A formação de profissionais críticos faz parte dos discursos e das metas propostas por muitas instituições formadoras e dos que estão envolvidos com esta formação. No entanto, nem sempre é apontado neste processo como desenvolver e atingir estes propósitos, superando e efetivando medidas concretas. Os futuros profissionais, que enfrentarem estas mudanças no mercado de trabalho, devem desenvolver a autonomia, iniciativa, capacidade de resolução de problemas, criatividade, entre outros. Neste contexto, o Programa de Educação pelo Trabalho para a Saúde 226 Vigilância em Saúde (PET-Saúde/VS) constitui-se em uma das atuais políticas indutoras dos Ministérios da Saúde e da Educação proposta para modificar a formação dos profissionais de saúde. As experiências/vivências promovem: capacitação dos integrantes do grupo em metodologias de pesquisa, fortalecendo a integração ensino/serviço, a inserção dos estudantes na realidade local de saúde, promovendo o desenvolvimento do compromisso com a formação acadêmica de qualidade, ética e cidadã; integração das equipes em atividades que visem à interação entre bolsistas e não bolsistas nos cursos de graduação envolvidos, de modo a viabilizar o efeito multiplicador sobre a comunidade acadêmica; integração das equipes em atividades coletivas interdisciplinares que visem à interação com os profissionais da rede de serviços e com a comunidade; desenvolvimento dos estudantes, preceptores e docentes para uma atitude crítico-reflexiva sobre o processo de aprendizagem no trabalho. Estas atividades possuem caráter interdisciplinar e multiprofissional permitindo o contato com profissionais e estudantes de vários cursos, o que raramente ocorre na graduação. Proporciona contato com os usuários dos serviços, levando à troca de experiências e mútua aprendizagem, algo que nem sempre o balcão da farmácia permite. A atuação do farmacêutico em equipes multiprofissionais fortalece o papel deste profissional na área da saúde, propicia um olhar mais ampliado sobre as potencialidades da sua atuação, transferindo o foco central do medicamento para atenção ao paciente, englobando a promoção de saúde e prevenção de doenças, permitindo a consolidação de seu papel social. A atuação do farmacêutico isolada na equipe é um risco de culpabilização do profissional pela falta dessa integração, evidenciando a necessidade que a categoria tem em desenvolver muito mais o campo do que o núcleo de competência e responsabilidade profissional, ao mesmo tempo, fortalecer a sua autonomia na prática profissional. Desta forma, o (PET-Saúde/VS) representa uma oportunidade para os egressos entenderem a importância e atribuições profissionais quando estiverem atuando na rede, pois a saúde coletiva sendo uma disciplina obrigatória, ainda não atrai o interesse dos alunos. Além disso, o processo de aprendizagem fica mais dinâmico que as aulas tradicionais, valorizando demandas reais e promovendo oportunidades ao estudante de exercitar o comprometimento e de treinar habilidades de tomada de decisões, comunicação, liderança e educação permanente.