FARMACÊUTICO DOMICILIAR: UMA NOVA PRÁTICA PROFISSIONAL

GABRIELA FERREIRA JULIAO, EDIBERTO DE OLIVEIRA MACHADO

Resumo


O presente trabalho realizou-se no período de 29 de março de 2012 a 14 de junho de 2012 na ESF Glória Imigrante, cuja microárea era a 3. O farmacêutico foi acompanhado pela agente de saúde responsável pela microárea. No decorrer dos atendimentos domiciliares, foram visitadas 15 famílias e atendidas 18 pacientes, sendo 1 paciente diabético, 10 hipertensos e 7 pacientes hipertensos e diabéticos (hiperdia). Durante o levantamento das medicações utilizadas pelos pacientes, identificou-se 85 tipos de medicamentos, o que gera um consumo de 4,72 medicamentos por paciente. Dos 8 pacientes diabéticos, 5 fazem uso de insulina, sendo que para estes foi orientado para buscar a insulina na farmácia municipal ou na popular. Os mesmos devem levar uma caixa de isopor com três a quatro cubinhos de gelo dentro de um saco plástico, com a finalidade de manter a temperatura de resfriamento. Chegando ao domicílio, o paciente deverá retirar a insulina do isopor e mantê-la armazenada no interior da geladeira e no fundo da mesma, não devendo permanecer na porta ou próxima do congelador. Constatou-se que 4 pacientes realizavam o armazenamento inadequado, mantendo a insulina na porta da geladeira ou próximo do congelador e um paciente a mantinha dentro do isopor, na geladeira. Com relação às dislipidemia, detectou-se que 50% dos pacientes atendidos fazem uso de sinvastatina e estes foram orientados a fazerem uso desta medicação no período da noite, sendo indicada sua administração ao deitar. Dos dez pacientes que fazem uso de captopril, seis utilizavam a medicação junto com o alimento, o que compromete a efetividade deste medicamento. Identificando-se os problemas relacionados aos medicamentos envolvendo a efetividade, além da interação do captopril com o alimento, citado acima, identificou-se dois pacientes que faziam uso de sinvastatina durante o dia, seis pacientes tomavam seus medicamentos com chimarrão, um paciente tomava hidroclorotiazida longe do café e uma fazia uso de metformina longe das refeições. Avaliando a adesão ao tratamento sobre as medicações utilizadas pelo paciente, perguntou-se durante a visita domiciliar se o mesmo utilizava a medicação a qual o farmacêutico tinha na mão, ainda questionou-se quantas vezes durante a semana o paciente esquece-se de tomar e também se o mesmo sente algum tipo de dificuldade quando vai fazer uso desta medicação. Baseado nas informações colhidas identificou-se que 44,49% dos pacientes aderem muito ao tratamento, enquanto que 44,89% aderem de forma regular e 10,22% aderem pouco ao tratamento farmacológico. O serviço do farmacêutico domiciliar vem ao encontro da ação dos agentes de saúde no que se refere ao maior índice de adesão do uso das medicações. Com relação ao conhecimento, perguntou-se aos pacientes no seu domicílio a finalidade do uso das medicações, além de como usam e até quando iria durar o tratamento. Realizado este levantamento, identificou-se que 40,82% conhecem muito sobre as suas medicações e que 36,73% conhecem 240de forma regular e que 22,45% não sabem para que usam, como usam e até quando vão usar. Destaca-se a necessidade de um empenho dos profissionais da área da saúde, buscando trazer informações específicas sobre o estado de saúde dos pacientes e de suas medicações melhorando, desta forma, o índice de conhecimento e de adesão, favorecendo a melhora do estado patológico do paciente.


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