A IMPORTÂNCIA DO FOMENTO EXTERNO PARA A INICIAÇÃO CIENTÍFICA EM PESQUISA: A VISÃO DOS BOLSISTAS DO GEPS
Resumo
O Programa de Iniciação Científica recebeu ênfase a partir da Conferência Mundial sobre Ensino Superior realizado pela UNESCO, com a coparticipação da Associação Internacional de Universidades, no ano de 1998. Este momento conferiu às nações a construção do processo de modernização baseado no desenvolvimento social e econômico garantido por bases científicas e tecnológicas o que permite ao estudante de ensino superior o aprimoramento da análise crítica, maturidade intelectual, compreensão da ciência e o desenvolvimento de possibilidades futuras (MORAES e FAVA, 2000). A Iniciação Científica (IC) é definida como um instrumento de formação de recursos humanos qualificados, sendo a bolsa o instrumento que fomenta esta qualificação. Portanto, é uma atividade mais ampla que sua pura e simples realização mediante o pagamento de uma bolsa (CASTRO, 2006). Este trabalho objetiva expressar a visão do bolsista de IC na perspectiva de sua vivência no Grupo de Estudos e Pesquisa em Saúde 226 GEPS da UNISC, levando em consideração a importância do fomento externo na condição socioeconômica e para o aprimoramento de conhecimentos. Metodologicamente, trata-se de um relato de experiência, de caráter descritivo. O fomento externo concedido como bolsa de IC apresenta fundamentação no desenvolvimento de estudos e pesquisas, ampliando percepções acerca das temáticas estudadas, estimulando o aluno à articulação de ideias e saberes juntamente com os docentes orientadores, desenvolvendo produções científicas, tendo seu desempenho apoiado no ressarcimento financeiro. A vivência como acadêmico bolsista permitiu a construção e elaboração de projetos, coletas de dados, embasamento teórico e aplicação de metodologias de pesquisa, análise de dados, fundamentação de resultados, elaboração de materiais e a organização de evento de âmbito nacional, onde foram apresentados os resultados inerentes à pesquisa desenvolvida pelo GEPS. Ainda permitiu o desenvolvimento do senso crítico em relação às diferentes realidades de pesquisa, aprimorando desta forma o nível de responsabilidade, pois, trabalhar em pesquisa exige ética e comprometimento em todos os âmbitos, possibilitando o envolvimento e construção coletiva de conhecimentos partilhados por integrantes do grupo. Esta inserção define a troca mutua que ocorre entre bolsistas e pesquisadores visto que, os docentes utilizam-se deste instrumento para desenvolver as etapas inerentes a pesquisa e em contrapartida o bolsista desenvolve conhecimentos aprimorando sua trajetória. Esta experiência permite a construção da qualificação curricular que acreditamos caracterizar um diferencial em processos seletivos e em elaboração de projetos no âmbito profissional. Concluímos que a participação em grupo de pesquisa e o recebimento de bolsa de IC com fomento externo promove um estímulo fundamental para o desenvolvimento do pensamento crítico e a capacidade intelectual de produção. Esta atuação permite a construção, desenvolvimento e publicação de trabalhos científicos promovendo a inserção do estudante na comunidade científica, assim como, as trocas e socialização de experiências e conhecimentos, que estimulam a elaboração, a reflexão crítica e o aperfeiçoamento de ideias.
MORAES, F.F; FAVA, M. A iniciação cientifica: muitas vantagens e poucos riscos. São Paulo em Perspectiva, 14 (1) 2000.
CASTRO, A.A; Manual de Iniciação Científica. Disponível em: Acesso em 19 ago. 2012.
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