PARTICIPAÇÃO ACADÊMICA NA PRIMEIRA CONSULTA DO SERVIÇO DE REABILITAÇÃO FÍSICA: RELATO DE EXPERIÊNCIA

POLLIANA RADTKE DOS SANTOS, DANIELA SUMIE YASUI, ANGELA CRISTINA FERREIRA DA SILVA

Resumo


O Serviço de Reabilitação Física 226 SRFIs se apresenta como uma referência na Rede de Reabilitação Física, uma parceria entre o Ministério da Saúde e a Secretaria Estadual de Saúde do Rio Grande do Sul. Neste serviço a primeira consulta do paciente serve para conhecermos o motivo da procura, orientar e/ou fazer encaminhamentos a outras redes de saúde e dispensar a ele o processo de reabilitação e/ou a concessão de dispositivos que lhe auxilia na maior independência ou funcionalidade. Este primeiro contato busca acolher as pessoas com deficiência física e/ou mental e, para melhor organização das consultas e arquivamento dos prontuários dos usuários, nesse momento é aplicada uma avaliação de acordo com o paciente (amputado, neurológico pediátrico e neurológico adulto), onde constam os dados de identificação, diagnóstico, quadro clínico, histórico familiar, dentre outras questões relevantes. Após essa avaliação verifica-se a necessidade ou não do dispositivo que o usuário veio solicitar. A partir desse grupo de informações o usuário poderá ser agendado para os serviços existentes ou ainda fazer a medição para aquisição de cadeira de rodas, muletas e andadores com a Terapeuta Ocupacional. Quanto às próteses e as órteses têm-se uma agenda específica com a Ortopedia conveniada. Este momento é de suma importância para a formação acadêmica/profissional, pois é possível perceber a rede de saúde que se estabelece, seus entornos, seus desdobramentos e a satisfação dos usuários. Além dessa percepção outro aspecto importante é a prática do diálogo com o usuário, seus familiares, demais colegas e professores das áreas envolvidas. O fato de estarmos acolhendo pessoas com diferentes patologias nos possibilita adquirir uma visão abrangente sobre o estado saúde/doença, trabalhar com profissionais de diversas áreas facilitando o entendimento de todo o processo pelo qual o usuário e sua família enfrentam. Possibilita-nos, ainda enquanto acadêmicos, discutir qual a melhor maneira de orientar e avalia-los, compreendendo o processo de fazer e o saber de cada profissão envolvida, atuando de forma interdisciplinar, vislumbrando a qualidade de vida desse usuário. Desse modo desencadeia-se a construção da atenção integral e integrada em saúde contribuindo de forma significativa para formação acadêmica/profissional em saúde. Dessa forma, entende-se que adquirir esta experiência desde o início do Curso, acrescenta ao conhecimento compartilhado em sala de aula a prática do fazer em saúde, a gestão do Sistema Único de Saúde brasileiro- SUS e o ressignificado de cada etapa de nosso aprendizado e, consequentemente, nos preparando para o mercado de trabalho de forma competente.


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