterápico, para o usuário/familiar, via-de-regra, está acompanhado de expectativa e de sentimento de ansiedade. Ainda que o espaço físico seja acolhedor e equipado com TV e vídeo, não é suficiente atribuir um caráter de humanidade desde porta de entrada para o inicio dos atendimentos. Resultados: Assim, a Sala de Espera se constitui num espaço de acolhimento e conversa entre usuários/familiares enquanto aguardam o atendimento para realização de medidas de órteses e próteses, interagem entre si, com os profissionais e bolsistas do SRFis. A interação que ocorre na Sala de Espera favorece o estabelecimento de diálogos de como cuidar da saúde levando em conta a amputação, cuidados com as órteses e próteses, direitos sociais da pessoa deficiente bem como as formas de acessá-los em cada um de seus municípios de origem. Conclusão:A atividade na Sala de Espera é planejada pela equipe com conteúdos discutidos e sistematizados previamente e utilizado material de apoio através de audiovisual, bem como reside num espaço de liberdade para a proposição de outros assuntos resultantes dos grupos reunidos em cada reunião. É possível observar que os usuários se beneficiam da interação com outros usuários que enfrentam os mesmos problemas. Encontram no SRFis não somente apoio emocional como também um espaço para troca de ideias e sugestões para modificações do estilo de vida tendo como enfoque que a educação para a saúde é um processo contínuo e gradativo. Assim,não só os usuários aprendem, mas também docentes e discentes refletem e avançam em conhecimentos que permitem intervenções mais qualificadas profissionalmente.
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