SER BOLSISTA DE EXTENSÃO: RELATANDO A EXPERIÊNCIA DE INTEGRAR O SERVIÇO DE REABILITAÇÃO FÍSICA DE NÍVEL INTERMEDIÁRIO 226SRFIS

MARINA RIPPEL KROTH, ANALIDIA RODOLPHO PETRY

Resumo


A extensão tem como finalidade a prática acadêmica que interliga a universidade em suas atividades de ensino e pesquisa com a demanda populacional, visando contribuir para o desenvolvimento de ações que proporcionem a inclusão social. Nesta direção, o Programa Institucional de Bolsas de Extensão 226 PROBEX - da Universidade de Santa Cruz do Sul destina-se aos alunos de graduação, visando introduzi-los na prática da atividade que desenvolverá enquanto profissional, com vistas à continuidade de sua formação. O presente trabalho tem como objetivo descrever e problematizar as experiências vivenciadas pelos bolsistas do curso de enfermagem no contexto do projeto de extensão intitulado 223Serviço de Reabilitação Física de Nível Intermediário 226 SRFIS224. O Serviço de Reabilitação de Nível Intermediário, no qual o projeto é desenvolvido, realiza a atenção individual e coletiva para os usuários do Sistema Único de Saúde. Tem como público alvo indivíduos com diferentes deficiências físicas, quais sejam amputações ou acometimentos neurológicos de diferentes etiologias, bem como seus familiares e/ou cuidadores, em uma perspectiva de atenção integral e integrada em saúde. Trata-se de um relato de experiência de abordagem crítico-reflexiva, de cunho descritivo, no qual se objetiva descrever e problematizar as experiências de ser bolsista de extensão em um projeto interdisciplinar. As atividades propostas no projeto pressupõem a intersecção entre o conhecimento científico e a realidade de saúde encontrada na prática assistencial, configurando-se, portanto, em um espaço pleno de potencialidades no qual o bolsista pode exercitar conteúdos, competências e desenvolver novas habilidades, atitudes e posturas. Como resultado tem-se que a participação no projeto proporcionou o desenvolvimento de importantes aspectos, como por exemplo, o enfrentamento da ansiedade diante do novo, em decorrência do contato com uma realidade desconhecida pelo bolsista. Outro aspecto que importa salientar diz respeito à vivência do acadêmico de enfermagem diante de novas possibilidades de aprendizado na direção de compreender as diferentes facetas que envolvem o processo de reabilitação dos indivíduos atendidos pelo projeto. Nessa direção e, considerando que atualmente há uma busca constante, em todas as áreas da saúde, para resgatar a atenção ao paciente de forma integral com o objetivo de promover qualidade de vida, evidencia-se que o cuidado de enfermagem prestado aos pacientes e às suas famílias desperta o interesse e a corresponsabilização de todos os bolsistas que partilham da atenção em saúde prestada no serviço. Além do exposto, a experiência de ser bolsista em um projeto de extensão possibilitou conhecer e interagir com colegas de outras profissões. Conclui-se que o aprendizado por meio do trabalho em uma equipe tão rica em sua heterogeneidade pode ser considerado o grande saldo positivo na vivência do aluno de graduação em enfermagem enquanto bolsista neste projeto de extensão.


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